A Grande Sinagoga de Budapeste é a maior da Europa e segunda maior do mundo, perdendo apenas para a de Nova York. Foi construída na segunda metade do século XIX, em estilo mouro-bizantino. É um edifício único no mundo. Bastante diferente das sinagogas tradicionais. Assemelha-se a uma Catedral Católica, e por esse motivo, foi bastante criticada pelos judeus ortodoxos.
A sinagoga foi construída entre 1854 e 1859 seguindo o design do arquiteto vienense Ludwig Forster. O estilo predominante da sinagoga é o mourisco, embora também combine toques bizantinos, românticos e góticos.
A Grande Sinagoga Judia de Budapeste recebe muitos outros nomes: Sinagoga Dohány ou Sinagoga do Tabaco, já que, em hebreu, dohány significa tabaco.
Possui duas grandes torres na fachada, encimadas por estruturas de “cebola”, que faz lembrar as catedrais russas e lhe dá um ar de santuário. A Sinagoga pode receber até 2.964 fiéis sentados, sendo que as mulheres ficam nas sacadas, num espaço separado dos homens, obedecendo a uma tradição ortodoxa judia.
Duas grandes torres compõem a fachada da Sinagoga de Budapeste.
Construir a Sinagoga de Budapeste inspirado numa catedral cristã, foi uma estratégia dos novos judeus que chegaram a Budapeste, vindos da Europa Ocidental, para se aproximar mais das comunidades cristãs, e com isso, quebrar preconceitos e facilitar relacionamentos. No centro da nave principal, existem púlpitos, como nas catedrais cristãs.
No mesmo edifício da Sinagoga de Budapeste existe um museu com um acervo judeu, a mais rica coleção da Europa com esse conteúdo. Existem objetos desde a época romana até o século XX, bem como livros impressos há muito tempo.
A Sinagoga de Budapeste
Na área externa da Sinagoga, existe um jardim, que foi transformado em cemitério durante a ocupação nazi de Budapeste, entre 1944 e 1945. Um bela escultura de metal denominada de Árvore da Vida, serve de memorial aos 400 mil judeus húngaros mortos durante o Holocausto. A árvore representa um salgueiro chorão e nas suas folhas estão impressos os nomes das pessoas que ajudaram a salvar vidas de judeus nessa época.
A Árvore da Vida
A Sinagoga fica na entrada do Bairro Judeu. Durante a Segunda Guerra Mundial eles foram obrigados a viver aí. O bairro era cercado por casas altas e muros de pedra, para evitar que os judeus fugissem ou que recebessem ajuda externa. O bairro era superpopuloso, viveram aí mais de 60 mil pessoas, não havia recolha de lixo e os mortos apodreciam nas ruas, onde doenças e pragas se espalhavam.
O bairro degradado tinha os alugueres mais baixos de Budapeste nas décadas do pós-guerra. A partir do início dos anos 2000, o bairro foi ocupado por bares, food trucks e restaurantes alternativos. Encheu-se de estudantes e artistas. Possui muitas lojas de design, galerias de arte transformou-se no centro da vida noturna e cultural da cidade. Vale a pena conhecer o beco Gozsdu.
Bares e restaurantes no bairro judeu (beco Gozsdu).
Sítios consultados:
https://www.tudosobrebudapeste.com/