Viktor Orbán a Bruxelas: Onde está o dinheiro?

por LMn
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Na quinta e sexta-feira, o primeiro-ministro Viktor Orbán participa numa cimeira de líderes da UE em Bruxelas, onde serão discutidas questões como a migração e o orçamento da UE. Na sexta-feira de manhã, o primeiro-ministro falou à Rádio Kossuth sobre a agenda da cimeira até agora e a posição do Governo húngaro, noticia o Hirado.hu.

“Ontem o tema foi a migração e hoje vamos discutir o orçamento”, disse Viktor Orbán na rádio. Viktor Orbán recordou que os Estados-Membros terão de pagar milhares de milhões de euros para repor o orçamento de sete anos, uma vez que, a meio do período, o dinheiro já se esgotou.

Acrescentou que o dinheiro se destina a ser utilizado, entre outras coisas, para dar 50 mil milhões de euros à Ucrânia, mas salientou que a União Europeia já deu 70 mil milhões de euros para este fim no último ano e meio, e não sabemos para que é que este dinheiro foi utilizado. Não é claro quem irá controlar a forma como o dinheiro é gasto.

O segundo elemento importante da proposta de orçamento é o facto de a UE querer obrigar todos os Estados-Membros a pagar o aumento dos juros do empréstimo – do qual os polacos e os húngaros não receberam um cêntimo – que a UE contraiu. A terceira grande quantia será pedida para facilitar a chegada de migrantes à Europa, sublinhou Viktor Orbán.

Entretanto, querem que o Governo acabe com os cortes nas faturas dos serviços públicos, de forma a sobrarem alguns milhares de milhões de euros para aumentar os salários em Bruxelas, acrescentou o primeiro-ministro. Por isso, os húngaros devem pagar o preço, pagando mais pelas suas despesas gerais, disse, sublinhando que tudo isto é completamente absurdo.

Viktor Orbán afirmou que na sexta-feira

a Comissão Europeia tem de responder à questão de saber para onde foi o dinheiro e quem é responsável por levar a União Europeia à beira da falência financeira dentro de dois anos e meio a três anos.

O eurodeputado acrescentou que, como é hábito em Bruxelas, vão tentar fazer avançar a questão do aumento das contribuições.

Mais recentemente, o chanceler austríaco afirmou que a utilização dos fundos financeiros existentes deveria ser uma prioridade para a Comissão Europeia, antes de aumentar o montante a pagar.

Questionado sobre se o apoio financeiro da UE à Ucrânia aproximaria a paz, o Primeiro-Ministro afirmou: “já estamos nos limites da nossa capacidade, é disso que se trata neste debate”, acrescentando que não há dinheiro no orçamento da UE.

“Onde está o dinheiro húngaro? Onde está o dinheiro da Polónia? Receio que o tenham dado à Ucrânia”,

afirmou o Primeiro-Ministro.

O primeiro-ministro salientou que a UE está a perder competitividade e que existem enormes problemas económicos. A UE está a ficar sem dinheiro e é por isso que quer contrair cada vez mais empréstimos, para depois utilizar esse dinheiro para os fins “errados”, o que está a conduzir os Estados-Membros a uma armadilha de dívidas, sublinhou.

O primeiro-ministro afirmou que o debate de quinta-feira à noite foi “uma luta pela liberdade, não uma rebelião”. O primeiro-ministro recordou que a proposta relativa ao sistema de quotas para os migrantes foi aprovada pelo Conselho de Ministros do Interior de forma golpista, com a forte oposição dos polacos e dos húngaros. A Hungria deve acolher pelo menos 10.000 migrantes”, afirmou. Nas palavras de Viktor Orbán, a Hungria seria obrigada a construir guetos de imigrantes. Viktor Orbán referiu que já viu migrantes a marchar pela Europa e acrescentou que estes não se tornariam trabalhadores na Alemanha.

Viktor Orbán sublinhou que não se trata de “trazer problemas para a Europa”, mas sim de levar ajuda para onde é necessária. Viktor Orbán sublinhou que a Hungria está a tentar ajudar os Estados que precisam de ajuda antes que a pressão migratória comece e se torne difícil de parar.

Foto em destaque via MTI/Miniszterelnöki Sajtóiroda/Fischer

Fonte: hirado.hu via hungarytoday.hu

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