Em declarações hoje proferidas à Rádio Kossuth, o primeiro-ministro explicou que a ligação entre a migração e a epidemia de coronavírus não deve criar a imagem de que todos os migrantes são bombas biológicas, mas alguns são realmente, e o problema é que eles não sabem quem.
“Todos os imigrantes ilegais que querem entrar no país sem controlo, não só violam as leis húngaras, como também representam uma ameaça biológica. É uma frase grave por isso digo-a com cuidado”, disse o primeiro-ministro.
“Quando relacionamos a imigração com o contágio, criamos a imagem de que todos os imigrantes são uma bomba biológica que nos pode contagiar. Não é assim, só alguns o são, mas não sabemos quais”, argumentou.
Como não se pode saber quais dos imigrantes estão infetados, é preciso “considerar todos os imigrantes como potenciais contaminadores”, acrescentou.
Admitindo que esta posição possa ser injusta, Orbán defendeu que, “do ponto de vista dos húngaros, que podem ser vítimas disso, é preciso pensar na autodefesa”.