A seleção nacional húngara de futebol não se ajoelhará antes do pontapé de saída durante o próximo EURO 2020, anunciou numa declaração, a Federação de Futebol da Hungria (MLSZ).
De acordo com a explicação da MLSZ: “Os valores fundamentais do desporto são a igualdade de oportunidades, o respeito pelos companheiros de equipa e pelo adversário. O futebol pode tornar-se o desporto mais popular do mundo porque pertence a todos. A equipa nacional húngara não só segue as regras e normas internacionais em todos os casos, mas também presta respeito a todos – seja um adversário, um adepto ou qualquer outra pessoa”.
A declaração da MLSZ destaca ainda a sua campanha “A gyűlölet nem pálya” (“O racismo não é um campo de jogo”), na prática há anos, recordando ainda que as regras da UEFA e da FIFA não permitem qualquer tipo de política no campo ou no estádio, “que a MLSZ não só aceita como também concorda”.
Foi o jogador de futebol americano (NFL), Colin Kaepernick, que começou a ajoelhar-se durante o hino nacional em 2016, em protesto contra a violência policial contra afro-americanos nos EUA.
A ação ganhou novo ímpeto no ano passado após a morte de George Floyd, a par do reforço do movimento “Black Lives Matter”. No futebol inglês, por exemplo, tornou-se desde então algo de uma rotina comum, embora não praticada por todos. E a FA anunciou recentemente que os ingleses continuariam a fazê-lo também no Campeonato Europeu, apesar de algumas críticas e vaias vindas das bancadas ultimamente.
Fonte: MLSZ|HungaryToday