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P. Szijjártö MNE Hungria: Governo a trabalhar pelo reforço da cooperação com os países vizinhos

A Hungria está a trabalhar para aprofundar a sua aliança com “a maioria dos seus vizinhos que costumavam ser inimigos”, disse nesta quinta-feira o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Péter Szijjártó na Comissão de Coesão Nacional do Parlamento, tendo no entanto acrescentado, que a Ucrânia, “elevou a sua posição contra as comunidades húngaras ao nível governamental”.

Falando na sua audição parlamentar anual, Szijjártó afirmou que “é evidente que uma cooperação estreita e não o isolamento é do interesse de todos os países da Bacia dos Cárpatos”, acrescentando que tanto as comunidades húngaras noutros países como outras minorias étnicas na Hungria são cruciais para essa cooperação. “A boa sorte dos Cárpatos baseia-se  no interesse mútuo nos nossos respectivos sucessos”.

P. Szijjártó disse que os recursos deveriam ser fornecidos às comunidades nacionais húngaras do outro lado da fronteira para que estas pudessem encontrar a sua própria forma de se fortalecerem.

Um regime de apoio ao investimento de 60 mil milhões de forints está à disposição das empresas húngaras. Foram apresentadas candidaturas a financiamento por 465 empresas e as empresas que planeiam investimentos transfronteiriços apresentaram propostas para projectos no valor total de 110 mil milhões de forints. Como resultado, serão preservados 7.400 postos de trabalho e criados 3.000 novos postos de trabalho, acrescentou.

Além disso, as empresas que fazem investimentos e criam empregos em áreas habitadas por húngaros têm acesso a fundos governamentais no valor de 63,5 mil milhões de forints.

A Sérvia, disse, viu o potencial de reforço da comunidade nacional húngara em Voivodina, com um impacto positivo correspondente nas relações Hungria-Sérvia. A política de minorias da Sérvia pode ser vista como um exemplo para outros países da UE, acrescentou.

A comissão está em estreito contacto com uma comunidade nacional húngara em seis dos sete países vizinhos, observou, acrescentando que este ano foram conseguidos grandes resultados  em cinco dos seis países. Exemplos incluem a nova ponte em Komarom, propriedade conjunta da Eslováquia e Hungria, o envolvimento húngaro nos trabalhos do governo sérvio, uma linha de transmissão de alta tensão que a Hungria está a construir com a Eslovénia, e representação parlamentar para os húngaros na Transilvânia  e Szeklerland.

O ministro fez questão de sublinhar que o “incitamento ao ódio” contra os húngaros e a intimidação como o foco da política governamental ucraniana “reminiscente dos tempos mais negros da União Soviética”.

A promessa do governo ucraniano de fazer da Transcarpathia uma história comum de sucesso ucraniano-húngaro ainda estava “ao nível da propaganda”, acrescentou.

Mesmo quando a Hungria forneceu dezenas de milhões de forints às instituições trancarpathianas, o Estado ucraniano continuou a assediar e intimidar os húngaros, disse, chamando a isto “vergonhoso”.

Sobre a questão da representação dos húngaros através da fronteira, Szijjártó disse que as comunidades húngaras tinham uma “voz mais forte” onde quer que houvesse uma representação nacional unificada. Seria desejável que surgisse unidade na política húngara na Eslováquia, acrescentoo.

Questionado sobre a Croácia, o ministro disse que várias questões empresariais e económicas ensombram as relações, mas que havia também muitas oportunidades por explorar. A Hungria está pronta para uma cooperação mais estreita..

Fonte: MTI / Daily News Hungary