Idade Média dos Automóveis na Hungria é de 15 Anos – Em Portugal é de 13,2 Anos

por LMn
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Em quatro anos, a idade média dos carros em circulação na Hungria aumentou um ano inteiro, chegando aos 15 anos, relata a HVG.

As razões incluem o facto de mais de metade dos automóveis registados pela primeira vez na Hungria serem veículos em segunda mão, tipicamente importados da Europa Ocidental e com alguns anos de idade. Mesmo que cheguem em condições relativamente melhores, permanecem tipicamente nas estradas até serem abatidos.

Idade do parque automóvel na Hungria:

  • Opel: 16,5 anos
  • Suzuki: 15,7 anos
  • Volkswagen: 16,6 anos
  • Ford: 13,9 anos
  • Toyota: 12,6 anos

Não é raro encontrar um velho carro da RDA ou um Moskvitch ainda em circulação. Existem ainda mais de 300 Moskvitches da idade mais surpreendente, com uma idade média de 42,4 anos, e mais de 9.000 carros Trabant com uma idade média de 34,5 anos nas estradas húngaras. No ano passado circulavam na Hungria 4165 Wartburgs com uma idade média semelhante (34,7 anos).

De acordo com HVG, a idade média da frota automóvel nacional era de 10 anos em 2007, mas a partir de 2011 começou a envelhecer novamente. O número de 2021 já é mais de três anos pior que a média da UE (11,8 anos), tendo apenas a Roménia (16,8 anos) uma frota de veículos mais velha que a média da UE.

Portugal com mais carros e ainda mais velhos devido à pandemia

Falta de veículos para abate e saída de unidades que estavam na garagem explicam maior envelhecimento do parque automóvel desde 2015. Idade média subiu para 13,2 anos.

No final do ano passado, estavam registados 6,59 milhões de automóveis ligeiros e pesados, 1,6% acima do número de 2019. Em média, cada veículo tinha 13,2 anos, o que corresponde a um envelhecimento de 0,5 anos, segundo os dados divulgados na terça-feira pela Associação Automóvel de Portugal (ACAP).

É preciso recuar a 2015 para encontrar um envelhecimento mais agressivo (0,6 anos): no primeiro ano do pós-troika, a idade média dos ligeiros de passageiros passou dos 11,7 (em 2014) para os 12,4 anos. O automóvel voltou a ganhar peso em Portugal apesar de o comércio de unidades novas e em segunda mão ter registado quebras de perto de 30%.

A falta de incentivos ao abate e os efeitos da pandemia explicam o crescimento dos carros. “A idade média dos veículos em centros de desmantelamento está nos 22 anos e seis meses porque não há incentivos para as pessoas mandarem para lá os carros”, explica ao Dinheiro Vivo o secretário-geral da ACAP, Helder Pedro.

“Os carros que estavam parados começaram a circular novamente”, acrescenta o líder da Associação Portuguesa do Comércio Automóvel (APDCA), Nuno Silva. A associação representa boa parte dos concessionários de automóveis usados.

Dos 6,59 milhões de veículos em circulação, mais de 80% (5,3 milhões) correspondem a automóveis ligeiros de passageiros. Mais de uma em cada cinco unidades (1,2 milhões) conta com mais de duas décadas, ou seja, cumpre apenas a norma de emissões Euro 2, que vigorou para as novas matrículas entre 1997 e o final de 2000. Além das maiores emissões, os carros mais antigos têm menos elementos de segurança a bordo.

A juntar à falta de incentivos ao abate, o Estado também contribui para o envelhecimento do parque automóvel através do imposto pago pela sua utilização. Todos os carros com mais de 13 anos, matriculados antes de 30 de junho de 2007 pagam apenas imposto de circulação (IUC) conforme a cilindrada – e uma taxa adicional para as unidades as gasóleo.

Depois de junho de 2007, além da cilindrada, os condutores têm de pagar a componente associada às emissões de dióxido de carbono – que corresponde pelo menos à norma Euro 4 -, o adicional para veículos a gasóleo e ainda um coeficiente de 1,05 a 1,15 vezes o valor de imposto calculado.

O Estado também incentiva os portugueses a irem buscar carros mais poluentes através dos descontos aplicados na taxa das componentes ambiental e da cilindrada: quanto mais antigo for o usado importado, maior o desconto, independentemente das emissões de dióxido de carbono.

Os veículos em segunda mão, à conta destes fatores, estão a ganhar cada vez mais peso no mercado automóvel nacional: no ano passado, representaram 39,9% do comércio de veículos novos, mais 5,4 pontos percentuais do que no ano anterior.

O recurso aos usados também explica o envelhecimento do parque automóvel nacional: os carros com menos de cinco anos representam apenas 20,2% dos carros matriculados, o equivalente a 1,069 milhões de unidades.

 

Fonte: HVG via Hungarytoday | Jornal de Negócios

Imagem em destaque: ilustração via Pixabay

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