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Curiosas expressões portuguesas: “Maria vai com as outras” e muitas outras

Quem não ouviu ainda a expressão ‘Maria vai com as outras’? Todos sabemos que traduz a ideia de uma certa falta de personalidade, expressão normalmente dirigida a quem não pensa pela própria cabeça e se junta à maioria, por pensar que essa será a melhor opção.

O que a maior parte das pessoas desconhece é que esta expressão nasce ainda no seio da corte de D. Maria I, mãe de D. João VI, que viria a enlouquecer e, por isso, seria afastada do trono e condenada a viver em recolhimento. Naquela altura, a rainha era apenas avistada de vez em quando e acompanhada de numerosas damas da corte. O povo, quando a via dizia ‘lá vai D. Maria, com as outras’.

‘Rés-vés Campo de Ourique’, outra expressão portuguesa ainda muito utilizada e que traduz a ideia de algo que está mesmo no limite, na fronteira de qualquer coisa. Saiba que a expressão remonta ao Terramoto de 1755, um evento que assolou Lisboa e que destruiu a cidade até Campo de Ourique, bairro da capital que ficou intacto. Surpreendido?

‘Ficar a ver navios’ é a expressão que utilizamos quando aguardamos algo que acaba por não acontecer, frustrando as nossas expectativas. A expressão deriva também do passado, mais precisamente da época que ficou marcada pelo desaparecimento de D. Sebastião em 1578. Parece que naquela época o “desejado” era tão desejado que o povo se reunia no Alto de Santa Catarina a ver os navios que chegavam e a esperar que de um deles surgisse o rei que nunca regressou.

Há ainda quem explique esta expressão com base num outro contexto histórico — o das invasões francesas e da fuga da família real portuguesa para o Brasil. Naquela altura, do alto de uma das colinas de Lisboa, as tropas francesas observaram a partida da família real, que fugia assim à sua captura, deixando-as literalmente… a ver navios!

Fonte: movingtoportugal.pt




Este é o primeiro hotel do rei dos sapatos de sola vermelha em Portugal

São poucos os designers de calçado que se destacam da multidão como o génio francês. Mas o designer, famoso pelas suas solas vermelhas escarlates e saltos altos deslumbrantes, adoptou agora uma nova abordagem ao abrir o seu primeiro hotel boutique no país mediterrânico que faz parte da sua casa. Junte-se a nós!

A aldeia de Melides, a apenas uma hora e meia de carro a sul de Lisboa, entrou no mapa do luxo mundial num piscar de olhos nos últimos meses. Poucas pessoas sabiam que Louboutin tinha aqui uma casa de férias, a par das suas propriedades na movimentada cidade da Comporta, a 20 km de distância, e na capital. A vida aqui parece um pouco presa ao século XIX, embora valha bem a pena uma visita, pois fica apenas a 10 minutos de carro da pitoresca costa alentejana, mas para os menos interessados em banhos de sol e mais nos sabores locais, há muito para fazer – ou melhor, saborear – com uma série de restaurantes familiares que servem pratos tradicionais. E depois vale mesmo a pena ficar no hotel Vermelho (o próprio nome português é um bocadinho complicado, referindo-se às solas de sapato acima mencionadas).

Embora o edifício de 13 quartos pareça velho e patinado, na verdade é novo, mas os elementos artificiais e clássicos foram tratados com grande talento, pelo que se pensa realmente que os azulejos azuis e brancos de majólica estão de pé em toda a sua glória há séculos.

Para além dos elementos tipicamente portugueses, os interiores também apresentam toques de estilo francês e egípcio, refletindo as origens do proprietário. Por exemplo, os azulejos com padrões geométricos evocam a antiga sede da Marinha Francesa, o Hotel de la Marine em Paris, e o pavimento de alabastro na sala de massagens é inspirado em Luxor.

Mas o designer também gosta de se inspirar nas suas viagens: a sala de estar, por exemplo, evoca a decadência dos palácios do Rajastão. Mesmo o quarto mais pequeno é muito espaçoso, cheio de frescos pintados à mão e azulejos de cerâmica – 11 artesãos passaram quase um ano a trabalhar em mais de 7.000 peças.

A decoração é eclética, mas de muito bom gosto: chão em parquet lacado, mesas de folha solta de estilo mourisco, candeeiros de vidro Murano, espelhos venezianos, cadeirões florais, tudo isto se enquadra perfeitamente na chamada Nonna Chic, cada vez mais na moda, a nova tendência de design de interiores que faz com que o interior pareça a casa de uma avó italiana comum.

E não fica por aqui, porque no próximo ano o estilista vai abrir um novo hotel nas imediações, com um rooftop bar e uma pizzaria de conceito único, onde se podem provar várias das versões mais populares do mundo (napolitana, romana, americana, etc.) (sim, a pizza é um dos alimentos preferidos de Louboutin).

 

Ver mais em https://www.vermelhohotel.com/pt/




Algarve: Banhos islâmicos de Loulé e Casa Senhorial dos Barreto

No período islâmico, Loulé (al-Ulya) foi um dos principais centros administrativos do atual território algarvio e uma das localidades mais exaltadas pelos geógrafos árabes. O que resta do castelo e da cerca urbana de Loulé, classificado como Monumento Nacional, atesta a importância que teve no contexto islâmico, quer pelas dimensões da cerca muralhada (os 5 hectares de área amuralhada de Loulé representam o mais extenso aglomerado urbano de época islâmica sem contacto direto com o mar), quer pela relevância artística e arqueológica dos materiais identificados, que testemunham uma intensa ocupação da medina de Loulé desde o séc. X.

No espaço da medina destaque para a magnífica torre de planta quadrangular, hoje a torre sineira da igreja de São Clemente, mas que, na origem, foi o minarete da mesquita maior de al-Ulya – um dos pouco minaretes ainda existentes em Portugal.

Dentro do perímetro amuralhado, encontramos os banhos islâmicos de época islâmica almóada, construídos provavelmente no séc. XII. Os banhos islâmicos (hammam) de Loulé, musealizados desde 28 de maio de 2022, pertencem ao Museu Municipal de Loulé, e são um dos mais relevantes testemunhos do legado islâmico em Portugal. Do hammam foi identificada a planta total do edifício, embora a musealização só tenha contemplado a parte correspondente às três salas do banho: a sala quente, a sala tépida e a sala fria. A musealização e interpretação do espaço contribui para uma melhor compreensão da sociedade islâmica, recordando o hammam não só como local de higiene, mas também de purificação e sociabilidade.

Os Banhos, espaços fundamentais nas cidades islâmicas, têm em Loulé um exemplar único em território nacional, pelo seu estado de conservação e obra de valorização museológica.

Fonte: https://museudeloule.pt/




The Planet Cork – Um planeta para proteger

Portugal é o maior produtor de cortiça do planeta, sendo responsável por mais de 50% da produção global e tirando partido de mais de 1.800 hectares de floresta. Os visitantes vão conhecer desde a exploração ancestral do sobreiro até às mais variadas e vanguardistas aplicações, desde as tradicionais rolhas de vinho à inovadora indústria aeroespacial.

No Planet Cork, os visitantes serão recebidos por uma deslumbrante réplica de um sobreiro gigante. A experiência é totalmente interativa e convida à descoberta dos mais diversos usos da cortiça, incluindo uma passarela que apresenta diferentes estilos de moda a partir da cortiça.

A cortiça é um produto ímpar, 100% vegetal que dá origem a uma indústria altamente sustentável. Nenhum material desenvolvido em laboratório pelo Homem consegue replicar as propriedades únicas da cortiça e esta é a mensagem chave de toda a viagem pelo Planet Cork.

Acessível a pessoas com limitação Física

O Museu da Cortiça é um dos mais procurados por famílias com crianças, por ser muito pedagógico, mas também muito interativo. Será recebido por uma réplica de um sobreiro gigante e pelos sons e imagens do ecossistema que o rodeia.

No Planet Cork é mostrado como se faz o descortiçamento dos sobreiros e como as enormes placas são transformadas em rolhas de vinho e de espumante. As descobertas são inúmeras, às vezes, até inusitadas e, muitas vezes, divertidas. No final, a conclusão será apenas uma: a cortiça é um maravilhoso mundo.

Fonte: https://wow.pt/pt/museus/planet-cork/




Museu da Marinha: uma dica incrível ao lado dos Jerónimos

Localizado junto do Mosteiro dos Jerónimos, o Museu da Marinha foi criado por D. Luís em 1863 com o objetivo de divulgar os assuntos militares navais, mas, acima de tudo, divulgar o passado marítimo português desde os Descobrimentos até ao século XIX. Além de itens como cartas navais, uniformes marítimos e instrumentos de navegação, o local ainda expõe verdadeiras embarcações.

O Museu inclui um centro de documentação com 14.500 obras, um arquivo de imagem, que reúne, aproximadamente, 120 mil imagens, e um arquivo de desenhos e planos com mais de 1.500 documentos de navios portugueses antigos. Também possui uma vasta coleção de armas e fardamentos, instrumentos de navegação e cartas marítimas, mas o que mais impressiona os visitantes são as embarcações originais, incluindo galeotas, veleiros olímpicos e o hidroavião no qual, em 1922, Gago Coutinho e Sacadura Cabral completaram a primeira travessia aérea do Atlântico Sul.

Fonte: Museu da Marinha

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MAAT: é uma das propostas culturais mais modernas de Lisboa

Inaugurado em outubro de 2016 no contexto da política de mecenato cultural há muito assumida pela Fundação EDP, o Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (maat) é uma instituição internacional que se dedica a promover o discurso crítico e a prática criativa com vista a suscitar novos entendimentos sobre o presente histórico e um compromisso responsável para com o futuro comum.

Situado na frente ribeirinha da zona histórica de Belém, em Lisboa, o campus da Fundação EDP abrange uma área de 38.000 metros quadrados que engloba uma central termoelétrica reconvertida — a Central Tejo, edifício emblemático da arquitetura industrial construído em 1908 — e um novo edifício desenhado pelo estúdio de arquitetura londrino AL_A (Amanda Levete Architects). Ambos os edifícios acolhem exposições e eventos programados pelo museu e estão ligados por um jardim projetado pelo arquiteto paisagista libanês Vladimir Djurovic.

Partindo das múltiplas camadas da história preservada no seu património cultural e artístico, o maat advoga um conceito de museu como plataforma catalisadora da conversão do discurso em ação e da autonomização do público no exercício do seu poder de escolha através da articulação do debate, da partilha de posições e da formulação de conhecimento. Com o objetivo de incentivar uma relação aberta e transformadora entre as instituições culturais e a mutação social, o museu procura simultaneamente interrogar e celebrar as ambições intelectuais e os meios criativos através dos quais imaginamos (com a arte), habitamos (com a arquitetura) e criamos (com a tecnologia) o mundo em que vivemos — isto é, os modos como constantemente redefinimos o nosso compromisso coletivo para com o ecossistema planetário a que pertencemos.

Fonte: https://www.maat.pt/




Lisboa: Museu do Aljube – Resistência e Liberdade

O Museu do Aljube – Resistência e Liberdade é dedicado à memória da luta contra a ditadura e da resistência pela liberdade e democracia.

Inaugurado a 25 de Abril de 2015 como museu municipal, pretende colmatar uma lacuna no panorama museológico português, projetando a valorização desta memória na construção de uma cidadania responsável e assumindo o combate a uma amnésia passageira que muitas vezes foi cúmplice da ditadura enfrentada entre 1926 e 1974.

O museu conta com a adesão de 14 instituições memoriais de Portugal, Moçambique, Timor-Leste, Brasil e Cabo Verde e procura valorizar as memórias comuns de resistência e destacar os principais traços do regime ditatorial que submeteu Portugal durante quase meio século.

 

Fonte: Câmara Municipal de Lisboa

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Casa dos Bicos: uma imagem do urbanismo lisboeta, encostada à fachada norte da Ribeira Velha

Localizado na zona ribeirinha, o núcleo arqueológico da Casa dos Bicos situa-se num dos exemplos mais representativos da arquitetura civil da Lisboa do século XVI, para além de conter memórias que cruzam vestígios de diversas épocas, alguns com 2000 anos.

Inaugurado em 2014, o Museu de Lisboa – Casa dos Bicos compreende área de exposição de longa duração que inclui visita às ruínas arqueológicas.

A Casa dos Bicos foi edificada, provavelmente a partir de 1522, por ordem de Brás de Albuquerque (1500-1580), filho do governador da Índia Afonso de Albuquerque (1453-1515), segundo projeto atribuído ao arquiteto Francisco de Arruda. Apesar de bastante transformada, é a mais importante residência lisboeta do tempo renascentista, que conjuga uma fachada de diamantes, semelhante a outras construções civis de Itália ou Espanha, como o Palácio dos Diamantes de Ferrara ou o Palácio dos Duques do Infantado, em Guadalajara, com um gosto eclético que passou pela integração de azulejos mudéjares e outras produções artísticas prestigiantes. Na sequência do Terramoto de 1755, sofreu profunda destruição dos andares superiores.

Adquirido pela Câmara Municipal em 1955, o imóvel foi alvo de reabilitação em 1981, com um projeto da autoria dos arquitetos Manuel Vicente (1934-2013) e Daniel Santa-Rita (1929-2001), restituindo ao conjunto arquitetónico a sua volumetria original. Entre 1987 e 2002, foi sede da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses.

Em 2008, a autarquia cedeu os pisos superiores para a instalação da Fundação José Saramago, reservando o piso térreo para a criação de um núcleo arqueológico, que integrou outros vestígios recuperados em nova campanha arqueológica, desenvolvida em 2010, sendo visíveis, nomeadamente, troços da muralha tardo-romana e cetárias, elementos de uma unidade fabril romana de preparados e condimentos de peixe, destinados maioritariamente à exportação.

Fonte: https://www.museudelisboa.pt




Casa Fernando Pessoa: o poder da literatura e os efeitos transformadores da leitura

A Casa Fernando Pessoa conserva, preserva e divulga o legado de Fernando Pessoa, cujo espólio documental foi classificado Tesouro Nacional.

Lugar de duas bibliotecas – uma biblioteca pública, especializada em Fernando Pessoa e poesia mundial e a Biblioteca Particular de Fernando Pessoa – a Casa acolhe e mostra também objetos, mobiliário e documentos do escritor, bem como uma coleção de obras de arte, composta por trabalhos de artistas de diferentes gerações e correntes.

Os livros que pertenceram a Fernando Pessoa são o maior acervo que a Casa guarda e divulga. Permitem-nos conhecer o universo criativo do escritor, revelando o seu lado leitor. Acompanhando a pesquisa e o novo conhecimento sobre a obra de Fernando Pessoa, a instituição colabora regularmente com investigadores.

A Casa Fernando Pessoa é uma casa aberta à comunidade e à colaboração com parceiros. Trabalha para todos os níveis de ensino – do pré-escolar ao superior – e procura aproximar a literatura e a poesia dos vários públicos, do seu bairro ao outro lado do mundo.

Dentro ou fora de portas, a partir da cidade onde nasceu o escritor, atua no sentido de despertar curiosidade e convidar à descoberta de Fernando Pessoa, da poesia, da literatura – e dos seus efeitos criativos.

 

Fonte: https://www.casafernandopessoa.pt/pt/cfp




Moldar a Vida- Cerâmicas Artesanais desenhadas por MARGARIDA FABRICA

MARGARIDA FABRICA é uma marca portuguesa de criação e produção cerâmica, fundada em 2010 pela designer Margarida M. Fernandes.

A Margarida tem-se inspirado, quase sempre, em torno da cozinha e de tudo o que de alguma forma está associado a essa necessidade básica da vida – a alimentação e a confeção de alimentos.

O gosto por respigar e colecionar objetos de tempos passados, têm influenciado e enriquecido a sua produção neste ofício tão antigo e de forte tradição no seu país, que é a cerâmica.

 

Fonte: https://margaridafabrica.com/