As questões em torno das minorias não podem ser consideradas assuntos internos “de acordo com nenhuma lei europeia ou internacional”, disse o ministro das Relações Exteriores da Hungria na terça-feira.
Num vídeo postado no Facebook, Péter Szijjártó observou a recente convocatória do embaixador húngaro pelo ministro das Relações Exteriores da Ucrânia e a proibição da entrada de duas autoridades húngaras, dizendo que elas interferiram nos assuntos internos da Ucrânia.
Szijjártó insistiu que a interpretação da Ucrânia de “interferência” não era clara, referindo como exemplo o envio pelo governo húngaro de 50 ventiladores para a Ucrânia… sendo a Hungria o único país que permite o trânsito de cidadãos ucranianos para a Europa Ocidental, ou o orçamento de estado húngaro que contempla a revitalização de um dos rios mais poluídos da Ucrânia.
O posicionamento da Ucrânia é “patético e não faz sentido”, ao mesmo tempo que envia a mensagem de que o país “desistiu dos seus esforços para a integração europeia e euro-atlântica e dispensa o apoio da Hungria no processo”, disse Szijjártó, acrescentando que os aspirantes à integração, necessitam do apoio unânime de todos os estados membros, tanto na UE como na NATO.
O governo húngaro continua pronto para construir relações de boa vizinhança e conduzir um diálogo “mas o período recente demonstrou que essa disposição é unilateral”, disse Szijjártó.
O ministro garantiu aos húngaros transcarpáticos o total apoio de seu governo e endereçou os parabéns ao partido étnico húngaro KMKSZ pela sua vitória “histórica e esmagadora” nas recentes eleições municipais da Ucrânia.
MTI