Hungria: Viktor Orbán pressiona a Autoridade Nacional de Saúde a autorizar a vacina chinesa

por LMn
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O primeiro-ministro húngaro pressionou a Autoridade Nacional de Saúde (NNK) a aprovar a vacina chinesa o mais rapidamente possível, dizendo que as vacinas ocidentais chegam ao país muito lentamente.

Como escreveu Bloomberg, Orbán pressionou os reguladores de saúde para permitir rapidamente a utilização da vacina chinesa. A UE está em negociações com várias empresas ocidentais produtoras de vacinas, mas a sua chegada tem sido um pouco retardada. Por exemplo, A Pfizer notificou os 27 estados membros que, durante as próximas semanas, fornecerão aos países menos vacinas do que o previsto.

A quebra na entrega das injecções deve-se a obras na fábrica chave da empresa na Bélgica para aumentar a sua capacidade de produção a partir de meados de Fevereiro. Embora tenham prometido que haveria um aumento significativo nas entregas em finais de fevereiro e março, o governo húngaro opta por avancar e confiar na vacina chinesa que ainda não está autorizada.

Orbán é bastante cuidadoso nesta questão: está a promover a vacinação mas, ao mesmo tempo, está a tentar evitar um crescente cepticismo à sua volta. Apoiou a vacina russa desde muito cedo e disse inicialmente que não iriam dizer às pessoas qual o produto da empresa que iriam obter. Desde então, anunciou que partilhariam esta informação com aqueles que optassem por ser vacinados, escreveu Nepszava.hu.

Na sexta-feira, Orbán disse que tinha perguntado a especialistas em vírus sobre a vacina chinesa, se esta causa mais danos do que a própria pandemia. Segundo ele, os peritos disseram que não havia preocupações de segurança, embora o primeiro-ministro não tenha mencionado a eficácia da vacina.

O governo está prestes a assinar uma importante encomenda de vacinas chinesas da empresa Sinopharm, disse o Ministro do Gabinete do PM Gergely Gulyás. Acrescentou ainda que as duas partes concordaram em praticamente todos os pormenores, a entrega da primeira remessa depende apenas da rapidez das autoridades sanitárias húngaras. Especialistas da Entidade Nacional de Farmacêutica monitorizaram o processo de produção destas vacinas em Pequim. Tiveram a possibilidade de supervisionar todo o processo, incluindo toda a documentação. O director da entidade comentou que a produção é conduzida numa instalação moderna em circunstâncias seguras, e os especialistas húngaros apenas fizeram pequenas observações que não afectam a qualidade do produto final.

A UE, contudo, não aprovou nem a vacina chinesa nem a russa, devido à falta de informação sobre a sua segurança e o processo de testes que permite a sua entrada no mercado, ao contrário do que acontece com os seus concorrentes europeus. Por outro lado, numa situação extraordinária, os estados membros podem ignorar os conselhos da autoridade sanitária europeia.

 

Fonte: Népszava.hu/Daily News Hungary

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