A Aldeia-Museu de Sóstó é o único museu etnográfico a céu aberto no Leste da Hungria e o maior do país. Fundado em 1970 e inaugurado em 1979, é também a instituição que ganhou o título de “Museu do Ano” em 1997 e o museu mais visitado do concelho de Szabolcs-Szatmár-Bereg.
Ao tomar a decisão de criar este museu, o governo local resgatou numerosos edifícios locais que certamente teriam desaparecido se tivessem permanecido nos seus locais originais e sob as condições a que se sujeitavam.
A prova de que a recuperação da Aldeia-Museu de Sóstó foi uma decisão acertada está no facto de que esta recebe cerca de 100.000 visitantes por ano, acolhe uma grande variedade de oficinas de artesanato, inúmeras exibições de arte popular e um número crescente de eventos privados realizados por empresas, instituições e particulares.
A Aldeia-Museu permite-nos mergulhar na vida de uma antiga aldeia que nunca existiu, mas que remonta a um cenário de aldeia do século XIX. Aqui podemos aprender sobre a vida dos Tirpas, camponeses de classe média/baixa que, vivendo lado a lado com a classe nobre, focavam o seu quotidiano na agricultura e nos seus costumes populares.
Aqui o visitante pode sentar-se nos bancos da velha escola, caminhar ao longo da linha de oficinas, entrar na loja do ferreiro, barbearia ou mesmo visitar a igreja no centro da vila com os seus longos bancos de madeira. Em cada edifício sente-se a energia de tempos e costumes de tempos passados.
Agendando previamente é possível organizar visitas turísticas em inglês.
Numa área com cerca 6000 km2, os visitantes viajam no tempo podendo disfrutar de infraestruturas comerciais, residenciais e de lazer projetadas em diferentes estilos e funções. As quintas, casas e lojas estão agrupadas de acordo com a sua região de origem. A intenção é retratar uma verdadeira aldeia, e nesse sentido os edifícios comunitários localizam-se no ponto mais frequentado, o centro da aldeia.
Mas quem são afinal os Tirpas e porquê este nome?
Os Tirpas (Tirpák) são colonos de língua eslovaca que repovoaram, em 1753, a cidade de Nyíregyháza e o concelho de Szabolcs-Szatmár-Bereg, na altura despovoado devido às invasões Otomanas. Provenientes dos condados de Békés, Nógrád e das Terras Altas, e a convite do então proprietário da cidade, Ferenc Károlyi, vieram colocar este território no caminho do desenvolvimento.
Para além de ajuda na construção de casas, estes receberam três anos de isenção de impostos, autonomia interna e prática religiosa gratuita. No entanto, devido à sua religião luterana, eles foram perseguidos pelos locais. Mesmo sob esta constante pressão, estes toleraram os ataques a que eram sujeitos de forma pacífica, e por essa razão eram chamados pelos locais de Tirpas (tolerantes).
A Aldeia-Museu de Sóstó reabriu em 2021 sob as novas medidas de desconfinamento e está aberta para visitas, em período de verão, de Terça a Domingo, das 9h00 às 17h00.
Para mais informações sobre a Aldeia-Museu de Sóstó visite https://muzeumfalu.hu/
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