Segundo a revista suíça, o primeiro-ministro húngaro quer vingar-se com as suas ações por ter sido embaraçado publicamente pelo Presidente francês no debate sobre o sexto pacote de sanções da UE contra a Rússia.
O artigo de opinião do Neue Zürcher Zeitung relata que o governo de Viktor Orbán está a bloquear a introdução de um imposto mínimo sobre as sociedades, opondo-se às sanções contra a Rússia e bloqueando as críticas à China.
Segundo o jornal suíço, o primeiro-ministro húngaro vai longe demais com as suas ações e a sua proximidade a Putin é incompreensível, o que cria um desespero na União Europeia.
Emmanuel Macron e Viktor Orbán nunca foram particularmente bons amigos. Com a rejeição de Orbán de implementar a reforma fiscal que a França tinha impulsionado a nível da UE, é provável que as relações entre os dois sejam mais distantes.
Na sexta-feira passada, na reunião dos 27 ministros das finanças da UE no Luxemburgo, o representante de Orbán anunciou que iria rejeitar a introdução de um imposto mínimo global sobre os lucros das empresas – apesar do facto de o acordo sobre o assunto ter parecido certo durante muito tempo.
Após meses de negociações, a Polónia também desistiu da sua oposição a uma taxa mínima de imposto de 15%. O bem informado portal de notícias Politico cita vários diplomatas afirmando que o debate com Orbán reavivou o velho debate sobre o princípio da unanimidade na União Europeia.
É inaceitável que um país mantenha toda a UE “refém”, disse recentemente Manfred Weber, líder do Partido Popular Europeu. Ele também salientou que anteriormente era impensável que a Polónia votasse contra a Hungria, e vice-versa, uma vez que ambos os Estados se defendiam um ao outro – relatado por Mandiner.
A revista suíça também considera incompreensível a proximidade de Orbán a Putin. Ao relatar, isto resultou na criação de uma distância cada vez maior entre os seus aliados como o Grupo Visegrád e outros antigos amigos.
Fonte: DailyNewsHungary