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Túl sós az étel, mert szerelmes a szakácsné. A comida está salgada porque a cozinheira está apaixonada.

Meus senhores, se a comida está salgada a culpa é do coração! Com uma afirmação destas, em questões de barriga e paladares, tenho o dever e a obrigação de me explicar bem e argumentar melhor.

Na Hungria quando a comida tem sal a mais diz-se ”túl sós az étel, mert szerelmes a szakacsné”- A comida está salgada porque a cozinheira está apaixonada.

É um provérbio que não deixa muitas dúvidas. Está-se mesmo a ver porquê, em vez de prestar atenção ao prato que está a cozinhar, a cozinheira está com o pensamento noutro lugar, em outra comida…só pensa no namorado (nota explicativa não vá o diabo tecê-las…este provérbio ainda é do tempo em que as mulheres pensavam nos homens e os homens pensavam em mulheres…).

Na verdade, na Hungria ”as coisas salgadas” têm ainda muito que se lhe diga, senão vejamos, um outro bom exemplo. Se alguém está muito inquieto, ansioso, diz-se ”be van sózva”, foi posto no sal…. lá está o ”mal-aventurado sal” a ficar de novo, ”mal na fotografia”…

Felizmente que o luso-sal português está pronto a vir ajudar o seu irmão magyar e sabemos que nada nem ninguém resiste ao prestígio e imagem da ”flor do sal”, nome que é dado para a fina camada de cristais de sal marinho que se forma na cobertura das salinas na superfície da água do mar. Por causa do mecanismo artesanal de obtenção, a flor de sal possui uma concentração natural de ferro, zinco, magnésio, iodo, flúor, sódio, cálcio, potássio e cobre. Chega para calar os críticos do sal?

Aproveito para relembrar que se a comida está salgada, com ou sem o coração da cozinheira ”a palpitar que nem uma batata frita”, temos ainda alternativas de trazer o prato de volta, soluções conhecidas que vão desde (o mito) a batata crua até a dupla do açúcar e do vinagre de maçã. A combinação de 1 colher de sopa de açúcar e 1 colher de sopa de vinagre de maçã, quando adicionada ao prato salgado, traz o seu prato saboroso de volta.. porque, mesmo na cozinha, os milagres acontecem, dessalgar a comida.

Em Portugal parece que há muito respeitinho pelo sal e vontade de o defender ou ”adocicar” os seus pretensos ’’pecados” por isso se diz ”Peixe podre, sal não cura” (Romlott halon a só sem segít) ou ”A comida sem sal, a doentes, não faz mal” (A sótlan étel nem tesz rosszat a betegeknek) e se dúvidas houvesse, ainda se diz em voz alta que ”O que não mata, engorda” (Ami nem öl meg, az hizlal).

 

Finalmente uma passagem rápida pela ”Pastelaria salgada húngara” – a/o incontornável Pogácsa! Bolos salgados servidos quando os amigos se encontram, comemoram e bebem umas palinkas e outras bebidas a condizer – pode ser vinho e cerveja também. Há Pogácsa com queijo, requeijão (de ovelha) cominhos, sementes ou com torresmos – o meu preferido. Provem as pogácsa que não se vão arrepender.




A lógica da batata!

Por Fernando Lopes

A lógica da batata – a burgonya (krumpli) logikája – apesar de frequentemente usada pelos portugueses, é mesmo uma expressão que parece não ter lógica nenhuma, a não ser se cozida, frita ou assada e aí, em sabores, ganha, poderemos dizer, a forma apetitosa da lógica da barriga, da batata comida. Eu sei, para um húngaro é um ditado que nada lhe diz..

Mas como estamos a discorrer sobre batatas, atenção que não se diz: ”pisar batatas” como se diz ”pisar ovos” – tojásokat taposni -, que significa quando se vai ou se faz tudo muito muito devagar. Talvez por isso, por ser quase hora de almoço, me ocorreu o Poeta Kányádi Sándor e o seu poema de paladar popular “Krumplis mese”: Volt egy szegényember/ meg a felesége./ Krumplit ettek minden / áldott nap ebédre….- Kányádi Sándor: “O conto da batata” Havia um homem pobre/ e a sua mulher./ Eles comeram batatas todo/ abençoado dia para o almoço”… –

Quem certamente não andava a pisar nem ovos nem batatas, nem mesmo uvas no lagar, era o ladrão de bicicletas – Ladri di Biciclette – um filme italiano, maravilhoso e comovente, realizado por Vittorio de Sica em 1954. O ladrão era rápido, mas nem com a ajuda do filho, conseguiu evitar a prisão. As voltas que o mundo dá! Lembrei-me deste filme, porque o meu amigo Karci, um dia, ali para os lados do Balaton, para se meter com o meu filho ainda muito pequeno, inventou que ele era “a krumplitolvaj” – ladrão de batatas.”

Moral da história, “A lógica da batata” é uma expressão que quer dizer que não tem sentido, que é estranho ou absurdo, talvez um pouco como usar o provérbio húngaro “Bagoly mondja verébnek, hogy nagyfejű” – É a coruja que diz ao pardal que ele é cabeçudo!

A batata, ela mesmo, veio de barco, da América Latina para a Europa e antes de se ter tornado o que é hoje, foi muito mais coisas, quase todas elas lógicas, mesmo plantada e apanhada entre lendas e narrativas… Com o tempo, dizia eu, tornou-se uma das bases da nossa alimentação e como Kányádi Sándor, outros a escreveram e a pintaram, como foi o caso de Vincent van Gogh e os “Comedores de batatas”.  A batata é tão importante que até já tivemos o “Ano Internacional da Batata”, já lá vão mais de uma dúzia de anos.

Finalmente, e para concluir, até há quem diga que comer batatas faz os olhos bonitos… Não sei se não estão a trocar batatas por cenouras, mas seja como for, batata ou cenoura,  agora está mesmo a apetecer uma batata doce  – batáta vagy édesburgonya – ainda morninha….




Não dá ponto sem nó…Érdekember…

“Não dá ponto sem nó”, que em húngaro é “Nem öltöget anélkül, hogy megcsomózna a cérnát”. É uma frase, estamos certos que pouco diz aos nossos amigos húngaros ou pelo menos diz muito menos que o luso-provérbio para os portugueses e luso-parlantes.

Em húngaro, a expressão mais próxima será “Érdekember” – Olyan ember, aki csak a maga érdekeit, főleg anyagi hasznát, érvényesülését tartja szem előtt.  Ou seja, Pessoa interesseira – Uma pessoa que apenas pensa nos seus interesses, especialmente os seus interesses materiais. Por mim, aceito…

Quem não dá ponto sem nó, age pois por interesse, procurando tirar proveito e ganhos de tudo o que faz.

Bem por causa das linhas e das agulhas, lembrei-me das costureiras e modistas do antigamente e sem motivos aparentes, associei-as a Milton Friedman e à sua famosa expressão “Não há almoços gratuitos (Nincs íngyen ebéd)”, título aliás do seu livro publicado em 1975.

A propósito, poucos sabem que a família de Milton Friedman de origem judía, foi do território da Monarquia Austro-Húngara que emigrou para os Estados Unidos. Milton já nasceu em Nova York.

Mas com tanta conversa e meter o Monetarista Friedman ao barulho, daqui a pouco ainda sou, diga-se justamente, acusado de “não dar uma para a caixa” – “nem ad egyet a doboznak”, em tradução literal para húngaro, não acerta uma, o coitado….

Não, “não há almoços gratuitos” mas há quem “não dá uma para a caixa” e há também quem “não dá ponto sem nő”. Obrigado pela paciência.




Em casa de ferreiro, espeto de pau

Em casa de ferreiro, espeto de pau. Ou então em húngaro em que o melhor talvez seja ”a cipésznek lyukas a cipöje”. Muitos de nós já ouvimos esse velho ditado em ”casa de ferreiro, espeto de pau” cuja tradução literal para húngaro é ”kovács háza, fából késult nyárs”

Na procura de um ditado popular húngaro – magyar közmondás – cujo significado queira dizer o mesmo, selecionámos pois, ”a cipésznek lyukas a cipöje”, ”o sapateiro tem um buraco (na sola do) no sapato…

Mas como continuamos à procura, concluímos que ainda temos em português ”santos de casa não fazem milagres” (házi szentek nem tesznek csodát) e que temos em húngaro um ditado muito semelhante ”senki nem próféta a saját hazájában” (ninguém é profeta  – na sua própria casa – no seu próprio país) a não ser que seja político profissional…

Voltando aos provérbios e aos seus significados que é afinal a razão porque estamos aqui… A expressão “Casa de ferreiro, espeto de pau” é usada quando se quer dizer que uma pessoa é hábil em determinada coisa, mesmo sabendo fazer muito bem, não usa essa habilidade não tira vantagens a seu favor.

O ferreiro usa todo o seu tempo na oficina, no local de trabalho, a fazer espetos de ferro para os outros, para os seus clientes, de tal modo que não lhe sobra tempo de fazer espetos para si mesmo ou para a família, usando por isso em casa, espetos de pau.

Tais ditos populares deixam claro o pensamento do senso comum, de que dificilmente as habilidades profissionais que uma pessoa dispõe, conseguem ser colocadas em prática de maneira eficiente, quando levadas para dentro do círculo familiar, ou até mesmo quando estão diretamente envolvidos nos próprios problemas…

Seja ou não seja assim, temos ferreiros, sapateiros e temos quase amola-tesouras (köszörűs)… profissões que já quase não se encontram,  por isso deixo a todas elas este pequeno tributo, as quais associo o carteiro (postás)..  fiquem com com este ”Postal dos Correios” a música dos “Rio Grande”

Ouvir Postal dos Correios “Rio Grande”

 




Quem não chora, não mama…

“Quem não chora, não mama” – Aki nem sír, nem szopik (tradução literal)… os ditados populares transportados para outras línguas têm destas coisas, mas já lá iremos…

Primeiro reafirmar a convicção que uma mamã a sério não deixa o seu bebé chorar muito tempo, sabe que está na hora de mamar…

Em segundo lugar procurar um ditado popular húngaro cujo significado queira dizer mais ou menos a mesma coisa: “Néma gyereknek az anya sem érti szavát” – Criança que é muda nem a mãe entende a sua palavra (tradução literal). Uma nota de rodapé… Há na Hungria, e terá razão, quem não goste nada deste ditado – pensando bem, têm razão -, é o caso de Ottlik Géza*…

Finalmente voltando à ideia original, não ao pecado,  ao primeiro parágrafo “Quem não chora, não mama” Aki nem sír, nem szopik, bem pelos sorrisos de cumplicidade que sinto por aí, tenho que sublinhar..“honni soit qui mal y pense” (envergonhe-se quem nisto vê malícia…)

A explicação: Honi soit qui mal y pense é uma expressão em francês que significa: envergonhe-se quem nisto vê malícia, que era muito usada em meios cultos e aristocráticos. É Também o lema da Ordem da Jarreteira, comenda britânica criada pelo Rei Eduardo III de Inglaterra, no tempo das Cruzadas. E um dos lemas do Reino Unido, estampado na sua bandeira.

Diz a lenda que, em 1347, durante um baile, a Condessa de Salisbury, amante de Eduardo III, perdeu a sua liga, azul. O Rei muito rápido depressa recolocou-a no sítio certo, sob o olhar e sorrisos cúmplices dos outros nobres presentes.

O Rei grita então (em francês, que era então a língua oficial da corte inglesa).

“Messieurs, honni soit qui mal y pense! Ceux qui rient en ce moment seront un jour très honorés d’en porter une semblable, car ce ruban sera mis en tel honneur que les railleurs eux-mêmes le rechercheront avec empressement.”

– Maldito seja quem pense mal disto! Os que riem nesta hora ficarão um dia honradíssimos por usar uma igual, porque esta liga será posta em tal destaque que mesmo os trocistas a procurarão com avidez.

No dia seguinte cria a ordem da Jarreteira, tendo como símbolo uma liga azul sobre fundo dourado, que ainda hoje é a mais prestigiosa ordem do Reino Unido, tendo somente 25 membros e cujo Grão-Mestre é o monarca inglês.

*”Néma gyereknek az anyja sem érti szavát.” Ez volt a baja. Ebben a buta közmondásban benne volt minden baja. Olyan világban szeretett volna élni, ahol mindenki érti még a néma gyereket is. Magyarázkodás nélkül. Mindig bízott is benne, anélkül hogy sokat gondolkozott volna fölötte, hogy valamilyen különb és rejtelmesebb megértés köti össze az egyik embert a másikkal, mint a szavak és a cselekedetek.

Milyen keveset tudnak ezek közölni. Igent vagy nemet, feketét vagy fehéret, nevetést vagy sírást. És mindig hamisítanak, hazudnak. Mégis tudomásul kell vennie, hogy ezekre van hagyatva. A világ nem ért másból, mint a hangos, elnagyolt, durva jelekből. Ottlik Géza (Iskola a határon részlet).

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Pronto! Sejamos justos! Quem não chora não mama, o bebé…

 

Crédito das Fotos

Pietro Morello e Blog das Monarquias




Em casa onde não há pão…

Em casa onde não há pão…

…todos ralham e ninguém tem razão

que até rima e é também um pouco tristonho….a tradução literal em húngaro é ”Otthon, ahol nincs kenyér, mindenki szidja, és senkinek nincs igaza”. O significado é claro, em casa pobre, com pouco que se coma, bem podem discutir que nem assim o pão aparece…

Buscamos um provérbio húngaro que fosse a réplica ou a aproximação possível deste ditado português do pão mas não tivemos muito sucesso… em contrapartida encontrámos 2 ”magyar közmondás” que  depois de tanta fomeca, nos encheram o papo…

”Szegény ember vízzel főz” – O pobre com água cozinha  e ”Szegény, mint a templom egere” – Pobre como um rato de igreja…

Tomem lá uma fatia grande deste saboroso pão….




Jobb félni, mint megijedni é um popular provérbio húngaro

É melhor ter medo do que se assustar (é a tradução literal), que na aproximação cuidadosa ao seu significado e luso-correspondência se chega à margem do “lago sem fundo” em o melhor é mesmo ter cuidado para não ser apanhado desprevenido… ou seja…”É melhor prevenir do que remediar”…

até parece um exagero exagerado, mas nos tempos que correm e que covi-vemos … “o seguro morreu de velho”

mas para terminar tudo em bem “minden jó, ha vége jó” – mesmo sem Shakespeare por perto para nos orientar no palco da vida – “tudo está bem quando acaba em bem”… nada como selar esse momento de fim feliz a apanharmos e juntos comermos laranjas…

 




Bica & Bika

Ou talvez café (expresso) e bika que em húngaro é touro (bravio) e de novo e sempre as partidas, as surpresas da língua, quando queremos comparar, brincar, associar a língua portuguesa com a língua magyar…Os amigos húngaros que não conhecem a língua de Fernando Pessoa, pensando bem, até podem pensar que é “Bica” porque é “Bikaerős”…fujam, fujam!

Bica para um português é quase ½ vida, sobretudo para o lisboeta, o alfacinha (porque no Porto café é cimbalino.) mesmo para quem não sabe que essa coisa vem do “beba isto com açúcar” – Sim! “Bica” tem que se lhe diga…Para amansar o café negro forte (nem az erős Bika) a famosa “A Brasileira” de Lisboa lembrou-se de escrever… “Beba Isto Com Açúcar”. Mas se pedir um café também não fica por ser servido, seja onde for, até na terrinha mais escondida de Portugal.

Como o português fala depressa e gosta de comer palavras, as últimas letras…neste caso se come o “a” da Bica, fica “Bic”. A Bic era outra e antes de ser Bic foi Bich, francesa e europeia, mas antes ainda, foi a invenção que viajou nos anos 30, da Hungria até a Argentina, do inventor húngaro Biró László József e a sua caneta esferográfica revolucionária, que revolucionou a escrita, a forma de escrever mais depressa e sem “mata-borrão nem mata-cavalos”  como diz uma das irmãs da Canção de Lisboa (filme português de 1931) e do médico-fadista Vasco Santana)… mas aquela e esta já são outras histórias que por agora ficarão por contar.

Uma coisa tenho a certeza, seria um erro (e uma pena), estar, visitar Lisboa e não beber uma bica e comer um pastel de nata, e se estivermos por perto, então caminhamos mais um pouco e pedimos, bebemos uma bica e comemos um pastel de Belém…Bom apetite!




Dá cá um bacalhau!

Dá cá um bacalhau! Adj ide egy tőkehalat! vs Itt a kezem, nem disznóláb! Aqui está a minha mão, não um pé de porco!

Só quem ainda nunca esteve em Portugal poderá estranhar que até para cumprimentar um amigo ou para uma saudação mais calorosa, se possa usar uma expressão que tenha bacalhau (seguramente seco e salgado) no final da frase… ”Dá cá um bacalhau” em que a tradução literal é „Adj ide egy tőkehalat”… o que devido ao baixo consumo de peixe na Hungria e em especial de bacalhau, torna a tradução e a compreensão do seu significado ainda mais difícil…

Longe do mar, do oceano, mas próximo das margens do rio Danúbio ou do rio Tissza, na busca de um dito popular ”magyar” que pudesse ser parceiro da saudação ”dá cá um bacalhau” não foi tarefa fácil, que isto dos idiomas, mesmo sem mostrar a língua, tem muito que se lhe diga…

Itt a kezem, nem disznóláb! Aqui está a minha mão, não um pé de porco! (Tradução literal)

Venha lá a explicação! Na Hungria usa-se a expressão „Itt a kezem, nem disznóláb” quando se quer tranquilizar o parceiro do aperto de mão, que é uma mão inofensiva, que não tem uma ”arma” escondida… e ainda outra coisinha, este ”pé de porco” não se refere a um animal de quatro patas, utiliza-se para algo mau ou muito ruim…

Com um simples gesto e um sorriso aberto, com a mão estendida e a palma da mão aberta, é certo que não estará escondido alguma surpresa desagradável, nenhum ”disznóláb (pé de porco)”.

Dá cá um bacalhau e acaba com isto que de contrário, ainda „fica tudo em águas de bacalhau”.

No seu ensaio sobre a História do Bacalhau (Parte IV), Chef Rivotti refere que o bacalhau, que começou verosimilmente como uma necessidade, tornou-se ao longo do tempo um hábito querido e um alimento de sucesso nos hábitos alimentares dos portugueses. Penetrou na linguística em função das diferentes localidades, épocas e dos diversos costumes, na toponímia – Rua dos Bacalhoeiros – e serviu para designar o aperto de mão e o sexo das mulheres e outros assuntos que não têm desenlace e ficam em “águas de bacalhau”. Mais refere Rivotti, que os “Enterros do Bacalhau” tratavam de parodiar o cerimonial da Justiça – com julgamentos em que o bacalhau se defendia das mais variadas acusações.

A História do Bacalhau será republicada pelo LusoMagyar News nas suas próximas edições.