Corre vento corre corre
Corre vento corre corre
prolonga os teus braços
os teus dedos sibilinos
junta-te a outros ventos
que me falta o tempo
que o amor não me crê.
Corre vento corre corre
pede ajuda aos amigos
aos parentes e aos vizinhos
revisa todos os campos
vales montanhas planícies
que o amor não me crê.
Corre vento corre corre
alia-te aos inimigos
às tempestades do norte
às correntes do sul
e ao fado do ciúme
que o amor não me crê.
Corre vento corre corre
ajuda-me a encontrar
o coral mais pequeno
e a flor mais insegura
para a devolver ao vento
que o amor não me crê.
In ” As Palavras do Fado” do livro “As Palavras que Ficaram”
https://www.facebook.com/bogart.pictures
https://pedroassiscoimbra.blogspot.com/