Brasília apresenta mostra de cinema português “De Portugal para o mundo”

por LMn | Lusa
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O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, apresenta, a partir de terça-feira, a mostra cinematográfica “De Portugal para o mundo”, propondo um olhar sobre a produção do cinema português produzido na última década.

Com curadoria de Pedro Henrique Ferreira, a mostra “De Portugal para o mundo” levará até à capital do Brasil, de forma gratuita, uma seleção de 28 filmes, entre longas e curtas-metragens, de aclamados cineastas lusitanos contemporâneos, até ao dia 15 de agosto.

Estarão em exibição produções como os premiados “A portuguesa”, de Rita Azevedo Gomes, “Tabu”, de Miguel Gomes, e “O estranho caso de Angélica”, de Manoel de Oliveira, entre outros.

“‘De Portugal para o mundo’ apresenta filmes de realizadores de projeção internacional, que já são considerados alguns dos mais conceituados diretores contemporâneos. A curadoria concentrou-se principalmente nas produções que obtiveram premiações e sucesso no exterior”, explicou a assessoria do evento, em comunicado.

Segundo o curador, a escolha por exibir filmes do Manoel de Oliveira foi, em parte, por ter sido um diretor que, “mesmo centenário, realizou grandes filmes nesta década”.

“Também é uma homenagem ao diretor mais importante da história do cinema português (…) e que certamente deixou um legado enorme aos mais jovens”, explicou Pedro Henrique Ferreira.

Um dos destaques da mostra é o premiado filme do cineasta Pedro Costa “Vitalina Varela”, vencedor do Leopardo de Ouro do Festival de Locarno de 2019 e do prémio de melhor atriz para a própria Vitalina Varela, no mesmo festival, entre outras distinções.

A apresentação contará ainda com a exibição de “Understory”, de Margarida Cardoso, “E agora? Lembra-me”, de Joaquim Pinto, “O ornitólogo”, de João Pedro Rodrigues, “A árvore”, de André Gil Mata, “O corcunda”, de Gabriel Abrantes e Ben Rivers, “Ascensão”, de Pedro Peralta, “Redenção”, de Miguel Gomes, “Como Fernando Pessoa salvou Portugal”, de Eugene Green, e “O mar enrola na areia”, de Catarina Mourão.

“O velho do Restelo”, de Manoel de Oliveira, “Fantasia lusitana”, de João Canijo, “É na terra, não é na lua”, de Gonçalo Tocha, “Eldorado XXI”, de Salomé Lamas, “Volta à terra”, de João Pedro Plácido, “A vida invisível”, de Vítor Gonçalves, “Nyo Vweta Nafta”, de Ico Costa, “Farpões, baldios”, de Marta Mateus, “Balada de um batráquio”, de Leonor Teles, “Ramiro”, de Manuel Mozos, serão também exibidos.

Os últimos dias da mostra contarão ainda com a exibição de “Fordlandia Malaise”, de Susana de Sousa Dias, sobre a cidade que Henry Ford tentou construir na Amazónia, “John From”, de João Nicolau, “Cartas da guerra”, de Ivo M. Ferreira, “Colo”, de Teresa Villaverde, e a “A fábrica de nada”, de Pedro Pinho.

A mostra propõe ainda uma discussão em torno do cinema português, tomando como ponto de partida temas como a visão das nações e das antigas colónias, pelos filmes. Para isso, haverá debates temáticos com participação de investigadores brasileiros e portugueses, além de uma conversa com o realizador Manuel Mozos, da ‘longa’ “Ramiro”, na próxima quinta-feira.

Os debates e diálogos ocorrerão de forma virtual e serão abertos ao público de forma gratuita.

“A ideia é entender os elementos que possibilitaram a emergência de um período tão ‘exitoso’ [com tanto êxito] no cinema português, num diálogo com a experiência cultural e cinematográfica brasileira hoje”, afirmou o curador.

O projeto prevê, ainda, um catálogo com textos inéditos, reproduções e entrevistas, assinados por investigadores, críticos de cinema, técnicos e produtores portugueses e brasileiros.

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