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Bolsas Gulbenkian Investigação em Cultura Portuguesa

Estas bolsas destinam-se a pós-graduados não portugueses, residentes no estrangeiro, e visam apoiar investigação realizada em Portugal sobre temas da cultura portuguesa, no campo das humanidades.

As bolsas apoiam a realização de pesquisas, em Portugal, nos domínios da literatura, da história e história da arte, com vista à publicação de um artigo científico, uma publicação ou parte de uma publicação, uma tese académica ou parte de uma tese académica.

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O que é o sal-gema e por que sua extração gerou problemas em Maceió?

Parte dos moradores de Maceió vivem dias de tensão. Na última quarta-feira (29), a prefeitura da capital alagoana decretou situação de emergência diante do iminente colapso em uma das minas de sal-gema exploradas pela petroquímica Braskem no bairro do Mustange.

É mais um capítulo de uma história que se arrasta desde 2018, quando foram registrados afundamentos em cinco bairros. Estima-se que cerca de 60 mil residentes tiveram que se mudar do local e deixar para trás os seus imóveis.

O risco de colapso em uma das 35 minas de responsabilidade da Braskem vem sendo monitorado pela Defesa Civil de Maceió e foi detectado devido ao avanço no afundamento. A petroquímica confirma que pode ocorrer um grande desabamento da área, mas afirma que existe também a possibilidade de que o solo se acomode. Um eventual colapso geraria um tremor de terra e tem potencial para abrir uma cratera maior que o estádio do Maracanã. As consequências, no entanto, ainda são incertas. O governo federal também acompanha a situação.

Mas o que é o sal-gema? Diferente do sal que geralmente usamos na cozinha, que é obtido do mar, o sal-gema é encontrado em jazidas subterrâneas formadas há milhares de anos a partir da evaporação de porções do oceano. Por esta razão, o cloreto de sódio é acompanhado de uma variedade de minerais.

Designado também por halita, o sal-gema é comercializado para uso na cozinha. Muito comum nos supermercados, o sal extraído no Himalaia, que possui uma tonalidade rosa devido às características locais, é um sal-gema.

No entanto, o sal-gema é também uma matéria-prima versátil para a indústria química. É empregado, por exemplo, na produção de soda cáustica, ácido clorídrico, bicarbonato de sódio, sabão, detergente e pasta de dente, enfim, na fabricação de produtos de limpeza e de higiene e em produtos farmacêuticos.

Indústria

Inicialmente, a exploração em Maceió se voltou para a produção de dicloroetano, substância empregada na fabricação de PVC. Não por acaso, desde que inaugurou em 2012 uma unidade industrial na cidade de Marechal Deodoro, vizinha a Maceió, a Braskem se tornou a maior produtora de PVC do continente americano. Outras indústrias, como a de celulose e de vidro, também empregam o sal-gema em seus processos.

A exploração de sal-gema, como outros minerais, depende de licenciamento ambiental. A exploração é fiscalizada pela Agência Nacional de Mineração (ANM). No mercado internacional, o Brasil é um ator relevante. Segundo dados da ANM, foram 7 milhões de toneladas em 2002. O ranking do ano passado, no entanto, mostra que os três líderes mundiais têm produção muito mais robusta que todos os demais: China (64 milhões de toneladas), Índia (45 milhões) e Estados Unidos (42 milhões).

Em Maceió, a exploração das minas teve início em 1976 pela empresa Salgema Indústrias Químicas, que logo foi estatizada e mais tarde novamente privatizada. Em 1996, mudou de nome para Trikem e, em 2002, funde-se com outras empresas menores tornando-se finalmente Braskem, com controle majoritário do Grupo Novonor, antigo Grupo Odebrecht. A Petrobras também possui participação acionária na empresa, com 47% das ações, dividindo o controle acionário com a Novonor. Atualmente, a Braskem desenvolve atividades não apenas no Brasil, como também em outros países como Estados Unidos, México e Alemanha.

Escavação

A exploração em Maceió envolvia a escavação de poços até a camada de sal, que pode estar há mais de mil metros de profundidade. Então, injetava-se água para dissolver o sal-gema e formar uma salmoura. Em seguida, usando um sistema de pressão, a solução era trazida até a superfície. Ao fim da extração, esses poços precisam ser preenchidos com uma solução líquida para manter a estabilidade do solo.

O problema em Maceió ocorreu por vazamento dessa solução líquida, deixando buracos na camada de sal. Uma hipótese já levantada por pesquisadores é de que a ocorrência tenha relação com falhas geológicas na região. Consequentemente, a instabilidade no solo levou a um tremor de terra sentido em março de 2018. O evento causou os afundamentos nos cinco bairros: Pinheiro, Mustange, Bebedouro, Bom Parto e Farol.

Com novos tremores e o surgimento de rachaduras em casas e ruas, a Braskem anunciou o fim da exploração das minas em maio de 2019. A petroquímica diz que já foi pago R$ 3,7 bilhões em indenizações e auxílios financeiros para moradores e comerciantes desses bairros. Uma parcela dos atingidos busca reparação através de processos judiciais. O caso também é discutido em ações movidas pelo Ministério Público Federal (MPF).




SzalonCukor: Rebuçado de Natal mais popular da Hungria

Os rebuçados de Natal são um produto tradicionalmente popular na época do Advento. De acordo com a Câmara Nacional da Agricultura (NAK), cada família compra um quilo de rebuçados por ano, sendo os mais populares os de geleia, maçapão, o côco, caramelo e o de creme de chocolate.

De acordo com a Associação dos Fabricantes Húngaros de Confeitaria, os consumidores húngaros compram anualmente cerca de 3 500 toneladas de rebuçados. Com exceção de 2020, um ano fortemente afetado pelo coronavírus, as vendas de rebuçados de salão estão a crescer de ano para ano e são um dos produtos sazonais mais populares durante o período de Natal.

Os produtos de confeitaria de qualidade superior tornaram-se particularmente populares nos últimos dez anos, e este tipo de produtos de confeitaria também pode ser um presente. No entanto, a procura destes produtos mais caros parece estar agora a diminuir um pouco devido à inflação. No entanto, os doces sem açúcar, vegan e outros doces alternativos continuam a ser procurados.




Mais um festival de mel e bolos de gengibre em Gyula este fim de semana

O objetivo principal do evento era o mesmo desde o início, quando se realizava numa pequena casa privada, e continua a ser o mesmo hoje em dia: promover o mel.

Há alguns anos, os clientes só procuravam mel de acácia e mel misto, enquanto o mel de colza, por exemplo, não era vendável, mas agora muitos também o procuram”, escreveram. Acrescentaram ainda que, ao longo dos anos, o consumo médio anual de mel per capita na Hungria aumentou cerca de 50-70 decagramas por quilograma.

János Árgyelán, um dos principais organizadores, afirmou que o evento é único na medida em que se dirige simultaneamente ao público: espera-se que participem em provas e feiras de mel, ao mesmo tempo que estão a ser preparados programas profissionais e palestras para os apicultores.

O espetacular programa público inclui um desfile de tochas dos regimentos de cavalaria do mel acompanhado pela banda de metais de Tótkomlós na sexta-feira; no sábado, haverá uma feira de apicultura no centro comunitário, onde estarão à venda quase todas as variedades de mel locais. No sábado, serão anunciados os resultados do concurso “Abelha Húngara do Ano”, para o qual foram apresentadas quase 400 amostras este ano.

O programa profissional inclui uma apresentação do Presidente da Associação Nacional dos Apicultores Húngaros sobre a situação atual do sector apícola húngaro, a situação do mercado do mel, o impacto da apicultura na psique e os efeitos da vespa asiática na Europa.

Este ano, a Ordem do Mel vai também venerar a estátua de Benedek Göndöcs.

O programa pormenorizado está disponível em www.visitgyula.com.




Brasil convida Portugal e Angola para países observadores do G20

O Brasil convidou Portugal e Angola para países observadores do G20, que reúne as maiores economias do mundo, durante a presidência do país no grupo, anunciou o Governo brasileiro.

Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil recordou que “historicamente, as presidências do G20 convidam países não-membros do agrupamento e organizações internacionais para participar das reuniões do seu calendário de eventos”.

Para além de Portugal e Angola, a presidência brasileira convidou o Egito, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Nigéria, Noruega e Singapura.

“Outros países deverão ser convidados para participar da Cúpula de Líderes e de instâncias específicas do grupo nas quais possam dar contribuição particular”, acrescentou a diplomacia brasileira.

Para além destes países, o Brasil convidou também o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco Mundial (BIRD), Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), Corporação Andina de Fomento (CAF), Fundo Monetário Internacional (FMI), Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Organização das Nações Unidas (ONU), Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura (UNESCO), Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Organização Internacional do Trabalho (OIT), Organização Mundial de Saúde (OMS) e Organização Mundial do Comércio (OMC).

No mandato que vai exercer até 30 de novembro de 2024, o Brasil, que elegeu como temas centrais o combate à pobreza e as alterações climáticas, pretende organizar mais de 100 reuniões de grupos de trabalho e cerca de 20 reuniões ministeriais, culminando com a Cimeira de Chefes de Estado e de Governo, que será realizada no Rio de Janeiro, em 18 e 19 de novembro de 2024.

Os membros do G20 são as 19 principais economias do mundo: Estados Unidos da América, China, Alemanha, Rússia, Reino Unido, França, Japão, Itália, índia, Brasil, África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Indonésia, México, Turquia, mais a União Europeia e a União Africana.

O G20 foi criado em 1999, como uma forma de coordenação entre os países-membros ao nível ministerial, após uma sequência de crises económicas internacionais: a crise do México de 1994 e a crise dos Tigres Asiáticos de 1997 (que atingiu especialmente Tailândia, Indonésia e Coreia do Sul), a crise da Rússia de 1998.

Em 2008, no auge da crise causada pela queda do banco Lehman Brothers, os países fizeram a primeira cimeira de chefes de Estado e de Governo do G20, em Washington (EUA).

Nos dois anos seguintes, as cimeiras foram realizadas semestralmente: em Londres (Reino Unido) e Pittsburgh (EUA), em 2009, e em Toronto (Canadá) e Seul (Coreia do Sul), em 2010. A partir de Paris (França), em 2011, o encontro passou realizar-se anualmente, na cidade designada pelo país que ocupa a presidência.

MIM // VAM




“Atelier dos Louceiros” quer recuperar a olaria na Malhada Sorda, em Almeida

Almeida, Guarda, 03 dez (Lusa) – A Junta de Freguesia de Malhada Sorda, no concelho de Almeida, quer recuperar um dos ofícios que marcam a memória coletiva da aldeia e criou “O Atelier dos Louceiros”, tendo como ponto de partida a formação em olaria de roda.

O sonho da Junta de Freguesia é ter um projeto sustentável que permita manter a arte da olaria.

A inspiração foi a Casa do Barro, na aldeia de Telhado, no concelho do Fundão, que funciona todos os dias e onde está uma ceramista a tempo inteiro.

“Sonhei trazer o mesmo para aqui. É isso que estamos a cultivar”, confessou Bruno Manuel Sousa, presidente da Junta de Freguesia da Malhada Sorda, que trocou Lisboa pela terra natal da esposa.

O autarca conta que, segundo um trabalho de investigação, na década de 1980 existiam na localidade cerca de 30 oleiros.

Na aldeia ainda hoje há vestígios do bairro onde moravam os oleiros, no Arrabalde de Santo António, onde está o forno privado que aqueles profissionais pagavam para cozer as peças.

Sobraram também as expressões populares que ligam a aldeia ao ofício.

Ter um espaço sem ocupação disponível na aldeia foi meio caminho para arrancar com o projeto.

Havia um edifício desocupado há mais de 20 anos, construído com financiamento da Europa para ser oficina escola de olaria, mas que nunca chegou a funcionar.

A prioridade da Junta foi dar início à formação na área da olaria e conseguiu que o Centro de Formação Profissional para o Artesanato (CEART) se associasse ao projeto.

A formação arrancou em setembro com cerca de 20 pessoas.

No grupo está Maria Conceição Silva, de 58 anos, sobrinha neta de quem trabalhava o barro.

“Eu ainda era garota, mas lembro-me dela a fazer os cântaros. Ela morava no arrabalde de santo António. Ajeitava as saias muito rodadas que usava nas pernas em jeito de calções para fazer os cântaros na roda”, relata.

Recorda que as pessoas iam buscar giestas com os burros para fazer fogo no forno e, depois de cozidas as peças, “andavam pelo mundo a vendê-las”.

Agora quis participar na formação para dar continuidade ao que faziam os antigos e preservar “a memória da gente”.

Estão planeadas novas formações, para novos grupos e para aprofundar os conhecimentos dos que estão agora a terminar a iniciação.

“Queremos continuar na iniciação da olaria e trazer gente nova. Este primeiro grupo teve de ser convencido do nada. Houve algum ceticismo”, admite Bruno Manuel Sousa.

Para ganhar dimensão e visibilidade ao projeto a Junta de Freguesia candidatou-se a um programa no âmbito do ERASMUS para formação adulta, numa parceria com entidades espanholas e francesas.

O presidente da Junta admite que é uma candidatura “muito ousada e difícil de ganhar”.

Se a candidatura for aprovada será um projeto para 18 meses que vai permitir levar 10 formandos da Malhada Sorda a Espanha e a França para partilhar as experiências.

O formador que tem acompanhado “O Atelier dos Louceiros” desde início ficou rendido ao projeto de Malhada Sorda.

Alberto Azevedo é formador há 30 anos e tem uma empresa em Guimarães. “Vou para onde for desde que o projeto seja aliciante para a divulgação e promoção da cerâmica”, sustenta.

Admite que ficou motivado com o projeto que Bruno Manuel Sousa lhe apresentou e evidencia a mais-valia da parceria e intercâmbio com Espanha e França.

Alberto Azevedo diz ter encontrado na Malhada Sorda pessoas que “vinham à descoberta”, mas salienta que há gente no grupo “capaz de seguir o projeto”.

“É um grupo que vem muito por amor à causa”, assinala.

EDYG // SSS




Hungria: A queda de neve trouxe a magia de São Nicolau a Lillafüred

O jovem fotógrafo Csongor Horváth tem mostrado o belo rosto de Lillafüred em todas as estações do ano. Esta semana, também foi seduzido pela quantidade considerável de neve que caiu e “tirou” algumas fotografias encantadoras de um dos destinos húngaros mais populares para os turistas.

A nossa galeria de fotos dá-lhe uma espreitadela à atmosfera de Lillafüred coberta de neve.

Créditos: https://sokszinuvidek.24.hu/




1º de Dezembro – Dia da Restauração

Porque hoje dia 1 de Dezembro é feriado em Portugal?

Esta data relembra a ação de nobres portugueses, que a 1 de dezembro de 1640 invadiram o Paço Real e mataram Miguel de Vasconcelos, o representante da Espanha em Lisboa, aclamando D. João, duque de Bragança, como rei de Portugal.

A Restauração da Independência foi o culminar de um período de grande descontentamento por parte da população portuguesa, descontente com a União Ibérica, entre Portugal e Espanha, que teve a duração de 60 anos (de 1580 a 1640).
A União Ibérica originou problemas à população portuguesa, com sobrecarga de impostos e envolvimento de Portugal nos conflitos de Espanha.
Com a morte do jovem D. Sebastião na batalha de Alcácer-Quibir, Portugal enfrentou um problema de sucessão. Após o insucesso do Cardeal D. Henrique no comando da monarquia, Portugal foi regido por três reis D. Filipes de Espanha, durante 60 anos, período que ficou conhecido por Domínio Filipino.

O dia da Restauração da Independência, 1 de dezembro, é um feriado nacional. A partir de 2013, como parte de um pacote de medidas que visavam aumentar a produtividade, o governo português tinha decidido eliminar o feriado de 1 de dezembro. No entanto, a comemoração da Restauração da Independência Portuguesa foi retomada como um feriado em 2016.
A Restauração da Independência, mais precisamente A Restauração de Portugal como país soberano, é o nome que se dá ao golpe de estado revolucionário ocorrido a 1 de dezembro de 1640, chefiado por um grupo designado de Os Quarenta Conjurados e que se alastrou por todo o Reino, pela revolta dos portugueses contra a tentativa da anulação da independência do Reino de Portugal pela governação da dinastia filipina castelhana[1]. Como vem a culminar com a instauração da 4ª Dinastia Portuguesa – a casa de Bragança – com a aclamação de D. João IV – também é corretamente designado como A Aclamação da Independência de Portugal.

Créditos: Mundo Português




Novas “Cartas de amor” de Fernando Pessoa incluem a sua “última paixão”

Uma edição revista e aumentada das “Cartas de amor” de Fernando Pessoa, que além de Ofélia incluem também a inglesa Madge, a última paixão do poeta, com novas missivas, poemas, imagens e documentos, chegou ontem às livrarias.

Dirigida por Jerónimo Pizarro, com a colaboração de Ana Guerreiro e Manuel P. Fernandes, esta edição da Tinta-da-China revisita as originais “Cartas de amor”, um conjunto que faz parte daquelas obras que poucas vezes voltaram a ser revistas, destaca a editora.

O objetivo desta revisão foi enquadrá-la “melhor na vida e na obra de Fernando Pessoa” e ao mesmo tempo editar criticamente os escritos originais, “acompanhados de novas pistas e novos documentos”.

Estas novas “Cartas de amor” afinam datas e leituras, lembram os objetos de amor trocados pelos namorados, juntam poemas que acompanharam o epistolário amoroso e incluem as cartas referentes à última paixão de Pessoa, que não foi Ofélia Queiroz, mas uma inglesa loira, chamada Madge Anderson.

Madge, que era irmã de uma cunhada de Fernando Pessoa, casou-se ainda jovem como um inglês, mas entre os ano de 1929 e abril/maio de 1935 fez “um número indeterminado de viagens a Portugal”, já então “em ‘férias’ do seu marido e em vias de se divorciar dele”, lê-se no prefácio da obra.

Este período apanha a segunda fase do namoro de Fernando Pessoa com Ofélia (namoraram entre janeiro de 1920 e novembro de 1920 e, depois, entre setembro de 1929 e fevereiro de 1931), que chegou a manifestar o seu ciúme, até porque, embora contra sua vontade, Pessoa e Madge encontraram-se em algumas ocasiões.

Nesta edição, as cartas trocadas entre o poeta e a inglesa acompanham as que hoje se conhecem como “Cartas de amor”, uma designação que a editora preferiu não alterar, porque “revelam uma paixão que Pessoa teve no último ano da sua vida e que terá nascido antes, na altura em que reatara a relação com Ofélia”.

A integração também neste volume de fotografias de época, cópias de documentos, cópias de cartas e poemas manuscritos, fotografias de objetos pessoais de Pessoa e de Ofélia, bem como numerosas notas de rodapé, algumas com indicações topográficas, “permitem que este livro se assemelhe, por vezes, a um álbum ilustrado pela vida e a obra de Fernando Pessoa”, refere a nota introdutória.

A biografia pessoana é plural (existem atualmente duas biografias portuguesas, duas espanholas, uma francesa, uma brasileira e uma americana, além de vários trabalhos de índole biográfica), como também o é a sua obra, com cada dia mais edições, traduções e estudos, notam os organizadores.

“Se Pessoa queria ser plural como o universo, é isso que hoje se verifica: a sua maior pluralização, acompanhada de uma maior universalização”, afirmam, sumarizando que esta edição procura fornecer um conjunto de textos “cuidadosamente estabelecidos, dedicadamente anotados, que renovem e multipliquem os estudos pessoanos”, mas também da “multidão de pessoas que os fazem”.




Hungria: Neve na capital

Budapeste, 30 de novembro de 2023. Transeuntes na neve perto do Castelo de Buda, na rua Pálota.

MTI/Zoltán Máthé