É este o segmento da entrevista do primeiro-ministro Viktor Orbán ao canal público Kossuth Rádió, que foi cortado da versão final.
O 444.hu escreveu que o primeiro-ministro afirmou que as perdas ucranianas são também perdas húngaras. Orbán acrescentou que é do interesse húngaro que a Ucrânia seja bem-sucedida, uma vez que lá vivem húngaros e que parte do país é um antigo território húngaro que pertence atualmente à Ucrânia.
Os húngaros são nativos da região, disse Orbán. No entanto, este segmento foi retirado da entrevista publicada no YouTube. Orbán disse que queremos paz porque os húngaros na Ucrânia estão a sofrer com a guerra em curso.
O primeiro-ministro referia-se à Transcarpácia, o território mais ocidental da Ucrânia, onde vivem mais de 100 mil húngaros.
CPAC – Ministro Gulyás: A Hungria é palco de uma “experiência conservadora bem-sucedida” A Hungria tem assistido a uma “experiência conservadora bem sucedida” nos últimos anos, disse Gergely Gulyás, chefe do Gabinete do Primeiro-Ministro, no seu discurso de encerramento da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), na sexta-feira. O sucesso da “experiência” reside na sua legitimidade democrática, que foi garantida em quatro eleições parlamentares ganhas por larga margem, disse Gulyás.
Mas também é bem-sucedida porque “manteve os valores fundamentais que os partidos ocidentais que se intitulam democratas-cristãos e conservadores já abandonaram”, afirmou. O CPAC, organizado pela segunda vez pelo Centro para os Direitos Fundamentais da Hungria (Alapjogokért Központ), é um importante fórum de conservadores americanos que “liga as duas margens do oceano”, afirmou Gulyás.
Em nome do Governo húngaro, Gulyás agradeceu aos oradores do evento por terem visitado a Hungria “que se destaca nos debates conservadores”. Os conservadores da Europa Ocidental aceitam frequentemente “as regras e os enquadramentos que os esquerdistas e os liberais lhes impõem”.
Nos EUA, no entanto, “os conservadores permaneceram conservadores e protegem os valores fundamentais que estão a ser atacados pelo wokeismo”. Esse ataque “não é gratuito”, como prova o facto de a oposição húngara ter recebido 4 mil milhões de forints em dólares americanos para chegar ao poder.
Esse financiamento serviu o objetivo de “garantir que a Hungria não seja um país governado por uma força democrática cristã conservadora que parece ser um espinho no lado da atual administração dos EUA”, disse.
“O wokeismo põe em causa o conceito de pátria, visa a liberdade e o direito dos povos a decidirem sobre o seu próprio destino e a definirem os seus próprios valores e os quadros da sua vida”, acrescentou. Gulyás afirmou que o slogan “no woke zone”, colocado à entrada da conferência, é um apelo à ação e tem como objetivo conseguir a ascensão ao poder de forças políticas que declarem que os seus países “não se tornarão uma zona woke”. “Forças que vejam os homens como homens, as mulheres como mulheres e que queiram proteger os nossos valores fundamentais: a nação, a fé e a coesão”, afirmou.
Fonte: 444.hu via DailyNewsHungary