O primeiro-ministro Viktor Orbán afirmou que o regresso do poder de compra dos consumidores, paralelamente à queda da inflação, e a melhoria da competitividade económica resultarão numa recuperação económica a partir do terceiro trimestre, numa entrevista transmitida pela rádio pública Kossuth.
Orbán afirmou que 2023 foi “o ano da queda da inflação” e apontou o sucesso das medidas governamentais para reduzir o IPC para menos de 10% até ao final do ano, incluindo limites de preços, congelamento das taxas de juro, uma plataforma online para monitorizar os preços dos alimentos e descontos obrigatórios nas grandes cadeias de supermercados.
O Presidente da Comissão Europeia referiu que o Governo assumiu a tarefa de combater a inflação do Banco Nacional da Hungria (MNB), uma vez que o “canivete” do banco central era insuficiente para cortar a “árvore enorme” em que se tinha transformado o aumento dos preços no consumidor.
Orbán afirmou que os salários reais irão aumentar “talvez em agosto, mas certamente em setembro”.
Orbán afirmou que a economia começou a expandir-se no terceiro trimestre e que o PIB deverá continuar a crescer no quarto trimestre
Orbán referiu que as previsões económicas sugerem que o crescimento económico da Hungria “poderá facilmente ser o maior” em 2024 e que as empresas húngaras se “adaptaram bem” à crise energética, melhorando a eficiência e aumentando a competitividade da economia húngara.
“Isto estabelece a possibilidade de 2024 ser o ano de reabilitação do crescimento económico”, afirmou.
Orbán referiu-se ao atraso nas transferências de fundos da União Europeia para a Hungria, devido às preocupações manifestadas pela Comissão Europeia em relação a questões relacionadas com o Estado de direito.
O eurodeputado considerou “disparatadas” as questões colocadas pela Comissão Europeia à Hungria sobre o sistema judicial húngaro, nomeadamente “há espaço suficiente para os gabinetes dos juízes?
“Bruxelas deve-nos mais de 3 mil milhões de euros”, acrescentou.
Orbán sugeriu que os “burocratas de Bruxelas” estavam à espera do resultado das eleições polacas de outubro. “Bruxelas quer que o governo polaco caia…. Querem um governo de esquerda na Polónia…. deixando a Hungria entregue a si própria”, disse.
“Se um governo conservador tomar o poder na Polónia… os dois países estarão sempre do lado um do outro e Bruxelas terá de ceder terreno”, acrescentou.
Fonte: MTI via BBJ