Ruturas: fotografia portuguesa em Budapeste

por João Miguel Henriques
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A Embaixada de Portugal e o Instituto Camões em Budapeste voltam a colaborar com o maravilhoso Budapest Photo Festival para dar a conhecer ao público húngaro mais um pouco da fotografia portuguesa contemporânea. Após edições passadas, em que foi possível exibir a obra de artistas tão incontornáveis como Paulo Nozolino e José Manuel Rodrigues, bem como de nomes mais actuais como Tiago Casanova, Paulo Catrica, João Grama e Tito Mouraz, a exposição deste ano é acolhida pela recém-inaugurada galeria Dokubrom (Bártok Béla út 33) e reúne obras dos artistas Augusto Brázio e Luísa Ferreira. Com o sugestivo título “Ruturas”, as obras foram selecionadas pelo curador Rui Prata, director artístico do Imago Lisboa Photo Festival.

A sociedade atual tem assistido a fenómenos de aceleração e desaceleração económica com curta regularidade. Este fenómeno tem tido forte impacto nas sociedades onde que tal acontece. Portugal, um pequeno país no sul da Europa e de frágil economia, tem sentido de forma profunda as consequências de tais acontecimentos. Entre realidade e ficção, estas obras de Augusto Brázio e Luísa Ferreira convidam-nos a mergulhar nas metáforas dessas ruturas.

Numa abordagem mais objetiva encontramos a obra de Augusto Brázio (“For Sale”) realizada em 2013, quando o país se confrontou com uma profunda crise económica que levou ao encerramento de milhares de lojas por todo o país. Com a recuperação dessa crise muitas cidades e particularmente Lisboa conhecem um enorme interesse por parte do turismo. Essa avidez, conduz ao despejo de muitos moradores para dar espaço a alojamentos turísticos, de maior rentabilidade económica. Essa é a história relatada em “Loreto” de Luísa Ferreira.

A exposição inaugura na próxima quarta-feira, dia 19 de Maio, e estará patente ao público até dia 14 de Junho.

 

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