Foram constituídas 3.507 novas empresas durante o mês de março, em Portugal. Segundo a Iberinform, o aumento homólogo de 42% evidencia sinais de recuperação, embora seja necessário ter em conta que março e abril de 2020 registaram quebras sem precedentes na sequência do primeiro período de confinamento geral e do início da pandemia.
Comparando o primeiro trimestre deste ano com o mesmo período de 2020, o acumulado de novas empresas situa-se 16,9% atrás do verificado no ano passado. Ainda assim, trata-se do “melhor valor deste janeiro, apesar das medidas restritivas à circulação e à atividade das empresas”.
Agricultura e Retalho são os setores em destaque, uma vez que apresentam um crescimento face ao primeiro trimestre de 2020: mais 16% e 10%, respetivamente. Por outro lado, Transportes (-63%), Alojamento e restauração (-39%) e Serviços gerais (-31%) são os setores que mais recuam em termos de novas constituições.
A análise da Iberinform aponta ainda os distritos do Interior de Portugal como aqueles que mais crescem, superando mesmo o Litoral. Bragança, Viseu, Évora, Beja e Leiria são os únicos distritos onde a criação de empresas neste trimestre superior a de 2020 e quase todos fazem parte do Interior.
Faro (-30%), Lisboa (-29%), Coimbra (-26%) e Setúbal (-21%) surgem no sentido inverso, tendo sido os distitos que registaram maiores diferenças negativas em relação ao período homólogo.
Encerramentos recuam 16,7%
A Iberinform revela que os encerramentos decresceram 16,7% no primeiro trimestre, fixando-se em 2.895. As insolvências, por seu turno, registam uma ligeira subida de 1,9% para 571 novos processos neste período.
“Os números de encerramentos e novas insolvências deverão ser entendidos à luz das medidas de apoio que o Estado português colocou à disposição das empresas”, sublinha a empresa, lembrando ainda que estes processos são habitualmente demorados. No caso das insolvências, envolvem tribunais cuja atividade foi afetada pela pandemia.
Por Filipa Almeida Executive Digest