Vinho do Pico – Açores – (Séc. XVIII) foi largamente exportado para o Norte da Europa e até mesmo para a Rússia. Depois da revolução (1917), foram encontradas garrafas de vinho “Verdelho do Pico” armazenadas nas caves dos antigos czares…
O Czar, considerado o primeiro vinho conhecido no mundo por atingir naturalmente, sem adição de álcool, açúcar ou leveduras, 18% ou mais de graduação, é gerado a partir das castas autóctones do Pico.
É produzido desde a década de 60 e engarrafado desde os anos 70, com a marca Czar, em referência ao facto de, após a revolução russa, em 1917, terem sido encontrados vinhos licorosos do Pico nas caves do palácio de Nicolau II.
O que faz do Czar um vinho especial é, de acordo com o seu produtor, o facto de “resultar de vinhas velhas que foram plantadas em 1872, plantas com quase 150 anos”.
“Não são todas, porque são replantadas, mas a média das vinhas é de 60 a 80 anos”, refere, sendo a sua produtividade “extremamente reduzida, o que gera diferença em termos de concentração de nutrientes”.
O produtor refere que “faz-se sempre uma colheita bastante tardia, sendo que a maior parte das uvas são passas autênticas”, apontando que “nada é adicionado” ao produto final, havendo um equilíbrio natural de acidez, açúcar e álcool.
Durante cinco anos da atual década que o vinho Czar não surgiu no mercado, sendo que nos anos em que o produto é lançado não são excedidas as mil garrafas.
Fortunato Garcia refere que isto “nunca foi visto como um negócio, mas sempre na expetativa de um dia lá chegar, atingindo os mercados ‘premium’ de vinho, em que existem muito poucos vinhos no mundo”.
Fontes: https://www.ivv.gov.pt/ e https://cnnportugal.iol.pt/