Padre Kondor, o Padre Húngaro “Grande Amigo dos Pastorinhos”

por LMn
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Padre Kondor, o Padre Húngaro “Grande Amigo dos Pastorinhos”

O Padre Kondor Lajos nasceu a 22 de junho de 1928 em Csikvánd, na Hungria, Entrou para o internato dos padres Beneditinos de Györ, em 1940, e aos 18 anos aderiu à Congregação do Verbo Divino. Devido à implantacão do regime comunista na Hungria, por ordem de um superior, em 1949 fugiu primeiro para a Áustria e depois para a Alemanha, onde foi ordenado presbítero em 1953.

Chegou a Portugal em 1954, como vice-prefeito do seminário da sua congregação Verbo Divino. Encontrou-se com a Irmã Lúcia em 1956, pela primeira vez, e no Natal de 1960 foi-lhe atribuído o cargo de vice-postulador dos Pastorinhos.

Morreu no dia 28 de outubro de 2009 na sua casa e foi sepultado no dia seguinte, 29 de outubro, após uma celebração emocionada, em que centenas de pessoas prestaram  em Fátima, a última homenagem ao Padre Luís Kondor, que ficará conhecido para sempre como “o grande amigos dos Pastorinhos”.

Padre Kondor além de um grande Divulgador da Mensagem de Fátima, foi também um importante Promotor do Turismo Religioso, de Fátima como Local de Peregrinação a visitar.

Foi nesse contexto que o Padre Kondor foi entrevistado, guiou e mostrou várias vezes Fátima, o Santuário, assim como o Monumento a Nossa Senhora doa Valinhos, a Via Sacra, o Calvário Húngaro e a Capela de Santo Estevão, em que ele foi o principal organizador. Em diversas visitas de jornalistas e equipas de televisão, organizadas pela ICEP/AICEP e Turismo de Portugal,  caso das TVs húngaras M1, Duna TV* ou HírtTV, o Padre Luis Kondor, no seu húngaro riquíssimo, esteve sempre disponível.

Era um apaixonado pela fotografia e pelo filme a preto-e-branco. A casa onde vivia era um estúdio, uma relíquia para os jornalistas húngaros que recebia e fazia questão, a alguns, de mostrar.

 

4 dos programas, filmes de Zupos Zoltán para a Duna TV

  • Barangolások Portugáliában (1999)
  • Madeira (2001)
  • Magyarországtól Portugáliáig (2007)
  • Magyarok Portugáliában

 

Poema – Excerto – dedicado ao Padre Luis Kondor por Pedro Assis Coimbra

Pela boca morre o peixe aprendi. Ainda bem
que não fui peixe e a morte comigo nada querer.

Em duas chegadas à fronteira austro-húngara
muito batia o coração. As porteiras da residência
souberam que havia dois livros sobre o Milagre*
de Fátima publicados em húngaro. Eu era o estrangeiro
preferido das porteiras não podia dizer que não.

Pedi ao meu pai e a um amigo motorista
que fazia a carreira Santarém-Fátima.
O autor era o Padre húngaro-português Kondor
Lajos que muitos anos depois vim a conhecer
que ainda hoje tenho tanto orgulho de ser seu amigo.

Os meus compañeros cubanos também pediram
não não os livros do clericalismo decadente
ainda por cima de Fátima pela libertação da Rússia.
Pediram-me playboys e penthouses em inglês.

Entre cuecas peúgas e postas de bacalhau
embrulhadas em jornal escondi o duplo pecado
quase mortal. Então ainda não sabia
que o perdão é muito mais forte que o pecado.
Tive medo mas consegui e carteiro exemplar
entreguei intactas as encomendas aos meus clientes.

Abençoado nunca mais tive problemas
quando queria subir ao quarto às horas
que fosse sózinho ou bem acompanhado.

Estava a almoçar no Retiro dos Caçadores
em Fátima com o Padre Kondor e não resisti.
Contei-lhe a história da minha mala
da literatura erótica-clerical inimiga do socialismo!

As suas gargalhadas soaram como um trovão
e mandou vir mais uma garrafa de vinho.
Sempre que posso vou visitá-lo a Fátima.

https://pedroassiscoimbra.blogspot.com/2009/03/cabeleireira-o-pintor-e-fronteira.html

Foto em destaque: Aqui com Joaquim Pimpão o delegado da AICEP durante uma visita da Duna TV

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