Matilde Campilho (Avarandado – Veranda)

por Márta Lipp
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Avarandado

Quarta nota para
a manhã infinita:
Afinal o grande amor
Não garante nada mais
Do que as 12 graças
Desdobradas pelos
Corredores do mundo
Agora isso é mais
Do que suficiente
E apesar dos bofetões
Do tempo invertido
Apesar das visitas
Breves do pavor
A beleza é tudo
O que permanece

In: Jóquei, Tinta-da-china, 2014

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Matilde Campilho (Lisboa, Cascais, 1982) é poetisa e escritora. Estudou literatura em Lisboa e história da arte em Milão. De 2010 a 2014, moveu-se entre Lisboa e o Rio de Janeiro, trabalhando como editora em Lisboa e como jornalista no Rio de Janeiro. Durante este tempo, publicou o seu primeiro livro de poesia, Jóquei, Tinta da China, 2014, que também foi publicado no Brasil e em Espanha. O seu segundo livro, Flecha,Tinta da China, 2020, é também o seu primeiro livro em prosa. Vive em Lisboa.

 

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Foto: Portrait de Matilde Campilho

Fonte: https://oglobo.globo.com/cultura/livros/matilde-campilho-uma-poeta-nomade-12953888

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Ilustração:  Krajcsovics Éva, A festő ablaka, 1996

https://budapestgaleria.hu/_/2015-kiallitasok/krajcsovics-eva/

 

Veranda

 

Negyedik üzenet
a végtelen reggelhez:
Végül a nagy szerelem
Nem ígér semmi egyebet
Mint a 12 kegyelem
Ami el van osztva
A földi folyosókon
Azért ez mégiscsak több
Mint elegendő
És a megzavarodott idő
Ütései dacára
A rövid irtózat
Rohamok ellenére
Az ami fönnmarad
A szépség a minden

Forrás: ÚjNautilus, 2019. június 12.

Matilde Campilho (1982. Lisszabon, Cascais) költő, író. Lisszabonban irodalmat, Milánóban művészettörténetet tanult. 2010-től  2014-ig Lisszabon és Rio de Janeiro között ingázott, Lisszabonban szerkesztőként, Rio de Janeiroban újságíróként dolgozott. Ez idő alatt jelent meg az első verseskötete – Jóquei (Zsoké), Tinta da China, 2014 -, amit kiadtak Brazíliában és Spanyolországban is. A második könyve – Flecha (Nyíl), Tinta da China, 2020 – egyúttal az első prózakötete is. Lisszabonban él.

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Fotó: Matilde Campilho portréja

Forrás: https://oglobo.globo.com/cultura/livros/matilde-campilho-uma-poeta-nomade-12953888

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Illusztráció:  Krajcsovics Éva, A festő ablaka, 1996

https://budapestgaleria.hu/_/2015-kiallitasok/krajcsovics-eva/

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