Visitas temáticas no Alentejo vai mostrar saber-fazer tradicional

por LMn
image_pdfimage_print

Quatro visitas temáticas marcam a estreia do projeto “Alentejo, Patrimónios”, promovido pela Direção Regional de Cultura, a partir do dia 22 deste mês, para mostrar o saber-fazer tradicional e a diversidade cultural alentejana.

A iniciativa, da responsabilidade da Direção Regional de Cultura do Alentejo (DRCAlen), mas que conta igualmente com a colaboração de várias câmaras municipais e associações da região, tem o “pontapé de saída” marcado para a vila de Alcáçovas, no concelho de Viana do Alentejo (Évora), no dia 22.

A DRCAlen explicou hoje que o tema desta primeira visita vai ser a arte chocalheira, cujo fabrico artesanal foi reconhecido, em 2015, como Património Cultural Imaterial com Necessidade de Salvaguarda Urgente, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

Este “selo” da UNESCO foi ganho graças a uma candidatura nacional sobre a arte chocalheira apresentada pela Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, mas baseada no trabalho técnico e científico à volta deste fabrico artesanal em Alcáçovas.

Neste ano de estreia do projeto, estão também previstos dois roteiros no distrito de Beja, um em torno dos Barros de Beringel (26 de setembro) e o outro sobre os cereais e a molinagem no território do rio Mira, em Odemira (03 de outubro), assim como mais um no distrito de Évora, centrado nos Bonecos de Estremoz (17 de outubro), que são igualmente classificados como Património Cultural Imaterial pela UNESCO.

Segundo a DRCAlen, esta 1.ª edição da iniciativa só tem quatro visitas temáticas devido ao “contexto de pandemia [da covid-19] que se vive” e cada uma terá um número máximo de 14 participantes.

“Servirão para criar um modelo que se pretende” que “seja aproveitado e rentabilizado por outras entidades, adaptando-se às normas de saúde pública definidas”, acrescentou a organização.

O projeto pretende “mostrar a diversidade cultural da região, dignificar os atores do saber-fazer tradicional, valorizar o território em todas as suas especificidades diferenciadoras e provocar novas dinâmicas que ajudem o turismo e a economia locais”, assumiu a direção regional.

“Através da realização de visitas temáticas, pretende-se valorizar e promover o património cultural da região, de uma forma alargada e diferenciadora, dando ênfase a realidades culturais que, muitas vezes, passam despercebidas e são pouco valorizadas”, explicou.

Os percursos são previamente determinados pelos técnicos da DRCAlen e dos municípios envolvidos e, atendendo “à realidade derivada do estado de pandemia”, o projeto quer “manter e aprofundar dinâmicas de promoção do território que passem pela cultura e pelo património cultural”.

Para atingir este fim, a iniciativa aposta no “contacto com os atores, os espaços e os elementos representativos das mais diversas manifestações culturais que são o espelho da região”, frisou a organização

“Num território tão amplo, diverso e múltiplo como é o Alentejo, a atividade artesanal e os recursos naturais do território assumem uma importância extraordinária no tecido socioeconómico, que importa proteger e promover, com vista à sua sobrevivência e à sua continuidade”, argumentou a DRCAlen.

Também poderá gostar de

O nosso website utiliza cookies para melhorar a sua experiência de navegação. Aceitar Ler Mais

Privacidade