O cordão estendeu-se por vários quilómetros, desde a SZFE (Universidade de Teatro e Cinema) no centro da cidade até ao edifício do Parlamento, na Praça Kossuth, junto ao rio Danúbio.
Os representantes dos estudantes da universidade lançaram o protesto depois do governo de Viktor Orban ter revogado a autonomia da instituição.
Na semana passada, o conselho eleito da universidade foi substituído por um novo conselho consultivo formado por pessoas identificadas como próximas do governo e liderado pelo dramaturgo Attila Vidnyanszky, que também já dirige o Teatro Nacional desde 2013.
O campus encontra-se ocupado pelos estudantes desde terça-feira última que pedem a renúncia de A. Vidnyanszky e a restauração do conselho diretivo eleito. Muitos dos professores mais importantes da universidade renunciaram, incluindo o reitor, vice-reitores, chefes de departamento e outros destacados dirigentes.
A prestigiada instituição com 155 anos, tem vários vencedores dos Óscares entre os seus ex-alunos, caso de Michael Curtiz, com Casablanca e Vilmos Zsigmond, o diretor de fotografia de Contatos Imediatos de Terceiro Grau. Uma das professoras mais proeminentes a renunciar ao cargo foi Ildikó Enyedi, conhecida cineasta e vencedora do Festival Internacional de Cinema de Berlim em 2017 com o filme “On Body and Soul”.
Atores, músicos e artistas, assim como outros estabelecimentos de ensino superior, expressaram o seu apoio à luta dos estudantes e docentes da SZEF.
Nos últimos anos, o governo de Orban entregou várias universidades importantes a fundações privadas que lhe são próximas.
O governo afirma que as novas estruturas irão aumentar a qualidade educacional e tornar as instituições financeiramente independentes, mas os críticos vêem as reformas como uma tentativa de acabar com a sua autonomia.
Crédito da Foto: 24.hu