Poesia húngara do século XVIII – Batsányi János e Kisfaludi Sándor

por Pál Ferenc
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Fragmento da introdução da antologia Hungarica de Ernesto Rodrigues, onde faz referência aos dois poetas que publicamos na segunda entrega de literatura desta semana:

O Iluminismo franco-inglês,mas, sobretudo, a Revolução Francesa mexeram, entretanto, com os espíritos danubianos: Batsányi János (1763-1845) enuncia esses sobressaltos, é acusado de cumplicidade no caso Martinovics, pena um ano na prisão, passa-se a Viena, onde casa, e a Paris, com o herói Napoleão derrotado, morrendo no exílio de Linz; Kisfaludi Sándor (1772-1844) é feito prisioneiro dos franceses em Milão e, já na Provença, canta de amor dolentemente.i

Batsányi János

1763-1845

SOBRE AS ALTERAÇÕES EM FRANÇA

A franciaországi változásokra

Nações, países, que, em armadilha feia,
na cor penosa da servidão gemeis,
e do pescoço não sacudistes até
hoje um que vos traz em luto jugo férreo;
vós também, consagrados verdugos de servos
fiéis, cujo sangue natureza requer,
vós, vinde, vede qual a sorte do país,
lançai um olhar atento sobre Paris.

Kisfaludi Sándor

1772-1844

AMOR FELIZ

CANÇÃO 35

Boldog szerelem

35. Dal

Davam já cortes finais,
na mata, lestos ceifeiros;
ao comprido, colossais,
caíam sombras, à beira;
parámos de vez em quando
na erva alta do prado;
e a ponte atravessando
do rio ao nosso lado,
olhar à água desceu:
nela, em cima, o céu,
também dentro; ardeu logo,
nos corações, santo fogo.

 

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