Em Buda (só) uma vez houve feira de cães (Egyszer volt Budán kutyavásár)

por LMn
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Em Buda (só) uma vez houve feira de cães

 

Desde muito pequenas, todas as crianças húngaras (magyar gyerekek) conhecem o conto popular, no qual devido à bondade e o empenho pessoal do “Rei Matias, o Justo”, em Buda, foi organizada uma feira, para que os cães dos pobres fossem comprados pelos nobre a muito bom preço e os pobres camponeses pudessem ter um pouco mais dinheiro para a suas famílias carenciadas.

Ao tomar conhecimento da notícia, o rico ganancioso apressou-se a gastar toda a sua imensa fortuna na compra de dezenas e dezenas de cães. Levou-os todos, em matilha, para Buda, para os vender mais caros e ficar ainda mais rico.

Mas a surpresa esperava-o, quando o bom Rei Matias disfarçado, fez saber ao avarento que vinha enganado porque na verdade ”Egyszer volt Budán kutyavásár” – Em Buda (só) uma vez houve feira de cães de Buda. A feira não voltaria a repetir-se. Com a confusão criada,  os cães assustados acabaram por fugir, tendo o ganancioso perdido toda a sua fortuna.

Mesék Mátyás királyról: Egyszer volt Budán kutyavásár

Veja o vídeo do conto em húngaro:

 

Origem do Vizsla – Um exímio caçador!

O Vizsla precede a sua própria nacionalidade. Os seus antepassados acompanharam os magiares, originários dos montes Urais que compõe a maioria da população húngara, durante a sua invasão à Europa Central, estabelecendo-se, no século IX, no território que hoje corresponde à Hungria.

Eram os cães mais apreciados pela aristocracia húngara, que, ao longo de séculos, desenvolveu as suas aptidões para a caça. Com a conquista do Reino Húngaro pelos otomanos, no século XVI, estes cães foram cruzados com as raças já extintas Turkish Yellow e Pannonian Hound, dando origem à raça que hoje conhecemos.

Já nos anos 30 do século XX, para além dos Vizslas de pêlo curto, passaram a ser desenvolvidos Vizslas de pêlo cerdoso (ou de arame, áspero como cerdas), hoje considerados uma raça autónoma. Esta segunda variedade foi criada por Vasas József, que utilizou as suas duas melhores cadelas para cruzar com excelentes exemplares de Braco Alemão, dando origem a um cão com o pêlo mais comprido e, por isso, mais preparado para recuperar a caça em águas muito frias.

Tal como aconteceu com muitas outras raças, o Vizsla sofreu um sério revés com a II Guerra Mundial. Após este conflito e com a ocupação soviética da Hungria, a raça continuou a enfrentar grandes dificuldades e chegou a estar perto da extinção, uma vez que a sua relação com a aristocracia, trouxe-lhe uma má reputação aos olhos do poder instalado. Graças aos expatriados húngaros, que levaram os seus cães quando emigraram para outras partes da Europa e para a América do Norte, a sobrevivência do Vizsla ficou assegurada.

Fonte: Cão Nosso – História do Vizsla

 

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