Medidas que Prolongam a Guerra Prejudicam Interesses Húngaros, afirma o Ministro das Relações Exteriores Szijjártó

por LMn | MTI
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As medidas que prolongam a guerra na Ucrânia são contra os interesses da Hungria, e ameaçam causar uma crise alimentar mundial, disse na segunda-feira o Ministro dos Negócios Estrangeiros Péter Szijjártó.

Falando numa conferência de imprensa à margem do Conselho dos Negócios Estrangeiros da UE, o Ministro salientou que as medidas que prolongam de alguma forma o conflito armado estão também a exacerbar a crise alimentar em muitas partes do mundo.

Péter Szijjártó salientou que a Ucrânia e a Rússia estão a produzir 30 por cento do trigo mundial e 80 por cento das exportações de sementes de girassol. As exportações de trigo da Ucrânia sofrerão uma quebra de 25 milhões de toneladas este ano. “Devido à guerra, cerca de 400 milhões de pessoas irão enfrentar a escassez de alimentos”, salientou o Ministro dos Negócios Estrangeiros.

De acordo com Szijjártó, a Hungria permitiu até agora 368.000 toneladas de cereais em todo o país, e está a trabalhar para aumentar a sua capacidade.

“Quanto mais tempo a guerra se arrastar, mais pessoas terão de enfrentar a crise alimentar e a pressão migratória aumentará na Hungria e na Europa Central”, afirmou.

A Hungria gastou até agora 1,6 mil milhões de euros para aceitar 843.688 refugiados da Ucrânia, e para deter 118.786 migrantes ilegais na fronteira sul, disse. “Consideramos injusto e humilhante que Bruxelas tenha até agora financiado 2% desse montante”, salientou Szijjártó.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros também rejeitou o acordo pós-Cotonou da UE sobre migração com 79 nações de África, Caraíbas e Pacífico. “A última coisa que precisamos neste momento é de mais migrantes a chegar à Europa”, disse ele.

 

Foto em destaque através da página oficial de Péter Szijjártó no Facebook

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