János Vajda (1829 – 1897): poeta húngaro – Primeira Parte

por Pál Ferenc
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Vajda János (1829 – 1897): importante poeta e homem de letras da segunda metade do século XIX. O seu primeiro poema foi publicado em 1844. A partir de 1847 seus poemas apareciam com regularidade. Juntou-se ao círculo de amigos de Petőfi Sándor, os escritores de Pilvax e participou na revolução de 1848. Tinha um amor sem esperança pela filha do seu anfitrião, a ambiciosa Kratochwill Georgina, que se tornou a namorada de um conde rico. Essa experiência é a fonte dos poemas de Gina que ocupam grande parte da sua obra poética. A sua poesia é concisa e poderosa com uma imaginação ousada. No fundo de sua sombria solidão vivia o desejo de ascensão popular e nacional, assim como Ady, que considerava Vajda como o seu “sagrado predecessor”. 

VINTE ANOS DEPOIS
(No álbum de Gina)

Húsz év mulva

Qual gelo nos picos do Monte Branco,
que não dana nem sol, nem sequer vento,
não arde meu coração, em descanso;
não vivo da paixão novo tormento.

Miríades de estrelas ao redor
de mim brilham, à porfia, coquetes,
sobre mim lançam raios; mas nem por
isso de novo quem eu sou derrete.

Às vezes, na silente madrugada,
acordando, sozinho, se define,
no lago fantástico da passada
juventude, tua imagem de cisne.

E, então, meu coração doura já,
como, nas longas noites de Inverno,
quando sol nascente rompe acolá,
no Monte Branco essa neve eterna

 

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