O aumento de capital da EDP, realizado no âmbito da compra da espanhola Viesgo, foi totalmente subscrito, com uma procura que foi de 256% face à oferta. Grandes acionistas e gestores investiram.
O aumento de capital da EDP de mil milhões de euros, realizado no âmbito da compra da espanhola Viesgo, foi totalmente subscrito, com uma procura de 256% face à oferta disponível para novos acionistas da elétrica, comunicou esta sexta-feira a empresa ao mercado. Grandes acionistas e administradores, incluindo o presidente executivo suspenso de funções — António Mexia — deram ordens de compra nesta operação anunciada dias depois de se conhecerem as decisões judiciais que suspenderam os presidentes da EDP e da EDP Renováveis, João Manso Neto, no quadro do inquérito EDP.
A EDP “torna público que foi totalmente subscrito o aumento de capital social” de 3.656.537.715 euros para 3.965.681.012 euros, “compreendendo a emissão de 309.143.297 ações ordinárias, escriturais e nominativas, com o valor nominal de 1,00 euro cada, ao preço de subscrição unitário de 3,30 euros com um ágio [juro] de 2,30 euros por nova ação”, pode ler-se no comunicado enviado pela EDP à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
No mesmo documento, a elétrica portuguesa assinala que “no exercício de direitos de subscrição foram objeto de subscrição proporcional 289.872.956 novas ações, representativas de cerca de 93,8% do total de novas ações a emitir”.
“Os pedidos suplementares de ações sujeitos a rateio [divisão proporcional] totalizaram 501.535.122 ações, excedendo cerca de 26 vezes a quantidade disponível para o efeito”, adianta a EDP, completando que “deste modo, a procura total registada no presente aumento de capital representou cerca de 256% do montante da oferta”.