Italianos investem 12,6 M€ em resort na ilha cabo-verdiana da Boa Vista

por LMn | Lusa
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 Investidores italianos pretendem construir um ‘resort’ com 147 suítes na ilha cabo-verdiana da Boa Vista, criando 88 postos de trabalho, num investimento privado de 12,6 milhões de euros, segundo informação oficial do Governo.

A informação consta de um despacho conjunto dos ministros do Turismo e Transportes e das Finanças, de 27 de abril e consultado hoje pela Lusa, atribuindo ao “The Lagoon Resort” o estatuto de Utilidade Turística de Instalação em Sal Rei, ilha da Boa Vista, promovido por investidores italianos.

De acordo com o despacho governamental que atribui este estatuto, que dá acesso a benefícios fiscais à instalação por parte dos promotores, o investimento envolve a construção de um empreendimento hoteleiro composto por 147 suítes, 162 camas, dois restaurantes, uma sala de dança e um SPA, entre outros espaços, numa área total de 12.345 metros quadrados.

“Com o ‘target’ direcionado para jovens adultos, pretende-se com este projeto oferecer um serviço de qualidade com experiência única, oferta diversificada, proporcionando momentos de relaxamento e diversão conjugado com menus gastronómicos variados e atividades culturais num espaço acolhedor, tornando-se bastante competitivo no mercado. Os visitantes poderão desfrutar de uma estadia completa por um preço médio de 70 euros por noite”, explicam os promotores.

Com este investimento, eleva-se a praticamente 1.100 milhões de euros e cerca de 8.600 postos de trabalho os contratos de promotores privados, em hotelaria e turismo, fechados com o Estado cabo-verdiano desde abril de 2020, já depois do início da pandemia de covid-19. Envolve o Radisson Praia e o Mélia Lusofonia, dois megaempreendimentos cujo investimento foi contratado no final de março, e dois hotéis de cinco estrelas da cadeia Marriot, além de 23 investimentos com estatuto de utilidade turística, de acordo com dados oficiais compilados pela Lusa.

O presidente da Câmara de Turismo de Cabo Verde, Gualberto do Rosário, garantiu em março, em entrevista à Lusa, que os empresários não deixaram de investir, apesar do forte impacto da pandemia, esperando um crescimento ainda mais pujante no setor a curto prazo.

“Uma vez resolvida a questão da pandemia, admito que o setor retome a normalidade, eventualmente até com outra pujança, esperemos, como vinha crescendo. Os empresários de uma forma geral, tanto os nacionais como os investidores externos, percebem que é assim e estão a preparar-se para a retoma”, afirmou o responsável, embora admitindo que a maioria dos hotéis em Cabo Verde permanece encerrada, devido aos impactos da covid-19.

O turismo representa cerca de 25% do Produto Interno Bruto (PIB) de Cabo Verde, mas o setor está praticamente parado desde final de março de 2020, devido às restrições às viagens, impostas para conter a transmissão de covid-19, após o recorde histórico de 819 mil turistas em 2019.

Em 2020, o setor perdeu mais de 600 mil turistas, uma quebra superior a 70% face ao ano anterior.

PVJ // VM

Lusa

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