As embaixadas dos três países de língua portuguesa em Budapeste (Angola, Brasil e Portugal), em colaboração com Consulado Honorário de Cabo Verde e o Centro de Língua Portuguesa do Instituto Camões, organizam entre os 28 e 31 de Outubro a terceira edição do Festival de Cinema de Língua Portuguesa.
Depois de no ano passado o festival ter decorrido em formato exclusivamente online, este ano a cinematografia lusófona regressa ao escurinho do cinema, nomeadamente às salas do Kino Café (Szent István krt. 16). Do programa constam seis longas-metragens de produção recente, espelhando a atual diversidade do cinema lusófono.
O filme angolano Mwana Nketo abre o festival no dia 28 e conta a história de dois jovens de grupos étnicos diferentes, kwahama e bakongo, que decidem enfrentar as tradições que os impedem de viver um grande amor. Destaque também para dois filmes centrados em figuras femininas de excepção. Em Pacarrete, a actriz brasileira Marcélia Cartaxo interpreta a extraordinária personagem de uma bailarina idosa, considerada louca, que vive em Russas, no Ceará, uma cidade do interior. Na véspera da festa de 200 anos da cidade, ela decide fazer uma apresentação de dança como presente para o povo. Mas parece que ninguém se importa. Num registo diferente, baseado numa história verídica do Portugal de inícios do século passado, o filme Ordem Moral conta com Maria de Medeiros no papel principal, interpretando Maria Adelaide Coelho da Cunha, herdeira e proprietária do jornal Diário de Notícias, que ao desaparecer do seu domicílio em fuga de um casamento infeliz será perseguida pela família e autoridades, acabando internada num manicómio. O festival encerra na noite de domingo com o filme português Mosquito, a intensa história de um soldado português no cenário moçambicano da Primeira Guerra Mundial.
A esta programação em sala, junta-se um conjunto de documentários dos quatro cantos da lusofonia, disponibilizados gratuitamente online durante os dias festival em vimeo.com/festivalcinemacplp2021. Os documentários são:
Entre a porta e a rua (Brasil), de Rafael Figueiredo
Bidon: nação ilhéu (Cabo Verde), de Celeste Fortes
Bijagós o tesouro sagrado (Guiné-Bissau), de Domingos Sanca
Ritmo de ida e volta (Guiné Equatorial), de Ngolo Leticia Idabe Makuale
O parto (Moçambique), de Tânia Machonisse
O Estado Crioulo de África (São Tomé e Príncipe), de Teodora Martins
Música da Resistência (Timor Leste), de Francisca Maia
Os filmes exibidos em sala serão legendados em húngaro, com excepção do filme do dia 28 de Outubro, que contará com legendas em inglês.