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UE e Portugal lançam projeto para formar e dar emprego em Moçambique

A União Europeia (UE) e Portugal lançam hoje um projeto de quatro anos para formar e dar emprego a jovens de Cabo Delgado, província norte de Moçambique que vive uma crise humanitária provocada por ataques de rebeldes.

O projeto-piloto +EMPREGO tem a duração de quatro anos e pretende dar formação profissional na área do gás natural a 800 jovens dos 15 aos 25 anos – 25% dos quais mulheres, anunciaram os parceiros.

objetivo é que, no final, pelo menos metade esteja empregado ou tenha criado o seu próprio emprego graças à dinamização de parcerias público-privadas no setor.

“Este projeto nasce da parceria entre a UE e o Camões, I.P. e representa um compromisso europeu com o desenvolvimento e estabilidade da província, tendo especialmente presente o agravamento da situação de segurança e humanitária na Província de Cabo Delgado”, referem, em comunicado.

Cabo Delgado tem reservas de gás natural sob o oceano Índico que a partir de 2022 deverão catapultar Moçambique para o grupo dos 10 principais produtores mundiais.

Os recursos fazem com que o maior investimento privado de África esteja a ser construído na região, liderado pela petrolífera francesa Total.

Ao mesmo tempo que os projetos arrancaram, em 2017, começou uma insurgência armada que se intensificou este ano e já provocou entre 1.000 a 2.000 mortos e 435.000 deslocados internos que fogem dos ataques.

O +EMPREGO tem um orçamento global de 4,2 milhões de euros (cerca de 357 milhões de meticais), quatro milhões de euros (340 milhões de meticais) financiados pela UE ao abrigo do 11.º Fundo Europeu de Desenvolvimento e 200 mil euros (17 milhões de meticais) pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, que será responsável pela gestão do projeto.

LUSA