Ilustração de Inna Korneeva e Poema de Pedro Assis Coimbra
Quando Por Fim Amanhece
Quando por fim amanhece
e Lisboa se desperta
é que os teus olhos perfeitos
batem às janelas dos meus.
Os dedos finos ainda não voltaram
e como o fado está à minha espera
uso então as metáforas do povo
e deixo a ternura a rimar.
Permaneço por isso distante
longe de ti longe dos meus
bem perto do coração do vento
de toda a alegria da minha canção .
Sim porque no Tejo de todos
e nos lábios dos amantes
navega um barco do pensamento
feito de fogo e desfeito em luz.
in “Palavras do Fado” do livro “As Palavras Que Ficaram”
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