A Hungria não apoia a Missão de Assistência Militar da UE na Ucrânia
Os ministros dos negócios estrangeiros da UE concordaram em criar uma missão de formação para ajudar o exército da Ucrânia. A Hungria foi o único Estado membro que não apoiou a iniciativa, disse o Ministro dos Negócios Estrangeiros Péter Szijjártó.
“Temos de nos manter no curso da nossa tripla estratégia: apoiar a Ucrânia, pressionar a Rússia, e enfrentar a queda mais ampla da guerra”, disse Josep Borrell, o Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança na reunião do Conselho dos Negócios Estrangeiros no Luxemburgo, na segunda-feira.
Entre outras coisas, os ministros concordaram em estabelecer uma Missão de Assistência Militar da UE para apoiar as Forças Armadas Ucranianas. A missão irá treinar cerca de 15.000 tropas em solo da UE.
O governo húngaro não apoiou a proposta, o Ministro dos Negócios Estrangeiros e Comércio Péter Szijjártó absteve-se na votação, porque a missão correria o risco de agravar a guerra. Disse aos jornalistas que a Hungria optou pela “abstenção construtiva”, o que não impediu que a proposta fosse aprovada, mas deixou claro que o país não quer contribuir para os custos da operação.
“Qualquer coisa que conduza a uma escalada e a que a Europa Ocidental ou Central seja arrastada para a guerra não é algo que consideremos uma boa ideia”, disse ele aos jornalistas. Será sempre decidido caso a caso se se deve permitir a passagem através do país de quaisquer fornecimentos ou movimentos de tropas relacionados com a missão, acrescentou Szijjártó.
Os ministros dos negócios estrangeiros da UE também concordaram em atribuir mais 500 milhões de euros ao abrigo do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz para financiar entregas para as forças de defesa ucranianas, elevando assim a assistência militar da UE à Ucrânia para um total de 3,1 mil milhões de euros.
“A Hungria contribuiu agora para este financiamento, mas eu indiquei que não posso garantir que seja este o caso da próxima vez”, disse. Sublinhou que este quadro também inclui dotações financeiras para vários outros objetivos importantes necessários para enfrentar os desafios do Sul e que o continente poderá estar em grandes dificuldades se não forem disponibilizados fundos para estes.
Via HungaryToday
Foto em destaque: Facebook/Szijjártó Péter