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Uma Chávena de Europa – País convidado Portugal. Com Embaixador Jorge Roza Oliveira

Organizado pela “Európa Pont” da Representação da União Europeia em Budapeste, decorreu ontem, na modalidade de apresentação virtual devido às contingências em vigor, o evento “Uma Chávena de Europa”… “Uma Chávena de Portugal”.

O evento foi co-organizado pela prestigiada jornalista húngara Olga Szederkényi e teve ainda como convidada, diretamente de Lisboa, Piroska Felkai, professora, tradutora e guia turística.

A Presidência Portuguesa da União Europeia a partir de 1 de janeiro e durante o primeiro semestre de 2021 e naturalmente a situação atual da UE foram os temas selecionados por Olga Szederkényi para perguntar e ouvir a opinião do Embaixador de Portugal na Hungria.

O LMN também assistiu à conversa.

Entre outros no decorrer da conversa foram abordados temas como:

  • a importância do diálogo intercultural;
  • as prioridades da Presidência Portuguesa perante a situação actual de ainda pandemia e a resposta para a reconstrução pós-crise;
  • os desafios sem precedentes que neste momento mesmo a UE enfrenta,quer a nível interno dos 27;
  • quer a nível externo, com p.ex. o Brexit, com o Reino Unido. “Portugal até como antigo aliado da Grã-Bretanha, está entre os países da UE cuja principal prioridade é que o divórcio ocorra sem problemas e sem ambigüidade. Como?”; as futuras relações entre a União Europeia e os Estados Unidos com a nova administração;
  • O lugar da Europa, da UE num mundo dominado pela concorrência entre EUA-China.

Foi também abordado “Lisboa. Capital Verde da Europa”.




O Embaixador de Portugal em Budapeste visita a Hungaro DigiTel (HDT)

Jorge Roza de Oliveira, Embaixador de Portugal, acompanhado por Joaquim Pimpão, Delegado da AICEP na Hungria, visitou esta quinta-feira a empresa-mista HungaroDigiTel

Hungaro DigiTel (HDT), empresa mista luso-magyar, é uma das principais empresas, no contexto da relação económica bilateral entre a Hungria e Portugal. Nos últimos 25 anos a história da HDT tem-se cruzado frequentemente com a presença de Portugal na Hungria e na Europa Central.

O CEO da empresa é António Felizardo, que convidou e fez as honras da casa, na visita de Jorge Roza de Oliveira, Embaixador de Portugal em Budapeste.

Os sócios da HDT, são a Antenna Hungária e a PTI, com 50% cada, A HDT ocupa 45 pessoas. A maioria, altamente qualificadas, com uma receita anual de 20-22 milhões de euros, servindo a cerca de 50 grandes parceiros em cerca de 3.000 locais, a maioria deles na Hungria, alguns na região e outros na Europa e outros continentes, onde milhões de usuários (desde apostadores de lotaria a telespetadores de canais televisivos) usam os serviços da HDT .

 

https://www.hdt.hu/en/




Cerimónia de abertura da Exposição Fotográfica em Győr sobre o Rei Carlos IV e Família na Madeira

Decorreu ontem a inauguracão da Exposição Fotográfica „Fiat Voluntas Tua – IV Károly és Családja Madeirán”, com a presença entre outros, de András Veres, Bispo da região de Győr e Györgyi Habsburg, neto do Rei Húngaro Carlos IV (e Imperador Austríaco – Carlos I). Eis o discurso na integra, do Embaixador de Portugal na Hungria, Jorge Roza de Oliveira:

 

Kedves barátaim

Néhány szót magyarul fogok elmondani – ez a legjobb módja, – hogy kifejezzem nagyrabecsülésem Magyarország és népe iránt. Ez az érzés vezérel, – amikor országomat képviselem ezen az állomáshelyen, – amely egy harminc éves diplomáciai pálya megkoronázása.

A továbbiaban portugálul folytatom, – azon a nyelven, – amelyet Károly halála előtti hónapok minden napján hallott.

(Direi umas primeiras palavras em húngaro, a melhor forma de mostrar como tenho vindo a apreciar este país e as suas gentes, como sinto que representar o meu país aqui é um fantástico corolário de uma carreira de trinta anos no estrangeiro.

E falarei agora em português, a língua que Carlos ouvia diariamente nos meses antes da sua morte.

É com enorme prazer que a minha mulher e eu estamos aqui hoje. Chegámos em finais de fevereiro, pouco antes da pandemia se instalar, e a vida diplomática não tem sido o habitual. Daí que hoje seja a primeira cerimónia pública onde estou presente como convidado. Dá-me muito orgulho ser neste ambiente fora de Budapeste e por uma razão que nos toca a todos, húngaros e portugueses.

Vimos aqui hoje recordar um homem cujo destino foi moldado por uma guerra sem sentido. E o mesmo motivo que precipitou o início do conflito foi também aquele que tornou possível a ascensão de Carlos IV ao trono.

A História é sempre escrita pelos vencedores e ela não tem sido generosa para o Imperador Carlos. Não me cabe aqui reescrever a História ou julgar o personagem, mas não foi Carlos quem começou a guerra, não era Carlos que lhe poderia pôr fim. E não foi certamente ele quem decidiu uma paz que anos depois traria outras guerras. Colocar sobre os seus ombros a responsabilidade por todos os horrores daqueles anos é não só injusto como desonesto. Ele que no final tentou ser pacifista no meio dos senhores da guerra, uma alma gentil entre as armadilhas de políticos, diplomatas e generais. Anatole France, Nobel da Literatura no ano do exílio de Carlos, e ainda por cima conhecido comunista, escreveu que o Imperador, “Foi o único homem decente a aparecer nesta guerra, mas ninguém o quis ouvir.”

O que tenho como certeza é que Carlos IV, durante os curtos meses do seu exílio, mostrou a maior amabilidade e generosidade para com os madeirenses, que o respeitavam e que acorreram em multidão ao seu funeral. Recordo as palavras do Bispo do Funchal pouco tempo após a sua morte: “Nada contribuiu mais para alimentar a Fé na minha diocese do que o Imperador ao longo da sua doença e morte.” O seu túmulo continua a ser decorado regularmente com flores da Madeira, consideradas das mais bonitas no mundo. E a sua estátua apreciada pelos visitantes, muitos deles da Hungria.

Um dos meus poetas preferidos é justamente da Madeira. Herberto Hélder. Escreveu estes versos:

li algures que os gregos antigos não escreviam necrológios,
quando alguém morria perguntavam apenas:

tinha paixão?

quando alguém morre também eu quero saber da qualidade da sua paixão: se tinha paixão pelas coisas gerais, água, música,

pelo talento de algumas palavras para se moverem no caos,
pelo corpo salvo dos seus precipícios com destino à glória,
paixão pela paixão,

tinha?

Carlos IV, tenho lido, tinha muita paixão. As suas últimas palavras terão sido para a Imperatriz Zita: “Amo-te perdidamente.” São palavras que só podiam ter sido ditas por um homem bom…

Nagyon szépen köszönjük.

Embaixador de Portugal na Hungria, Jorge Roza de Oliveira

 

A Exposição na Imprensa Húngara:

https://www.gyorplusz.hu/gyor/korabeli-fotokon-az-utolso-magyar-kiraly-es-csaladja/

https://www.kisalfold.hu/kultura/helyi-kultura/fotokiallitas-nyilt-gyorben-az-utolso-magyar-kiralyrol-fotok-10314013/

https://magyarnemzet.hu/kultura/kiallitassal-emlekeznek-iv-karoly-es-csaladjanak-szamuzetesere-8761518/

https://ugytudjuk.hu/cikk/kiallitas-nyilik-gyorben-az-utolso-habsburg-csaszarrol

https://webradio.hu/hirek/kultura/boldog-iv-karoly-es-csaladja-madeirai-szamuzeteset-bemutato-kiallitas-nyilik-gyorben

https://www.kultkocsma.hu/2020/10/05/boldog-iv-karoly-es-csaladja-madeirai-szamuzeteset-bemutato-kiallitas-nyilik-gyorben/



O Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, recebeu hoje o Ministro dos Negócios Estrangeiros e do Comércio da Hungria, Péter Szijjártó

A reunião de trabalho passou em revista as relações bilaterais entre os dois países e diversos temas da agenda europeia, como o Fundo de Recuperação e o Próximo Quadro Financeiro Plurianual 2021-2027, a Presidência Portuguesa da União Europeia ou a relação com o Reino Unido. Foram igualmente analisados tópicos da agenda internacional como a parceria com África, a situação na Síria e na Ucrânia.

 

 

 




Costa visita Orbán e defende que Estado de Direito não deve ser critério para fundos europeus

Primeiro-ministro visitou Orbán e concordou que violações de direitos devem ser abordadas como previsto nos tratados e não devem servir para penalizar Hungria na distribuição de fundos europeus.

António Costa teve de render-se à realpolitik. Se os socialistas europeus não largam Viktor Orbán e denunciam com frequência os abusos do governo húngaro ao Estado de Direito, o primeiro-ministro português encontrou-se esta terça-feira de manhã com Orbán em Budapeste. Costa quer um acordo no próximo Conselho Europeu para o programa de recuperação financeira e, à saída da reunião com Orbán, defendeu que o Estado de Direito não deve deve ser uma condicionante na atribuição de fundos comunitários. Para o primeiro-ministro português, que falava em declarações à RTP, as questões de “liberdade e Estado de direito” são “centrais” e devem ser resolvidos nos termos do artigo 7ª do tratado da União Europeia: “Porque não se trata de discutir valores e dinheiro. Os valores não se compram.”

Basicamente, António Costa defende o ponto mais importante para a Hungria: que o país não seja prejudicado na atribuição de fundos por o governo ser mais autoritário. Para o primeiro-ministro português “aquilo que importa assegurar é o adequado controlo dos fundos europeus, que é absolutamente razoável, que todos aceitamos e que creio que a Hungria também aceita”. Depois de ter estado na Holanda (do chamado grupo dos frugais), Costa pisca aqui o olho ao grupo de Visegrado, já que Portugal precisa disso: que haja acordo para que Lisboa tenha acesso aos fundos o mais depressa possível.

António Costa, segundo fontes europeias, sempre teve uma relação boa com Viktor Orbán no conselho europeu. A Hungria é um amigo da coesão e tem alguns interesses comuns com Portugal e, para Costa, a prioridade é defender os interesses portugueses. Agora, voltou a dar um sinal de querer chegar a acordo com todos os países: “Creio que há muitas vezes falta de diálogo entre as pessoas e estes contactos bilaterais permitem conhecer melhor quais são as dificuldades de uns e outros. Os pontos de vista de uns e outros e facilitar a construção de acordo”, disse.

O primeiro-ministro lembra que é um “otimista” e que não vê “razão para que não haja acordo”. “Não sei se é a 17, a 18 ou se temos de ficar para 19, mas não consigo perceber como não há vontade política para a situação de crise como a que enfrentamos”. E acrescenta ainda: “A ideia de que todos podemos adiar o acordo, que não há pressa, é algo que nenhum cidadão da Europa pode perceber”.

António Costa disse ainda que o próprio Viktor Orbán vai tentar levantar o embargo de viagens da Hungria para Portugal por causa da pandemia de Covid-19: “Abordei isso. Tive oportunidade de explicar a especificidade especial do país. O primeiro-ministro húngaro ficou de considerar e analisar a documentação que lhe concedi e depois tomar uma decisão na reunião de amanhã”. O primeiro-ministro explicou a Orbán a situação de “19 freguesias” e lembro o volume de testagem no país, que é muito superior a outros.

Num artigo de opinião no jornal Público, o chefe da delegação do PSD em Bruxelas, Paulo Rangel, tinha criticado este encontro de Costa com Viktor Orbán (que é do Fidesz, um partido da família europeia do PSD, o PPE, e que Rangel tem atacado nos últimos anos). Rangel falava em “duplo padrão” e questionava: “Hoje Costa encontra-se com Orbán. Costa não critica Orbán. Onde estão os anti-Fidezs portugueses? Não seria altura de fazer do rule of law (estado de direito) um critério de repartição dos fundos?”

Fonte: Observador




Reunião do Embaixador de Portugal Jorge Roza de Oliveira com Secretário de Estado Zoltán Kovács

Encontro de apresentação entre o Embaixador de Portugal na Hungria, Jorge Roza de Oliveira e Zoltán Kovács, Embaixador de Portugal na Hungria, Jorge Roza de Oliveirada Comunicação e Relações Internacionais do Gabinete do Primeiro Ministro (7 de julho) foi notícia na televisão húngara ATV.