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Antigo primeiro-ministro populista pró-russo vence legislativas na Eslováquia

Bratislava, 01 out 2023 (Lusa) – O partido populista Direção-social Democracia (Smer-SSD), do antigo primeiro-ministro Robert Fico, que se opõe à ajuda à Ucrânia, venceu as eleições legislativas na Eslováquia, de acordo com resultados definitivos, divulgados esta madrugada.

De acordo com o Gabinete de Estatísticas eslovaco, após a contagem dos votos de quase seis mil assembleias, o Smer-SSD obteve 23,3%, à frente do partido liberal Eslováquia Progressista (17,1%), liderado pelo vice-presidente do Parlamento Europeu, Michal Simecka.

Uma vez que nenhum partido obteve a maioria dos assentos no parlamento da Eslováquia, o futuro do país pode depender do partido que ficou em terceiro lugar, com 14,9% dos votos, os sociais-democratas do Hlas-SD (‘Voz’), do também antigo primeiro-ministro Peter Pellegrini, um dissidente do Smer-SSD mas que partilha a posição pró–Ucrânia de Simecka.

Um outro potencial parceiro de uma hipotética aliança governamental com Robert Fico, o ultranacionalista Partido nacional eslovaco (SNS), conseguiu 5,7% dos votos.

Caso consiga formar uma coligação e regressar ao poder, após cinco anos de interregno, Fico, de 59 anos e formado em Direito, já se comprometeu a “cessar imediatamente qualquer entrega de ajuda militar à Ucrânia”.

Algo que implicaria uma viragem da política externa deste país de 5,4 milhões de habitantes, membro da União Europeia e da NATO, e que forneceu uma ajuda substancial a Kiev desde o início da invasão russa de fevereiro de 2022.

“A guerra na Ucrânia começou em 2014 quando os fascistas ucranianos mataram vítimas civis de nacionalidade russa”, declarou Fico num recente vídeo, numa provável referência a acontecimentos na Casa dos Sindicatos de Odessa, em 02 de maio desse ano.

Uma mensagem com eco, num país onde, segundo uma sondagem do instituto Globsec, apenas 40% da população considera a Rússia responsável pela guerra.

Fico também afirmou que não iria autorizar a detenção do Presidente russo Vladimir Putin, ao abrigo de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional, se ele alguma vez viesse à Eslováquia.

Durante a campanha eleitoral, a Eslováquia foi alvo de intensas ações de desinformação, com estudos de opinião a mostrarem que metade da população está disposta a acreditar em notícias falsas.

O país da Europa Central é atualmente governado por um executivo de tecnocratas, liderado pelo banqueiro Ludovit Odor, depois do colapso, num voto de desconfiança em dezembro, de uma frágil coligação anticorrupção que estava no poder desde 2020.

VQ (PCR) // VQ




A fuga de Putin

Por TÓTH TAMÁS ANTAL

Não, agora não se contentou em fugir até São Petersburgo, também deixou o planeta numa nave espacial. Só até agora os russos mantiveram o segredo, mas os serviços secretos britânicos, a braços com a imbecilidade dos cientistas britânicos, só agora descobriram este facto chocante. Putin foi lançado para o espaço.

Como é que puderam manter este facto em segredo até agora? Transmitiram simples mensagens pré-gravadas, conferências e um holograma de Putin em vez de Putin em certos eventos. Porque é que ele deixou o planeta? Porque os russos estão tão esfomeados que já não o conseguem esconder, as prateleiras estão vazias. E como se isso não bastasse, como não há McDonald’s na Rússia, todas as crianças estão a morrer à fome, com uma falta crónica de hambúrgueres de plástico.

Porque é que Putin esperou tanto tempo para lançar este voo espacial?

Sabem como é difícil construir uma nave espacial a partir de chips de máquinas de lavar? Em primeiro lugar, há a gravidade, que se está a esgotar lentamente, e as forças centrífugas… Bem, é nisso que os chips das máquinas de lavar são fortes, nas forças centrífugas. É por isso que é adequado para viagens espaciais.

Mas havia outro problema que os cientistas russos não conseguiam resolver, porque não havia rádio na nave espacial. Agora toda a gente sabe, até os presidentes das câmaras das cidades do interior, que uma nave espacial decente tem de ter um rádio para que o presidente possa ouvir as notícias e manter-se a par da cultura musical americana.

Mas quando o problema dos chips e do rádio foi resolvido, essa foi apenas a parte mais difícil do trabalho, porque Putin morreu pelo menos sete vezes no ano passado, e uma organização tão enfraquecida não se dá bem com viagens espaciais.

Por isso, primeiro era preciso ressuscitá-lo (nota: antes de Putin, só algumas pessoas conseguiram fazê-lo) e, depois de o fazer, era preciso treiná-lo para esta viagem. Ah, de que é que estou a falar, uma viagem? Não, foi uma fuga, porque ele tinha medo do tio malvado, um pouco lamacento, tagarela, mas não bonito.

Conhecem a última piada de Medvedev sobre a adesão à NATO?

“A concha de Putin”, o antigo presidente e primeiro-ministro russo partilhou uma piada no seu canal Telegram, que usou para gozar com os finlandeses.

Mas é uma pena insistir nos problemas do passado, porque, graças a Deus, Putin voou numa nave espacial alimentada por um chip de máquina de lavar roupa – o que era, alimentada! -numa nave espacial.

 

Há rumores de que um dos componentes mais importantes, se não o mais importante, da nave espacial é uma peça retirada de um aspirador rocket. Este facto ainda não foi confirmado pelos serviços secretos britânicos, pelo que não sabemos de que peça se trata. Mas não é uma coincidência o facto de o aspirador se chamar Rocket.

Agora, os líderes da UE estão a considerar ir atrás dele e intercetá-lo, mas os cofres estão vazios. E só alguns países podem voar no espaço, como a Rússia e a China. E como se trata de países subdesenvolvidos, vão ter agora um problema em Bruxelas sobre a quem recorrer. A Ucrânia é uma grande potência propulsora, porque lentamente há mais foguetões do que máquinas de lavar. Peçam a Zelensky que devolva o que ainda não vendeu no mercado negro, e eles podem utilizá-lo para impulsionar a primeira nave espacial de Bruxelas. Uma vez que isso esteja no lugar, tudo o que é necessário é um uniforme amarelo-azul ou azul-amarelo e o Comandante McLane está pronto para ir.

E para aqueles que não se lembram de quem é McLane, aqui está um vídeo que vos leva de volta ao futuro:

Foto de capa: O Presidente russo Vladimir Putin, o Ministro da Defesa Sergei Soygu e o Almirante Nikolai Yevmenov no desfile anual do Dia da Marinha Russa em São Petersburgo (Foto: Kremlin/Telegram)

 

Original aqui




Hungria proíbe importação de produtos agrícolas da Ucrânia até junho

Budapeste, 16 abr 2023 (Lusa) – A Hungria proibiu a importação de grãos e outros produtos agrícolas da Ucrânia até junho, para proteger os interesses dos produtores locais, à semelhança da Polónia, informou a agência oficial de notícias MTI.

“As tendências atuais do mercado podem causar danos tão sérios à agricultura húngara, e medidas extraordinárias devem ser tomadas para evitá-los”, afirmou o ministro da Agicultura, István Nagy, num comunicado emitido na sábado à noite, no qual citou os baixos preços de importação da vizinha Ucrânia.

O ministro acrescentou que a União Europeia (UE) deve tomar medidas e repensar os corredores de solidariedade, ou seja, uma distribuição equilibrada dos produtos ucranianos entre os países da comunidade.

A proibição húngara é temporária e durará até 30 de junho, o que, segundo o comunicado oficial, pode ser suficiente para adotar medidas duradouras na UE e, assim, encontrar uma solução para o problema.

As relações entre a Hungria e a Ucrânia são tensas, pois Kiev acusa Budapeste de apoiar interesses russos, enquanto os húngaros criticam a suposta redução dos direitos de minorias étnicas no país vizinho, incluindo cerca de 150 mil húngaros.

A Polónia anunciou também, no sábado, uma proibição temporária da importação de grãos e dezenas de outros produtos agrícolas da Ucrânia.

Outros países do leste europeu, como Bulgária e a Roménia, também pediram uma solução a Bruxelas, já que os seus produtores não podem competir com os preços ucranianos.

NL // SB




Sergei Lavrov: cada vez mais países europeus estão a ser apoderados pela fera nazista

Por Demeter Pogár:

MOSCOVO, terça-feira 14 de março de 2023 (MTI) – A Rússia vê o nazismo tomar cada vez mais conta de países europeus, disse o Ministro dos Negócios Estrangeiros russo Sergei Lavrov na abertura do congresso fundador do Movimento Russófilo Internacional em Moscovo, na terça-feira.

“Vemos não só o neonazismo, mas também o nazismo direto a apoderar-se cada vez mais de países europeus”. Vemos a história ser destruída diante dos nossos olhos, a destruição de monumentos sagrados, que, a propósito, não só comemoram os soldados dos povos da União Soviética, mas foram erguidos em tributo aos aliados que lutaram connosco na grande guerra, sejam eles franceses, checos, eslovacos, outros povos”, disse.

Lavrov referiu que o Ocidente estava a forçar a Rússia à guerra porque a via como um obstáculo ao seu domínio mundial.

Como a Presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen agradeceu ao Presidente americano Joe Biden em Washington por ajudar a Europa a “libertar-se da dependência energética russa”, o custo de satisfazer as necessidades energéticas “mais do que triplicou”, disse o Ministro dos Negócios Estrangeiros russo. Ele disse que um dos objetivos da guerra híbrida do Ocidente é demonizar a Rússia na opinião pública mundial, inclusive culpando Moscovo pelo aumento dos preços da energia.

“O mundo anglo-saxónico, ao criar estruturas de alianças do tipo AUKUS, ao promover as infra-estruturas militares da NATO na Ásia, está a anunciar um confronto muito sério que irá durar muitos anos. Porque não vejo como as grandes civilizações asiáticas ‘saudarão’ isto, tal como a União Europeia, infelizmente, tem feito, como irão aceitar os planos de Washington e de outros colegas anglo-saxões”, disse Lavrov.

“Não estamos a tentar desencorajar ninguém de prosseguir os seus legítimos interesses, mas quando se diz que o mundo inteiro deve ser subordinado, digamos, à Aliança do Atlântico Norte, e a Ásia já é a área onde ela (o Ocidente) deve comandar todos, não acredito que o sentido de justiça no povo russo e na grande maioria das civilizações mundiais possa dar-se ao luxo de não se pronunciar”, acrescentou.

Segundo o co-presidente, o valor da Russofilia reside no facto de que a Rússia “não chama ninguém para uma guerra santa contra o Ocidente, os cruzados e qualquer outra pessoa”. O chefe da diplomacia russa expressou a sua convicção de que o Ocidente irá lançar uma ampla campanha para desacreditar os apoiantes do movimento russófilo e irá culpar tudo sobre as “maquinações” de Moscovo, tal como fez nos recentes acontecimentos na Moldávia e na Geórgia.

Sublinhou a importância das tradições que promovem a amizade entre os povos. Estas “não são palavras vazias hoje”, como não eram na União Soviética, “mas hoje a necessidade de uma abordagem humana aos povos de todo o planeta é mais oportuna do que nunca, a necessidade de agir contra todas as manifestações de ditadura é mais oportuna do que nunca”.

“A posição de que só porque alguém ama a Rússia, ou mesmo só porque fala russo em público, deveria ser ostracizado, não reflete de todo os nossos valores, os nossos modos”, disse o Ministro dos Negócios Estrangeiros russo.




Presidente húngara defende rápida ratificação da adesão da Finlândia e Suécia à NATO

Budapeste, 01 mar 2023 (Lusa) – A Presidente da Hungria, Katalin Novák, exortou hoje os deputados a ratificarem “o mais rapidamente possível” o acordo de adesão da Suécia e da Finlândia à NATO, dado o contexto atual da invasão russa da Ucrânia.

Numa altura em que o parlamento húngaro debate várias moções sobre o acordo e após meses de projetos de lei para desbloquear a aprovação, a Presidente admitiu que se trata de “uma decisão complexa com sérias consequências que precisa de ser considerada com cuidado”.

Katalin Novák sublinhou, no entanto, que a sua posição de apoio à adesão é clara.

“No contexto atual justifica-se o acesso destes países [à Organização do Tratado do Atlântico Norte – NATO]. Confio na Assembleia Nacional e na sua capacidade decisória para que esta medida seja aprovada o mais rapidamente possível”, afirmou numa mensagem publicada na rede social Facebook.

A Hungria e a Turquia são os únicos membros da Aliança Atlântica que ainda não ratificaram a entrada dos dois países nórdicos, cujo pedido de adesão foi apresentado na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia, país que faz fronteira com a Finlândia.

As autoridades húngaras têm adiado repetidamente a votação, alegando que o Governo não quer “pressionar Ancara”, que paralisou as negociações devido a diferendos com a Suécia.

A Turquia indicou, em várias ocasiões, que não se opõe à entrada da Finlândia na Aliança, mas acusa a Suécia de, entre outros aspetos, não extraditar indivíduos acusados de pertencerem a organizações curdas declaradas pelas autoridades turcas como grupos terroristas.

Os restantes Estados-membros assinaram o acordo para a entrada da Suécia e da Finlândia em 5 de julho de 2022.

O processo de adesão será concluído quando todos os Estados ratificarem o protocolo.

PMC // APN




Como Putin destruiu o modelo de negócios da Rússia

Por causa da guerra na Ucrânia, a economia russa perdeu a Europa – o maior destino de suas principais exportações e seu investidor estrangeiro mais importante.

Por Andrey Gurkov

Comecemos com uma retrospectiva: o início de 2022 parecia muito promissor para as estatais russas Gazprom e Rosneft, as maiores contribuintes do orçamento da Rússia. Sobretudo na Alemanha, o maior mercado da Europa: tendo em vista a decisão de eliminar gradualmente a energia nuclear e a eliminação antecipada do carvão, o novo governo federal havia anunciado a construção de inúmeras novas usinas a gás para ajudar a atender às necessidades de eletricidade do país.

O grupo Gazprom via-se assim diante de uma enorme expansão das suas entregas para a Alemanha, que já era o seu maior mercado de vendas a nível mundial e que ano após ano absorveu um quarto (!) das exportações russas de gás. Além disso, o gasoduto Nord Stream 2, no Mar Báltico, que acabara de ser concluído, ainda tinha chances de ser ratificado na Alemanha. Afinal, o novo chanceler federal, Olaf Scholz (SPD), havia chamado o gasoduto, altamente controverso na UE, de “um projeto do setor privado”.

“Amizade – Druzhba”: é o que se lê na refinaria PCK no oleoduto vindo da RússiaFoto: Patrick Pleul/dpa-Zentralbild/dpa/picture alliance

A Rosneft, por sua vez, estava prestes a aumentar sua participação na refinaria PCK em Schwedt de 54% para quase 92%. Durante décadas, a empresa tem processado exclusivamente petróleo bruto russo proveniente do gasoduto Druzhba. A refinaria abastece com produtos petrolíferos a capital Berlim, grandes partes do leste da Alemanha e também o novo aeroporto da capital, BER, que segue em rápida expansão. Faltava apenas a aprovação final do governo federal, mas não havia nenhum indício de objeção.

Gazprom e Rosneft em ruínas na Alemanha

Agora, o ano de 2022 chega ao fim com a interrupção completa das entregas da Gazprom para a Alemanha, a estatização de sua subsidiária alemã Gazprom Germania pelo governo federal e o projeto Nord Stream 2 finalmente enterrado. Dois terminais alemães de gás liquefeito já começaram a operar, e no próximo inverno serão pelo menos seis, para que a Alemanha não dependa nunca mais dos gasodutos russos. O chanceler federal Olaf Scholz enfatizou repetidas vezes que a Rússia não é mais um fornecedor confiável de energia.

O grupo Rosneft, por sua vez, perdeu o controle da refinaria em Schwedt, que foi colocada sob tutela do Estado, e o próximo passo será provavelmente a expropriação. Além disso, a PCK deseja encerrar o processamento do petróleo russo em 31 de dezembro de 2022, como parte do embargo de petróleo da UE, e contar com outros fornecedores no futuro. As fichas agora estão depositadas no Cazaquistão.

Gazprom Germania: agora sob controle estatalFoto: Paul Zinken/dpa/picture alliance

Com isso, apenas um ano depois, Gazprom e Rosneft estão em frangalhos na Alemanha. Ou, para sermos mais exatos, depois de apenas dez meses. Essa perda do lucrativo mercado alemão, que afetou duas importantes empresas russas ao mesmo tempo, ilustra muito vividamente o enorme dano que Vladimir Putin infligiu à economia russa com seu ataque à Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022. Não se trata apenas do fracasso de projetos individuais. Esta guerra destruiu todo o modelo de negócios da Rússia de hoje.

Um modelo de negócios voltado para a UE

Esse modelo de negócios consistia no fato de que os produtos de exportação russos mais importantes – petróleo bruto, derivados de petróleo, gás natural, carvão, metais – eram vendidos principalmente para a Europa, especificamente para a União Europeia. Com as divisas auferidas, máquinas e equipamentos para a modernização da economia russa e bens de consumo para a população russa eram adquiridos na Europa.

O foco na UE como o maior mercado de exportação e o mais importante fornecedor de produtos importados de alta qualidade não se baseava apenas na proximidade geográfica. Além da conveniência logística, os laços históricos e culturais também tinham um papel crucial: pelo menos desde o início do século 18, com o czar Pedro 1º, a Rússia se via como parte integrante da Europa e tinha os países europeus como seus parceiros comerciais preferidos.

Na Rússia moderna, quase todos os gasodutos russos voltados para a exportação, os principais oleodutos, as linhas ferroviárias, as rodovias e muitas das conexões aéreas ocidentais eram voltadas para a Europa. O comércio com a Europa foi o foco principal da modernização dos terminais de petróleo, carvão e contêineres nos portos do Mar Báltico, do Mar Negro e de Murmansk.

Além disso, uma parte essencial deste modelo de negócios era que os países da Europa se tornaram os maiores investidores estrangeiros na economia russa. Eles trouxeram capital, tecnologia e know-how para a indústria de petróleo e gás, para a geração de energia, para a fabricação de automóveis, para a indústria de alimentos, para o varejo, só para citar algumas indústrias. Muitos investimentos também vieram de empresas americanas, ainda que os EUA não fossem um mercado tão importante para a Rússia quanto a Europa.

Perda em larga escala do mercado europeu

Tudo isso agora é passado. Ao lançar uma guerra no meio da Europa, Putin pôs um fim abrupto a esse modelo de negócios que tão bem funcionava e que ele pessoalmente ajudou a construir. Diversas empresas europeias abandonaram a Rússia, enquanto outras decidiram ao menos interromper seus investimentos. Elas fizeram isso por causa das sanções da UE e dos EUA, para preservarem sua imagem, porque as condições de negócios pioraram consideravelmente na Rússia – ou simplesmente porque repudiam esta guerra.

Mas o pior prejuízo para a economia russa em 2022 é ter perdido o maior mercado para suas principais exportações. O golpe mais doloroso foi desferido pelo embargo da UE ao petróleo russo entregue via marítima. Mas a medida ainda não produziu todos os seus efeitos, pois só entrou em vigor a 5 de dezembro – as empresas europeias necessitavam de tempo para mudar para outros fornecedores e vias de transporte.

O rublo, no entanto, sentiu um efeito mais rápido, pois o medo de uma queda acentuada na entrada de divisas logo se espalhou em Moscou. Em 5 de fevereiro de 2023, será acrescentado o embargo aos produtos petrolíferos russos – um golpe não menos severo. Além disso, desde 10 de agosto, a UE cortou a indústria de carvão russa do mercado europeu, que recentemente havia comprado cerca de metade de suas exportações.

As maiores perdas da estatal Gazprom no mercado de gás europeu, porém, não se devem às sanções da UE, e sim ao Kremlin. Tudo começou lá em março, quando Putin mandou desligar o fornecimento de gás aos países e empresas que se recusassem a ceder à repentina demanda da Rússia por “pagamento em rublos”. Alguns meses depois, entregas através do gasoduto Nord Stream 1 para a Alemanha e seus países vizinhos foram severamente reduzidas, alegando supostos problemas com as turbinas da Siemens.

Explosões nos gasodutos Nord Strem permanecem sem explicaçãoFoto: Swedish Coast Guard Handout/Anadolu Agency/picture alliance

No final de agosto, Moscou interrompeu então totalmente o fluxo de gás, na esperança de pressionar a Alemanha e a UE com temores de um inverno frio, sem energia suficiente e preços assustadores, e assim dissuadi-los de apoiar à Ucrânia. Duas empresas alemãs já planejam processar a Gazprom por bilhões em danos por quebra de contrato pelas grandes quantidades de gás não entregues desde então e, enquanto a Rússia não pagar, este será outro obstáculo (além da questão política) para o retorno do gasoduto russo para a Alemanha, mesmo que em pequenas quantidades.

Pelo menos no caso da misteriosa destruição do Nord Stream (e parcialmente do Nord Stream 2), a Gazprom tem um álibi: as explosões ocorreram em 26 de setembro, quase quatro semanas após a interrupção total do abastecimento e meses após o início de seus cortes arbitrários.

Dezenas de milhares de russos fugiram de sua terra natal porque não querem lutar no frontFoto: AFP/Getty Images

Falta de tempo, dinheiro e trabalhadores qualificados

O desaparecimento quase completo dos mercados alemão e europeu mergulhará a indústria de gás russa, até então acostumada à prosperidade, em uma crise particularmente profunda. Afinal, a Rússia até pode desviar a exportação de petróleo e carvão para a Ásia em certas quantidades, embora seja muito mais econômico, por exemplo, continuar a enviar os petroleiros dos portos russos do Mar Báltico para Roterdã e não para a distante Índia. Mas os gasodutos, que ao longo de 50 anos foram construídos exclusivamente para o oeste a partir da Sibéria ocidental, não podem simplesmente ser redirecionados para o leste.

Embora o Kremlin anuncie que pretende construir novos gasodutos a leste, a Rússia precisa muito daquilo que atualmente não tem e provavelmente não terá em quantidade suficiente: tempo, dinheiro e trabalhadores qualificados. Como a perda do mercado europeu cada vez mais perceptível mês a mês, as próprias reservas financeiras russas vão se esvair na guerra, o país permanecerá isolado do mercado internacional de capitais, sem contar com as centenas de milhares de pessoas que morreram no front, foram mutiladas ou fugiram para o exterior.

O Kremlin, portanto, não conseguirá erguer tão rápido uma alternativa relativamente eficaz ao seu antigo modelo de negócios, agora destruído. E em 2023, isso será sentido por cada vez mais russos e com cada vez mais frequência.




A rainha francesa de Kyiv tem uma lição para Emmanuel Macron

A história da Rainha Anna revela como Kyiv moldou a Europa durante muito tempo, e não deve ser mantida à margem.

Por Christian Oliver

É tempo de ressuscitar Anna de Kyiv, a altamente realizada e imerecidamente esquecida rainha do século XI dos Francos. Ela teria palavras severas para o seu sucessor, o Presidente Emmanuel Macron, que dirige a França.

Anna ficaria certamente mortificada com o facto de que algum Frank nabiço tem agora a temeridade de sugerir que a civilização eminentemente mais sofisticada de Kyiv está “muito provavelmente a décadas” de fazer parte do projeto político pan-europeu, tal como representado pela UE.

De facto, existem poucas figuras históricas tão perfeitamente colocadas como Anna para testemunhar o lugar de Kyiv no centro, e não na periferia, da história europeia. Como já é evidente que grande parte da Europa Ocidental vai arrastar os pés na candidatura da Ucrânia à UE, alguma perspetiva sobre Anna e o seu mundo é agora vital.

Ao casar com o Rei Henri I em Reims, em 1051, Anna estava a dar um passo em falso. A princesa abandonava a sua imponente e brilhante cidade natal de mais de 400 igrejas, com a sua lendária Golden Gate, para viver num meio intelectual inferior ao seu.

Ela é uma personagem convincente, que nos pode ajudar a tirar Kyiv da fronteira entre a Ucrânia e o mundo dos lobos, onde muitos europeus ocidentais já exilaram a Ucrânia.

A luta por Anna

Macron já teve um encontro com Anna.

Numa conferência de imprensa conjunta em Versalhes, em maio de 2017, o Presidente russo Vladimir Putin saudou “Anna russa” por ter estabelecido as raízes das relações franco-russas. O presidente francês ao seu lado sorriu alegremente e logrou a câmara de televisão, provavelmente desconhecendo que os vasos sanguíneos estavam a rebentar em Kiev.

O então presidente da Ucrânia, o barão do chocolate Petro Poroshenko, viu que a Rússia estava a roubar Anna para a sua própria história “em frente da Europa”. Os ucranianos são frequentemente rápidos a notar que Kyiv controlava terras desde o Báltico até ao Mar Negro nos dias de Anna, muito antes do aparecimento de Moscovo em cena.

Pelo que vale, a própria Anna provavelmente não gostaria de ser cooptada por Putin, um bandido da costa báltica, que está agora a lançar mísseis de cruzeiro e drones kamikaze na sua amada Kyiv. Embora ela fosse, por todos os motivos, uma rainha temente a Deus e compassiva, ainda se imaginaria que ela teria o seu inimigo calmamente asfixiado e atirado para um monturo.

Diplomaticamente, Macron procurou reparar os danos da conferência de imprensa de Versalhes quando Poroshenko visitou a França no mês seguinte (e ajoelhou-se perante a estátua de Anna). Lírico encerado, Macron notou como Anne de Kiev mostrou que a relação Kyiv-Paris estava “ancorada nas profundezas do último milénio”.

Boa forma de te salvares, Emmanuel. Mas será que Macron tinha realmente aprendido a lição certa? Se ele acabou de perceber que a Rússia e a Ucrânia lutam sobre até que ponto as suas nações modernas são realmente herdeiras da Rússia de Kievan – com Kyiv a chorar por narrativas imperialistas de Moscovo – então esse não é realmente o ponto principal.

A lição muito mais importante de Anna é a de uma visão da Europa.

Princesa europeia

Uma mitologia divertida rodeia Anna. Algumas histórias sugerem que ela trouxe o famoso evangelho eslavo de Reims na sua bagagem quando chegou para casar com Henri. É agora um tesouro nacional francês sem preço. Muitas biografias dizem que a princesa chique de Kyiv ficou tão horrorizada com os ruidosos Franks que introduziu casas de banho. Outros perfis citam uma carta ao seu pai, que é pouco mais do que uma ladainha de invetivas ahistóricas sobre os fracassos franceses, desde o analfabetismo até à alimentação de rãs.

Tragicamente, todas estas são ficções românticas posteriores sobre Anna. Há, no entanto, uma lógica sólida nos contos altos. Ela era quase certamente um produto bem-educado de uma sofisticada cultura impregnada de grego, ciência e literatura. Para homens instruídos no Ocidente que sabiam muito pouco sobre outra coisa que não fosse latim de igreja, impostos e porquinhos, a rainha do Oriente deve ter aparecido para despenhar terra de outro planeta.

A sua ascendência é fundamental para a compreender. O seu pai era um grande atirador: Yaroslav, o Sábio, grande príncipe de Kyiv, um homem famoso pelo seu amor pelos livros, que mandou os escribas traduzir textos gregos. Sob Yaroslav, a catedral de S. Sofia, com 13 catedrais – ainda a visão definidora de Kyiv – foi concluída, e pode-se encontrar ali um fresco que se acredita ser de uma jovem Anna. Yaroslav era um grande codificador da lei e – num sinal de que estava a enfrentar o mais hediondo dos crimes de frente – os seus estatutos são altamente específicos sobre as penas para o arrancamento da barba.

É a mãe de Anna, no entanto, que revela que esta história é mais do que uma reunião do Oriente ortodoxo e do Ocidente latino. Ingegerd, mais tarde canonizada, foi filha do primeiro rei cristão dos suecos, o que é uma recordação das origens vikings de Kyiv. Anna faz muito parte da herança escandinava do continente, e o seu pai aparece nas sagas nórdicas como Jarisleif the Lame, provavelmente graças a uma ferida de flecha. Anna era multikulti Euro-royalty.

Em parceria com Byzantium, as ambições continentais de Yaroslav exigiam uma tela mais ampla.

Outras filhas eram casadas com noruegueses, húngaros e (possivelmente) ingleses reais. Originalmente tentou, sem sucesso, casar Anna com o monarca sagrado romano (alemão) Henrique III, e foi esta manobra conjugal que provavelmente atraiu o interesse do Frankish Henri I. Uma das teorias mais populares é que, depois de Henrique III ter rejeitado Anna, uma espécie de frente franco-polaca contra os alemães estava a tomar forma em meados do século XI. Isso é certamente possível. O quadro geral, porém, é claro: Kyiv estava a ajudar a moldar a Europa.

A Europa não pode simplesmente procurar a sua história de origem no mundo de Carlos Magno. Precisamos de ter uma visão mais alargada. O mundo de Yaroslav também é importante.

Governando a França

Anna não só desempenhou o seu dever real ao fornecer a Henri um herdeiro – e ao introduzir o nome grego Philip à realeza ocidental – mas parece ter sido ativa na condução da nação. As provas textuais mostram que ela não era uma rainha para ser enjaulada numa torre com as suas tapeçarias.

É revelador o número de cartas francas que se esforçam por desfilar o facto de serem assinadas na presença da rainha, ou com o seu consentimento. Grande parte do seu conteúdo é uma tarifa monótona: Monges e funcionários reais a discutir sobre o negócio da carne, ou confirmações de doações eclesiásticas, mas é evidente que o envolvimento da rainha emprestou credibilidade aos assuntos de Estado. Numa carta um tanto ou quanto bajuladora à “rainha gloriosa”, o próprio papa diz ter ouvido “uma força viril das virtudes reside no seu peito feminino”.

O seu estatuto de Estado provou ser crucial em 1060 quando Henrique confiou a sua saúde a um charlatão chamado Jean, o Surdo, provavelmente assim chamado pela sua capacidade de ignorar os gritos das suas pacientes. Jean prescreveu a Henri um purgante agonizante que o matou. Jean tentou culpar a morte com as canecas de água que o rei tinha posto contra os seus conselhos, mas tinha envenenado claramente o seu monarca. Anna deveria provavelmente ter trazido consigo um médico do Oriente.

A morte de Henrique foi um momento perigoso. O reino estava precariamente fraco, e o filho mais velho de Anna, Filipe, tinha apenas oito anos. Mais uma vez, o trilho de papel sugere que a rainha kiivan estabilizou o reino. Daquela dupla, só Anna é que poderia ter sido Anna a dar as ordens. Ainda assim, Filipe acabou por prosperar e ganhou o sobriquete “o Amoroso”, o que sugeriria que ele gostou muito do seu longo reinado.

Apesar do seu aparente sucesso integrando-se entre os Francos, há sinais de que nunca se tornou completamente nativa. Pungentemente, ela manteve a sua assinatura em cirílico. Embora o papa nunca insinue que tem qualquer problema com a sua vinda do Oriente ortodoxo, a sua dedicação a uma igreja, na qual ela anseia pela “beleza” da vida eterna, é redolente com a linguagem da sua fé original. As suas palavras para a Virgem Maria e João Baptista traduzem os termos eslavos: Bogoroditsa e Predtecha, a mãe de Deus e a precursora. À medida que a sua mente se voltava para o celestial, voltava para as cúpulas de Kyiv.

Décadas fora?

É dolorosamente óbvio para onde vai a política da UE a partir daqui. Apesar dos ucranianos mostrarem (sob bandeiras da UE!) no Levante Maidan e numa guerra contra Putin que estão dispostos a dar a sua vida pelas liberdades essenciais, Bruxelas vai amarrá-los quando se trata da adesão à UE. Um eixo franco-alemão míope que vê a UE como essencialmente um lobby agrícola e automóvel, em vez de um ideal político, insistirá que a Ucrânia é demasiado insegura, pobre e corrupta para ser admitida.

As longas e meandrosas conversações de adesão à UE, baseadas em rotulagens sobre o Estado de direito, têm sido vistas como falhando o alvo, permitindo a entrada de membros que depois desafiam as regras. Com a Ucrânia, este velho livro de jogo não o vai cortar. A UE precisa de entrar politicamente, reconstruindo a nação numa parceria plena, antes que outros preencham o vazio, ou que os ucranianos percam a fé.

Naturalmente, serão necessárias reformas e reconstrução, mas a insistência de Macron de que Kyiv está “a décadas” de distância revela o preconceito generalizado de que a Ucrânia simplesmente não é europeia. A história de Anna sugere algo bastante diferente, e exige maior humildade por parte do Ocidente. Kyiv está no centro da saga europeia. Como sua primeira regente feminina, uma rainha do Oriente provavelmente manteve uma França enfraquecida para o seu filho, o menino Rei Filipe I. Geralmente, o Oriente sofisticado é muitas vezes excisado da narrativa do que faz da Europa o que ela é. De Yaroslav a Maidan, Kyiv ainda não ocupa o lugar que lhe cabe no quadro mais amplo do que une o nosso continente.

A história desempenha um papel absolutamente fulcral para os ucranianos na expressão do seu sentimento de pertença ao clube da UE. Só no ano passado, o Ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano Dmytro Kuleba juntou-se aos seus homólogos polacos e lituanos para emitir uma declaração de que a longa história da Comunidade Polaco-Lituana (que ultrapassou a Ucrânia de hoje) moldou a civilização europeia ao mesmo nível que a Magna Carta e a revolução francesa. Defendendo a adesão “plena” da Ucrânia à UE, as três nações declararam a sua herança da Commonwealth com um pedigree democrático e anti-tirannico partilhado.

Kyiv não tem dúvidas de que a sua história a coloca numa trajetória política em direção à UE.  E está certo. A Europa Ocidental dificilmente pode ver a Ucrânia como uma terra incógnita ou, pior ainda, simplesmente rejeitá-la como uma confusão irremediavelmente corrupta da ex-União Soviética. Quer através de jogos dinásticos medievais como o de Anna ou da espinhosa política religiosa da reforma e da contra-reforma, a história da nação está estreitamente interligada com a história europeia.

Esperemos que a adesão à UE não demore décadas. Nem a Ucrânia nem a UE têm tanto tempo. Felizmente, os Ucranianos tendem a confundir-nos em termos de prazos. Afinal de contas, em fevereiro, Putin pretendia capturar Kyiv em dias.

Anna poderia ter-lhe dito que isso não ia acontecer. As muralhas do seu pai aguentariam.

 

Fonte: politico.eu

Ilustração de Tim O’Brien para POLITICO




Corte de água e eletricidade em Herszon

O fornecimento de eletricidade e água na cidade de Herszon, ocupada pela Rússia, e em dez aldeias circundantes foi cortado.

A liderança ucraniana na região diz que as linhas foram danificadas por um “ataque terrorista” numa parte remota do condado, também sob controlo russo. As autoridades russas prometem uma solução rápida, com os danos restaurados até ao final do dia, mas o chefe de uma empresa de energia ucraniana diz que é pouco provável que a cidade de Berislav tenha energia até ser restaurada. “É impossível reparar corretamente as linhas. Faltam-nos os especialistas, o equipamento, e os invasores russos nem sequer nos deixam fazê-lo”.

Entretanto, em Kiev, o presidente da câmara, Vitaliy Klychko, já não está a excluir o encerramento completo do fornecimento de energia. Nesse caso, três milhões de pessoas seriam evacuadas.

Klychko disse aos residentes para se prepararem com pilhas e roupas quentes, e se chegar a esse ponto, para irem ter com familiares fora da capital. No entanto, avisou-os para não serem pessimistas, dizendo que estava apenas a tentar preparar-se para diferentes cenários. “Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para garantir que este cenário não aconteça”.

O Presidente Zelensky disse que 4,5 milhões de ucranianos ficaram sem eletricidade, principalmente em Kiev e arredores. A Rússia tem visado a infra-estrutura energética da Ucrânia nas últimas semanas, destruindo cerca de um terço das suas centrais elétricas. Como resultado, foram forçados a cortar deliberadamente energia em várias partes do país, enquanto 17 Estados membros da UE enviaram um total de 500 geradores para a Ucrânia.

 

Fonte: Guardian via 444.hu




Szijjártó: é também graças à Hungria que a NATO é a aliança militar mais forte do mundo

A NATO não seria tão forte sem as forças militares da Hungria, e os soldados húngaros que participam na missão de controlo do espaço aéreo báltico estão também a proteger a segurança da Hungria através da defesa da aliança, disse na terça-feira o Ministro dos Negócios Estrangeiros e do Comércio Péter Szijjártó na base aérea em Siauliai, Lituânia.

Segundo a declaração do ministério, o ministro disse durante a sua visita à base da Força Aérea Lituana que o exclave russo de Kaliningrado é a área mais militarizada da Europa, e geograficamente falando, a região báltica é talvez uma das regiões mais complicadas da área da OTAN a defender.

O Ministro agradeceu aos soldados húngaros pela sua coragem e compostura, e salientou que, nas atuais condições de guerra, este é o destacamento mais agudo e mais difícil das Forças de Defesa húngaras nos dias de hoje.

Salientou que os soldados estão a proteger a segurança da NATO e, portanto, também a segurança da Hungria, e que têm de agir com a maior responsabilidade, pois um dos objetivos mais importantes é evitar um conflito direto entre a Aliança do Atlântico Norte e a Rússia.

“É preciso garantir a nossa segurança, por vezes mesmo de perto com a força aérea russa, de modo a que esse fio em particular não seja quebrado”, disse ele.

Péter Szijjártó salientou que “queremos a paz, mas por enquanto a situação militar não é assim, vemos que a situação de guerra está a piorar”. O mais importante agora é evitar a escalada do conflito”.

“Não se pode ter um país forte sem uma defesa forte, e dentro do exército sem uma força aérea forte”. Por conseguinte, queremos continuar a fornecer o máximo de recursos possível para assegurar que as Forças de Defesa húngaras continuem a ser um exército forte e orgulhoso no seio da NATO”, disse ele.

O ministro disse que a organização militar é composta pelos seus Estados membros, e por isso “estamos orgulhosos por nós, húngaros, podermos também contribuir para o facto de a NATO ser a aliança militar mais forte do mundo”.

“Podemos dizer justificadamente que sem a Hungria, sem as forças armadas e a força aérea da Hungria, a NATO não seria tão forte”, disse ele.

Disse que os soldados húngaros poderiam regressar à região do Báltico dentro de um ano e meio a dois anos, porque na situação atual a importância e vitalidade desta missão tornar-se-á provavelmente ainda maior no próximo período.




O líder checheno pode retirar-se, a Rússia pode lançar um ataque decisivo na Europa

O líder checheno Ramzan Kadyrov pode reformar-se. O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, diz que a Rússia poderia usar o fornecimento de gás como arma para preparar um ataque contra todos os europeus este Inverno. Milhares de toneladas de grãos ucranianos para exportação foram destruídos.

 

Original aqui