Já não existe uma economia ortodoxa, porque está num estado de constante mudança, e portanto, sempre pouco ortodoxa, escreveu György Matolcsy, o governador do banco central da Hungria, num artigo publicado no portal growth.hu, que é também a segunda parte da sua lógica sobre a recuperação sustentável.
Sublinhou que a nova economia é uma economia em rede, de plataforma, como a economia e a sociedade, não baseada em leis eternas (tais como a mão invisível, mercados auto-reguladores, inflação e aumentos salariais), mas em redes e plataformas de conhecimento em rápida mudança.
O presidente do banco central observou que os contextos económicos estão a mudar cada vez mais rapidamente, pelo que cada vez mais áreas e mais mudanças precisam de ser medidas, com novas métricas necessárias para além e em vez das que são utilizadas atualmente. A nova bússola é a sustentabilidade a longo prazo, onde ambas as partes do crescimento de equilíbrio – equilíbrio e crescimento – precisam de ser medidas de forma mais ampla, mais rápida e mais fiável do que hoje, explicou ele.
Salientou que o papel do Estado irá mudar na nova economia. Os Estados, individual e coletivamente, têm apenas a capacidade de acelerar a transição para a sustentabilidade a longo prazo. Podem fazê-lo agindo de duas formas que se reforçam mutuamente: acelerando a revolução do conhecimento e orientando a economia para a sustentabilidade.
Também colocou a transição digital e a transição verde, educação e saúde, famílias e comunidades, e a preservação e reforço dos bens públicos e culturais no centro da ação pública.
A sustentabilidade tem a ver com a civilização humana e, portanto, as relações humanas estão no centro da economia sustentável”, concluiu.