Destaques da Imprensa húngara: Polónia e Hungria podem vetar o orçamento da EU

por LMn
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Um analista de esquerda espera que, embora a Hungria e a Polónia possam bloqueá-lo, a UE aprove o estrito acordo de condicionalidade da lei apresentado na semana passada. Um comentarista pró-governo sugere que a proposta reflete as ideias de George Soros e tem como objetivo punir a Hungria por não permitir a entrada de imigrantes ilegais.

Resumo da imprensa húngara por budapost.eu

Informação de base: O primeiro-ministro Orbán avisou que vetaria o orçamento da UE para os próximos 7 anos se o Parlamento Europeu aprovar a proposta de condicionar os pagamentos da UE ao cumprimento do Estado de direito. O governo polaco também disse que bloquearia o orçamento nesse caso. Numa carta dirigida à liderança da UE, o primeiro-ministro Orbán escreveu que o mecanismo proposto de Estado de direito não está em linha com o acordo alcançado na cimeira da UE em julho. A proposta acordada pelos negociadores que representam o Parlamento Europeu e o Conselho Europeu permitiria à UE reter o financiamento da UE com o apoio de Chefes de Estado que representassem pelo menos 65% da população total da UE.

Tamás Rónay, do Népszava, acha que a proposta de condicionalidade do Estado de Direito é um grande golpe para o governo húngaro. O comentarista de esquerda aponta que a solução proposta tornaria muito mais simples para a UE reter financiamento do que o governo húngaro esperava após a cimeira da UE em julho, e é mais rigorosa do que o projeto apresentado pelo governo alemão.

Rónay acredita que mesmo a condicionalidade estrita do Estado de Direito não seja forte o suficiente para impedir a corrupção governamental ou para garantir a independência dos tribunais e a liberdade da mídia. Rónay espera, no entanto, que a proposta seja aprovada tanto pelo Parlamento Europeu como pelo Conselho.

Pál Dippold, do Magyar Hírlap, acha nauseante que a eurodeputada do Momentum Katalin Cseh, tenha recebido e abraçado uma proposta que prejudicaria os interesses húngaros. O colunista pró-governo concorda com o primeiro-ministro Orbán que a proposta reflete a opinião de ‘jornalistas pagos por George Soros’.

Dippold acrescenta que as receitas húngaras são garantidas pelos próximos dois anos, portanto, ‘a Hungria não pode ser chantageada’ para permitir que migrantes entrem no país, o que, Dippold suspeita, é a verdadeira razão por trás da condicionalidade do Estado de Direito. Em vez de tentar punir a Hungria, os liberais de esquerda na UE deveriam pensar seriamente em como parar “o terrorismo importado por imigrantes ilegais que foram trazidos para a Europa por ONGs financiadas por George Soros”, diz o comentarista.

Imagem de destaque:  Szilárd Koszticsák / MTI

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