Vacina anti-coronavírus Pfizer e Biontech. Ligação húngara

por LMn
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Na passada segunda-feira, duas das mais conhecidas farmacêuticas mundiais, Pfizer e Biontech, anunciaram que a sua vacina contra o coronavírus é ainda mais promissora do que as suas expetativas. Segundo eles, com base nos testes feitos em 43.000 pessoas, como parte da fase 3 do procedimento de teste, os resultados são excepcionalmente positivos.

A pesquisa que já havia antes sido considerada como a mais promissora, não poderia ter se tornado realidade sem a contribuição para a patente de uma bioquímica húngara, Katalin Karikó escreveu a Forbes.hu. K. Karikó é a vice-presidente da Biontech.

“Haverá uma vacina eficaz, embora não haja certeza se a produção em massa será a mais eficaz. “

A vacina da dupla Pfizer e Biontech foi desenvolvida rapidamente e parece ser segura – mas qual é a ciência por detrás?

Cadeias de DNA formam os nossos genes e as chamadas moléculas de mRNA (ácido ribonucléico mensageiro) transportam informações nos nossos corpos para as células, dizendo-lhes quais proteínas que elas precisam produzir. Décadas de estudos mostraram que se um mRNA feito sinteticamente apropriado para toda a cadeia de RNA for injetado no corpo, ele pode proteger contra várias infecções. Com base no mRNA sintético, as células produzem parte da proteína da infecção e como reação a isso nossas células também fazem um antídoto para combater a própria infecção, caso sejam confrontada. A sua grande vantagem é que pode ser produzido muito mais rápido do que outros métodos: apenas dois meses se passaram entre a descoberta da sequência do coronavírus e a primeira injeção da vacina de mRNA contra o SARS-Voc-2. Além disso, uma vacina como essa não contém todo o genoma do vírus, tornando-a muito mais segura por não causar nenhuma infecção como efeito colateral

A vacina apresentada esta semana aproveitou as pesquisas e sua patente do trabalho conjunto de Karikó Katalin e Drew Weismann da Universidade da Pensilvânia. Embora a sua descoberta tenha acabado por receber o merecido reconhecimento, foram necessários alguns anos após sua publicação.

O surto veio em 2010, quando um artigo de pesquisa de Derick Rossi (cientista e pesquisador da Universidade de Harvard e MIT) foi publicado. O artigo é sobre como criar células-tronco com base em moléculas de mRNA modificadas. Apesar do nome de Karikó não constar da lista, a patente despertou grande interesse internacional e deu crédito também a cientista húngara. Karikó e Weismann queriam adquirir os direitos de sua própria empresa chamada RNARx, mas a universidade da Pensilvânia consegui-os referindo-se aos seus próprios custos de pesquisa que levaram à descoberta.

Seja como for, a contribuição de Katalin Karikó para a pesquisa, a formação do processo e a patente, fizeram dela um factor importante na corrida para a vacina mais eficaz e segura que está sendo testada e possivelmente muito em breve usada em todo o mundo.

Fonte: Forbes.hu

Leia mais em: https://dailynewshungary.com/a-hungarian-touch-to-the-most-promising-coronavirus-vaccine/

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