Sebastião (20 janeiro 1554 Lisboa-4 agosto 1578 África) transformou-se num mito após o seu desaparecimento na batalha de Alcácer Quibir, no norte de África. A sua morte abriu as portas à crise dinástica que iria colocar os reis de Espanha no trono português.
O Desejado de Alcácer Quibir, que carrega consigo o fado maior que explica o fado de Portugal, transcende largamente o homem que foi Rei, pois enquadra, contextualiza e explica muito daquilo que é a essência mais profunda de Portugal. 467 anos depois do seu nascimento, urge celebrar o Desejado, porque nele subsistem, mesmo tantas agruras depois do seu misterioso desaparecimento, as esperanças maiores de um País inteiramente inquietante.
Sebastião era neto de D. João III e o seu nascimento foi muito festejado por se temer um problema de sucessão na coroa portuguesa.
Religioso e militar zeloso, empenhou-se na preparação de um exército para combater os Mouros e em ganhar prestígio militar.
Morreu no Norte de África, na batalha de Alcácer Quibir, sem deixar descendência, abrindo caminho para a entrega da coroa portuguesa aos Filipes de Espanha.
À sua volta nasceu o mito do “Sebastianismo”, a esperança de que regressaria um dia, numa manhã de nevoeiro, para salvar o país de todos os seus problemas.