O Ministro das Finanças Mihály Varga e a recuperação em forma de ”W”. Budapest Economic Forum

por LMn
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Os últimos dados mostram que a recuperação da crise atual não será tão rápida quanto muitos de nós  esperávamos, agora pensamos que será uma crise em forma de ”W” ou uma recuperação prolongada o que espera a economia húngara, disse o Ministro das Finanças Mihály Varga, na conferência do Fórum Económico de Budapeste do Portal Portfolio.

Começámos a manhã cedo com a reunião do conselho empresarial americano-húngaro, discutindo muitos projetos promissores. Se todos os 12 projetos fossem implementados, poderiam ser criados  novos 5.000 empregos – disse Mihály Varga no início da sua apresentação no Forum do  Portfólio nesta quinta-feira.

O nosso problema é que a segunda onda da pandemia também desencadeou uma segunda onda negativa na economia, mundialmente a recuperação pode bem ser muito mais lenta do que pensávamos.

A atual crise económica atingiu a Hungria em posição muito mais favorável do que em 2008, o que significa que os esforços dos últimos dez anos não foram em vão, enfatizou o Ministro das Finanças. No primeiro semestre do ano, a pujança da economia húngara não só foi preservada, como até aumentou, isto porque não enveredamos pelo caminho errado com a eclosão da epidemia, como aconteceu  no conjunto da União Europeia.

Alguns fatores afetaram duramente a economia húngara, habituada que estava p.ex ao grande aumento do turismo verificado nos últimos anos. Outro dos factores inclui a fabricação de veículos, que enfrentava um desafio tecnológico ainda antes da crise.

De súbito, os nossos pontos fortes com a crise da pandemia tornaram-se nossos pontos fracos, afirmou M. Varga.

Mais de 900.000 trabalhadores receberam o complemento salarial, o que nos permitiu abrandar a queda em cerca de 3-4%, sendo que a queda no primeiro semestre do ano poderia ter rondado os 9% sem estas medidas.

A partir dos dados económicos semanais mais recentes, parece que não será de esperar uma rápida recuperação em forma de ”V”, neste momento temos de nos preparar  para uma crise prolongada ou em forma de ”W” – disse o Ministro.

O verdadeiro ponto de inflexão e retoma pode ocorrer em maio-junho de 2021, quando então uma vacina poderá estar disponível, para que a recuperação da economia se possa acelerar – disse Mihály Varga.

Na Hungria, ainda temos a vantagem em termos de custo de mão de obra, somos competitivos, o que pode ser um elemento decisivo na captação de mais investimento estrangeiro. Nas próximas semanas, haverá uma série de anúncios importantes que, como a primeira onda, nos permitirão superar as dificuldades da segunda onda, afirmou Varga.

A Hungria atingiu o fundo da crise durante a primeira metade do ano, agora começamos a viver uma época de certa recuperação, é importante que seja o mais rápido possível.

Segundo o Ministro, o governo identificou seis pontos-chave para o próximo período:

  • O estabelecimento de uma vacina até meados de 2021 será fundamental;
  • O novo modelo de negócios das empresas, não vamos voltar ao período pré-crise;
  • O fortalecimento da competitividade é uma prioridade;
  • A estrutura de crescimento pode mudar, certas indústrias (indústria de saúde, TI) podem-se tornar mais valiosas, podem ser a fonte de crescimento;
  • Estabilidade social;
  • Mandato político.

Fonte:Portfólio

Crédito da Foto: Ákos Stiller, Portfólio

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