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Governo húngaro anuncia: défice orçamental vai disparar este ano!

Com base no desempenho mais lento do que o esperado da economia no segundo trimestre, dados das finanças públicas até agora publicados e nas novas medidas de proteção económica previstas, o défice orçamental poderá oscilar entre 7-9% do Produto Interno Bruto, anunciou o Ministério das Finanças em comunicado.

A declaração do Ministério das Finanças (MF) justifica o enorme aumento do défice com o fundamento de que a meta do governo é que o orçamento húngaro cubra totalmente as despesas de controle de epidemia e de proteção económica no futuro também. Por outras palavras, o défice orçamental e o seu peso elevado no PIB, deriva essencialmente de três fatores:

  • despesas diretas com o controle sanitário da epidemia,
  • medidas de recuperação económica para compensar os efeitos económicos (existentes e e em plano) e
  • desaceleração económica, que mantém o nível do PIB abaixo do estimado,

O MF destaca que o desempenho económico do segundo trimestre (retração económica de 13,6% ao ano) ficou aquém do esperado. A desaceleração económica e os cortes de impostos levados a efeito até agora, reduziram a receita anual do governo geral em mais de HUF 1.400 mil milhões (forint: moeda húngara). Este ano poderá chegar a cerca de 3% do PIB, sendo que se trata apenas de uma estimativa associada ao grau de incerteza, pois ainda não é visível um claro desempenho económico. Outro fator que poderá influenciar o défice é o aumento das despesas e qualquer outra medida governamental que afete o orçamento.

O PM aponta que a retificação orçamental é uma medida comummente adotada entre os países desenvolvidos, como é o caso dos países da EU, estimando-se um défice em torno de 9%. O ministério justifica ainda estes indicadores, pela previsão da Comissão Europeia e do FMI que já prevê um declínio de 1 e 2 pontos percentuais, respetivamente em todo o território da União Europeia.

Por portfolio.hu