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Hungria: FMI revê e aumenta significativamente previsão de crescimento da Hungria para 6,2% em 2021

O Fundo Monetário Internacional reviu a sua previsão do crescimento económico da Hungria de 4,3% para 6,2%  em 2021, disse ontem o Ministro das Finanças Mihály Varga.

Numa avaliação após uma consulta regular, o FMI chamou à resposta da política fiscal da Hungria às consequências económicas da pandemia do coronavírus “grande e oportuna”. Notou que o défice aumentou para 8,1% do PIB e que a dívida pública aumentou acima de 80% do PIB. O FMI espera que a inflação seja 4,1% em 2021.

O Banco Nacional da Hungria (NBH) reagiu rapidamente às pressões do mercado, fornecendo ampla liquidez através de uma variedade de instrumentos políticos, disse o relatório, elogiando as medidas de protecção da economia do governo húngaro, a sua política orçamental e os seus passos para preservar empregos e incentivar investimentos, disse Varga num post do Facebook.

 

Fonte: Página Facebook de Varga Mihály




Número de turistas húngaros na Croácia aumentou 90% Janeiro-Junho

O número de turistas húngaros na Croácia aumentou 90%, para 54 mil nos primeiros seis meses do ano, em comparação com o mesmo período de 2020, disse nesta terça-feira a diretora da representação Nacional de Turismo Croata na Hungria.

O número de noites de visita dos húngaros no país vizinho aumentou em 105% para 230.000 durante o período, disse Ivana Herceg em conferência de imprensa.

Os destinos mais populares foram Rovinj, Vir, Crikvenica, Opatija, e Porec, disse ela.

Na época actual, os turistas húngaros têm novamente a opção de viajar para a Croácia de avião com a Ryanair a retomar os voos entre Budapeste e Zadar duas vezes por semana, de Julho a Outubro. Podem também optar por viajar de comboio utilizando os serviços Budapest-Rijeka e Budapest-Split da RegioJet checa diariamente entre Julho e Agosto, ou três vezes por semana em Setembro, disse Herceg.

Quanto aos regulamentos relacionados com a pandemia do coronavírus, a diretora afirmou que os cidadãos húngaros podem viajar de carro ou de comboio para a Croácia sem quaisquer restrições e não são obrigados a possuir um certificado de imunidade Covid para regressar a casa. Os húngaros que viajam de avião, contudo, são obrigados a apresentar um certificado de imunidade ou um teste PCR ou auto-isolamento à chegada.

De acordo com estatísticas divulgadas anteriormente, mais de 220 mil turistas húngaros visitaram a Croácia em 2020, 65% menos do que um recorde de 644 mil em 2019.

Fonte: MTI




Algumas considerações sobre a prestação de Portugal neste Europeu

  1. Fazer 3 bons jogos e ir para casa, eliminada por uma seleção que não faz a mínima ideia porque está no ranking #1 da FIFA!
  2. A quem critica o Fernando Santos, deveria “levantar o rabinho” de “comentador de Facebook” e ir lá para o banco da Seleção e orientar o Ronaldo & Ca. A velha máxima de que “só me critica deve conseguir fazer melhor”!!!
  3. Quem está em Portugal, acho que não consegue imaginar a forma como nós adeptos, na Hungria, vivemos este Europeu (as imagens publicadas demonstram isso tudo da paixão do adepto)!!!
  4. Não, não será possível ver-me andar nú de bicicleta á volta do lago Balaton. Eu queria, a jornalista queria e muita gente queria…mas infelizmente não vai acontecer!!!
  5. “We’ll always have Paris”!!!!




Viktor Orbán: as relações húngaro-eslovacas nunca foram tão boas

Nos últimos dez anos, as relações entre a Hungria e a Eslováquia nunca foram tão boas como agora, disse o Primeiro-Ministro Viktor Orbán após receber nesta  terça-feira em Budapeste, o Primeiro-Ministro eslovaco Eduard Heger.

Na conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro eslovaco, Viktor Orbán salientou que a Eslováquia é o terceiro parceiro comercial mais importante da Hungria depois da Alemanha e da Áustria, com um volume de negócios de mais de 10 mil milhões de euros, acrescentando que este ano o crescimento já tinha ultrapassado os 9%.

Viktor Orbán disse ainda que a Hungria e a Eslováquia estão “a tocar o mesmo instrumento músical” sobre a questão do alargamento aos Balcãs Ocidentais, partilham os mesmos pontos de vista sobre a migração, e a cooperação Visegrád é também importante para ambos os países.

 

Fonte: MTI

Crédito da foto: Página Facebook Orbán Viktor




China de olhos postos na transição digital, economia do mar e saúde em Portugal

Prioridades foram defendidas na conferência “China-Portugal: Novas Oportunidades no Contexto da Recuperação Europeia”.A conferência “China-Portugal: Novas Oportunidades no Contexto da Recuperação Europeia” foi promovida pelo Banco da China, juntamente com a Associação de Sociedades Chinesas em Portugal e a Associação de Jovens Empresários Portugal-China, que teve o Jornal Económico como media host.

A transição digital, a economia do mar e o sector da saúde são as três principais áreas onde os serviços de informação económica da China consideram existirem maiores oportunidades de investimento para as empresas chinesas, enquadradas pelos fundos europeus disponíveis.

“Acreditamos que o plano de recuperação económica de Portugal trará três grandes oportunidades de investimento e as empresas com financiamento chinês podem avaliar se podem entrar nestas áreas”, afirmou Yu Hui, analista sénior do Serviço da Informação Económica da China sobre Países Estrangeiros, na conferência “China-Portugal: Novas Oportunidades no Contexto da Recuperação Europeia”.

A conferência “China-Portugal: Novas Oportunidades no Contexto da Recuperação Europeia” foi promovida pelo Banco da China, juntamente com a Associação de Sociedades Chinesas em Portugal e a Associação de Jovens Empresários Portugal-China, que teve o Jornal Económico (JE) como media host.

O primeiro sector encarado como de potencial investimento é o da tecnologia, não só no quadro da transição digital. “O Governo português considera o desenvolvimento de tecnologia avançada como uma das grandes prioridades da economia nacional, sendo os dois importantes objetivos do plano de recuperação de Portugal a promoção da construção de uma economia de baixo carbono e a transformação digital”, referiu Yu Hui, sublinhando esta ideia com declarações do primeiro-ministro português, António Costa, que disse que, uma vez que Portugal, que falhou as três revoluções industriais anteriores, deve aproveitar as oportunidades de desenvolvimento da Indústria 4.0 e esforçar-se por estar na vanguarda da quarta revolução industrial.

A segunda maior oportunidade de investimento está na economia do mar, incluindo-se aqui a exploração da energia eólica marítima.

“Portugal apresenta vantagens notáveis nos recursos marinhos: o volume de negócios anual da indústria marítima ronda os seis mil milhões de euros, representando cerca de 3% do produto interno bruto e as exportações da indústria marítima representam 4% do total das exportações portuguesas”, aponta Hu, sublinhando que Portugal espera aproveitar as suas vantagens nos recursos marítimos e na investigação marítima “para atrair investimentos e estimular o desenvolvimento económico”.

Por isso, salienta que a cooperação marítima é uma parte importante da cooperação bilateral China-Portugal e aponta as vantagens de ser reforçada. “Portugal tem vantagens na investigação teórica básica em ciências marítimas e a China tem uma rica reserva de pessoas talentosas e o apoio que dá a projetos de pesquisa científica tem aumentando de dia para dia”, explica, acrescentando que, em conjunto, os dois países terão “mais oportunidades de cooperação na proteção marítima e desenvolvimento e na utilização de recursos marítimos, pesquisa científica marítima, economia marítima, construção de infraestruturas portuárias e atualização tecnológica”.

A terceira oportunidade de investimento está no setor saúde e higiene.

“O governo português planeia investir 12,1 mil milhões de euros numa grande reforma do sistema de saúde em 2021. Vai usar o Fundo de Recuperação da União Europeia para reforçar a construção de sistemas de serviço de saúde básicos, como centros de saúde familiar, cuidados integrais, cuidados paliativos e de saúde mental, etc, e melhorar o serviço do sistema nacional de saúde”, justifica a analista.

Salientou que, desde a eclosão da pandemia de Covid-19, a cooperação internacional tem mostrado forte resiliência e vitalidade e desempenhado um “papel importante no combate à pandemia”, e que a China, neste quadro, “tem prestado assistência ativa a Portugal, continuando a emergir um novo ímpeto de cooperação entre os dois países nos domínios da medicina e saúde”.

“No futuro, China e Portugal têm muito espaço para cooperação no desenvolvimento da ‘Rota da Seda da Saúde’”, acrescentou.

Cooperação para o mercado da lusofonia

A conferência “China-Portugal: Novas Oportunidades no Contexto da Recuperação Europeia” contou com intervenções do embaixador da China em Portugal, Zhao Bentang, e com uma intervenção do embaixador português na China, José Augusto Duarte, que afirmaram a importâncias das relações entre os dois países.

Participaram também, no primeiro de dois dias de trabalhos, Wu Zhiliang, membro do Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês; o secretário-geral da UCCLA – União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa, Vítor Ramalho; o vice-presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal Óscar Gaspar; o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros, António Martins da Cruz; o presidente do AICEP, Luís Castro Henriques; o presidente-executivo do BNU Macau, do Grupo CGD; e o presidente do Banco da China em Portugal, Xiao Qi.

Pelas diferentes intervenções perpassou a ideia do papel de Portugal como elemento fundamental para a consolidação de uma plataforma para o mercado global da lusofonia e, não só, partindo destes pontos (países de língua oficial portuguesa) para outros mercados, especialmente em África e na América do Sul.

“A capacidade económica dos dois países tem uma complementaridade forte e podemos ter uma cooperação ampla, numa perspetiva global”, defendeu Yu Hui.

“No futuro, China e Portugal poderão aproveitar as suas respetivas vantagens e aproveitar a plataforma do Fórum de Cooperação Económica e Comercial China-Países de Língua Portuguesa para o desenvolvimento de infraestruturas, energia, transportes, marinha, agricultura, saúde, etc”, apontou a analista, acrescentando que, “para os países de língua portuguesa, países da UE, países da América Latina e países africanos, a cooperação tripartida nesta área tem aberto novos pontos de crescimento para a cooperação sino-portuguesa”.

Fonte: https://jornaleconomico.sapo.pt/

 




Hungria: Preços brutais nas praias do Lago Balaton

Por Palma Bruder

Há um aumento de preços todos os anos no Lago Balaton. Este Verão, no entanto, é mais alto do que nunca.

Como a Hungria está em vias de reabrir, devido ao êxito do processo de vacinação que permitiu ao país ser uma das zonas mais seguras da região, o turismo está lentamente a começar a recuperar.

Depois do ano passado e especialmente no Verão passado, as empresas em redor do Lago Balaton também precisam de compensar as suas perdas financeiras. Por este motivo, temos de nos preparar para um aumento considerável dos preços.

Segundo a RTL Klub Híradó, após o aumento de 5% nas praias no ano passado, este Verão ainda nos choca mais com um salto ainda maior: precisamos de nos preparar para um enorme aumento de preços, de 15-20%.

O que é que isto significa na prática? O Portfolio.hu dá exemplos diretos para facilitar a sua compreensão. No Verão passado, a comida de praia mais popular, lángos, custou cerca de 600 forints (1,7 euros) numa das praias do Lago Balaton.

Este ano, em geral, custará cerca de 200 forints mais, enquanto alguns pequenos comensais de praia podem vendê-los por até 1400 forints (4 euros).

Uma simples panqueca húngara pode custar até um euro, enquanto eles podem cobrar mais de 3 euros por um copo de cerveja de 0,5.

Este ano há menos pessoas que se podem dar ao luxo de viajar e ainda têm menos dinheiro para gastar. No entanto, os preços básicos dos ingredientes continuam a aumentar, o que resulta num aumento geral dos preços.

Tamás Fekete, vice-presidente da Associação de Turismo Balaton, explica que estes aumentos são impulsionados pela melhoria da qualidade dos serviços e pelo facto de os recursos humanos, ou seja, os empregados e os seus salários, também exigirem mais dinheiro.

Precisam de proporcionar alojamento aos trabalhadores sazonais que não vivem perto do Lago Balaton, o que naturalmente influenciará os preços finais.

É importante mencionar que este enorme salto não é apenas visível quando se trata de alimentos e bebidas, mas também no que diz respeito às possibilidades de alojamento. O aumento dos preços dos ingredientes e dos recursos, que também inclui obras de manutenção em hotéis, por exemplo, fazem todos subir os preços.

O Daily News Hungary já escreveu sobre as reclamações financeiras dos chefes de cozinha e dos trabalhadores dos restaurantes que trabalham durante os meses do intenso horário de Verão. Chefs no Lago Balaton poderiam pedir um salário de 1 milhão de forints.

Não é muito surpreendente que sintamos o maior aumento de preços em hotéis ou quaisquer outras formas de alojamento mesmo junto a um lago, e naturalmente, no Lago Balaton. Assim que tivermos o nosso hotel e calcularmos aproximadamente quanto dinheiro precisamos para a alimentação, ainda temos despesas a pensar, tais como a taxa de entrada para a praia.

A praia de Kisfaludy em Balatonfüred, por exemplo, tem um bilhete de entrada para adultos por 1200 forints (3,5 euros). Oferecem preços especiais para numerosas famílias, e em geral, quanto mais se pretender visitar a praia, maior será o desconto.

Além disso, a cidade oferece um bilhete de praia a metade do preço para os seus residentes, e o “Balaton Best Card” oferece também outros descontos.

O aumento de preços inclui também alguns desenvolvimentos infra-estruturais, tais como uma aplicação móvel que algumas praias já utilizam.

Pode comprar a sua entrada no lago com antecedência, evitando assim longas filas de espera ao sol. Caso não queira gastar tanto este Verão ou prefira evitar grandes multidões em torno do maior e mais popular lago do país, veja esta lista de muitas oportunidades maravilhosas para relaxar no calor ao lado de um lago por muito menos dinheiro.

 

Fonte: DailyNewsHungary




40% dos 5,5 milhões de bilhetes de avião cancelados em Portugal sem reembolso

Cerca de 5,5 milhões de bilhetes de avião foram cancelados em 2020 por companhias aéreas que operam em Portugal, dos quais 40% dos passageiros não foram reembolsados em dinheiro porque receberam vales, aguardam resolução ou ficaram sem solução.

Os dados são do Tribunal de Contas Europeu (TCE), que num relatório hoje divulgado conclui que “os direitos dos passageiros dos transportes aéreos na União Europeia ficaram em terra durante a pandemia” de covid-19, nomeadamente em Portugal, devido aos sucessivos cancelamentos e restrições.

No que toca ao país, os dados do TCE revelam que, em 2020, foram cancelados 5,5 milhões de bilhetes pelas principais transportadoras que operam em Portugal, afetando cerca de “87% dos passageiros de voos de ou para Portugal”.

Do total de bilhetes cancelados em Portugal, o TCE aponta que perto de 60% (3,3 milhões) foram reembolsados em dinheiro aos passageiros no decurso do ano de 2020.

Porém, outros 28% (1,6 milhões de bilhetes) foram convertidos em vales para uso posterior, “sem garantia de que os passageiros estivessem de acordo”, enquanto cerca de 5% (mais de 300.000 bilhetes) estavam sem resolução até ao final do ano passado e quase 7% (360.000 bilhetes) diziam respeito a casos em que os passageiros não reclamaram o reembolso nem encontraram uma possibilidade de reencaminhamento.

Estes últimos diziam nomeadamente respeito a bilhetes de companhias aéreas de baixo custo, que devido ao preço reduzido levaram a que os passageiros não procurassem solução.

No que toca aos prazos para reembolso dos bilhetes em Portugal, o TCE assinala que variaram em função da companhia aérea, sendo que “aumentaram exponencialmente após março de 2020”, atingindo um pico entre junho e setembro (entre 31 e 59 dias).

Entre setembro e dezembro estes prazos de reembolso “começaram gradualmente a regressar à normalidade”, aponta o tribunal.

Annemie Turtelboom, membro do tribunal responsável pelo relatório, afirma em entrevista à agência Lusa que, “em fevereiro de 2021 as companhias aéreas em Portugal comunicaram que já estavam a reembolsar os bilhetes aéreos entre dois e 20 dias após o cancelamento” dos voos.

Os dados citados pelo TCE no relatório foram transmitidos pela Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) de Portugal, tendo ainda em conta entrevistas e inquéritos realizados a federações e associações, bem como informações da Comissão Europeia.

Porém, nem todas as autoridades nacionais forneceram dados ao tribunal, o que segundo Annemie Turtelboom leva a que “não seja possível comparar” países.

“O nosso problema é que, embora tenhamos pedido aos organismos nacionais e às organizações de consumidores porque queríamos uma boa visão do número de passageiros que ainda necessitam de ajuda, muitas vezes estes dados estão incompletos”, adiantou.

Ainda no documento é mencionado que o Gabinete Europeu das Uniões de Consumidores comunicou 122 mil reclamações sobre esta temática em Portugal, Alemanha e Espanha, enquanto a Federação Europeia de Passageiros informou que, em quatro Estados-membros (Bélgica, Alemanha, Espanha e Portugal), foram enviadas 72.500 reclamações a organizações nacionais de defesa do consumidor.

A legislação europeia dita que, perante voos cancelados, os passageiros têm direito a escolher entre um reembolso em dinheiro até 14 dias ou encaminhamento para o destino.

Cabe aos organismos nacionais assegurar o cumprimento pelas regras comunitárias e, em ultima instância, a Comissão Europeia pode aplicar procedimentos de infração.

Annemie Turtelboom adianta à Lusa que “já em 2013 a Comissão queria reforçar os direitos dos passageiros”, tendo sido os Estados-membros a bloquear no Conselho uma revisão da legislação relativa aos direitos dos passageiros aéreos.

“A proposta de 2013 não teria resolvido todos os problemas, mas teria resolvido uma série de problemas”, conclui, esperando agora avanços neste dossiê.

Dezenas de milhões de passageiros europeus tiveram voos cancelados no espaço comunitário entre março de 2020 e março de 2021.

ANE // EA

Lusa




Abraços

Recentemente voltei a Portugal, à minha outra casa, para passar uma semana de férias e no meio de todos os reencontros e da histeria pandêmica em que vivemos, houve algo que me ficou bem marcado e do qual tenho pensado bastante. Os abraços.

Já com oito anos de idas e vindas ao meu país, aqueles primeiros abraços são sempre algo que com alegria anseio. Esse puro demonstrar desse sentimento tão nosso como é a saudade. Mas desta vez, havia algo mais, a força dos abraços era maior, mais quente, mais genuína, mesmo que segundos antes ainda haja aquela hesitação de se devemos abraçar ou não… E abracei a minha mãe, irmãos, família e amigos, muitos destes, que não via há muito tempo, tempo demais até, tudo pessoas que num momento ou outro partilharam comigo parte do caminho. Consegui abraçar o meu primo/irmão no dia do seu casamento e à sua agora mulher, também minha “irmã” de longa data. Até tive um completamente inesperado, no meio do dito casamento, onde uma grande amiga de longa data, que não estava convidada para o casamento (limitações impostas pela agora sempre presente pandemia), mas estando a passar por alí perto, decidiu fazer um pequeno desvio, arriscar, e vir dar um abraço aos noivos. Surpreendida de me ver alí, e eu a ela, demos um daqueles abraços cheios de felicidade, demorado e apertado, digno da amizade que por ali vive.

E notei ainda, algo mais nesses dias, o brilho nos olhos ao falar com cada um deles. O interesse com que me escutavam, o tentar meter ali, naqueles pequenos momentos que tínhamos, todas as conversas que guardámos todo este tempo, tudo com uma intensidade e sentimento máximo.

Acredito, que estes tempos de pandemia, nos mudaram a todos um pouco, não sei se para melhor ou pior, mas a verdade é que já não somos totalmente os mesmos que éramos antes. Felizmente, a amizade, essa não mudou, talvez até se tenha tornado mais forte, mais imune a tudo o que nos rodeia, e assim, ainda mais genuína. E o bom que é, voltar a pensar em todos os abraços que já demos, esse abrir os braços de forma vulnerável, e assim deixar que o nosso peito seja apenas protegido pelo também vulnerável peito que nos abraça.

Houve porém um abraço que me faltou, um abraço à minha avó, mãe do meu pai, que entretanto nos deixou, depois de ter vivido uma longa vida. Ficam todos os abraços que demos, e as peculiares histórias das suas conversas muitas vezes inconvenientes com qualquer pessoa que lhe levássemos a conhecer. Histórias que sempre faço questão de contar e romantizar com um grande sorriso e bastante carinho.

E termino com um singular abraço que recebi, um abraço diferente, calmo, quente e inesperado tal como o Alentejo onde o recebi. Ao sair do carro, numa paisagem amarelada seca, junto a uma cerca com cavalos, dei de caras com uma graciosa árvore em flor, e enquanto todos davam atenção a duas belíssimas éguas, razão pela qual alí estávamos, eu, com um momento de espanto a viver em mim perguntei, interrompendo a continuidade do tempo dos outros, que fantástica árvore era aquela… fiquei a saber logo em seguida, que esse maravilhoso abraço que recebi, era o de uma jovem romanzeira. Ficou-me na memória, como um novo amor, e penso que um dia destes, quando a clarividência me permitir, que será provavelmente no momento em que largamos este abraço e de novo a possa olhar nos olhos, lhe dedique as palavras que seguramente merece. Para já, fica o abraço.




Hungria – Instituto Reuters: A maioria dos húngaros não confia nas notícias

Na região, a Hungria tem a menor confiança nas notícias: apenas 30% dos húngaros confiam nas notícias, diz um inquérito recente do Instituto Reuters.

Segundo a televisão privada ATV, há 1 anos que o Instituto Reuters da Universidade de Oxford tem vindo a investigar a confiança nos produtos mediáticos. O seu Digital News Report examinou as tendências dos media com base num inquérito a 92.000 residentes em 46 países, diz o portal de notícias Telex.

Tal como em estudos anteriores, o CEU’s Institute for Democracy foi o parceiro húngaro para o estudo-investigação. Éva Bognár, uma investigadora do Instituto CEU, disse à ATV que entre os países onde a confiança do público nas notícias foi medida, a Hungria terminou em último lugar na região, com 30%.

O Telex escreve que quase metade da amostra total (44%) afirmou confiar nas notícias “na maior parte do tempo”. Nos países nórdicos, Noruega, Suécia e Finlândia, a confiança é tipicamente mais elevada. A Finlândia lidera a lista com 65%. A confiança nas notícias continua a ser a mais baixa nos Estados Unidos (29%).

O coronavírus aumentou tanto a procura de notícias fiáveis como a confiança nas notícias na maioria dos países. Enquanto a subida média internacional foi de 6%, na Hungria, foi mais modesta (3%). Durante os últimos 10 anos, a percentagem da confiança na Hungria diminuiu lentamente. Segundo Bognár, seria especialmente importante que as pessoas confiassem nas notícias em crise situação de crise como a pandemia do coronavírus.

O inquérito mostrou que as pessoas recorrem às fontes noticiosas tradicionais e, em geral, a confiança nos meios de comunicação social do serviço público estava a aumentar. A confiança dos húngaros no serviço público de comunicação social, no entanto, é muito baixa. O relatório também sugere que a imprensa pró-governamental na Hungria recebeu um financiamento significativo através das despesas de publicidade do governo, enquanto as despesas de publicidade do mercado caíram 38% em comparação com o ano passado.

Segundo o Instituto Reuters, devido às restrições, a situação da imprensa escrita tornou-se particularmente difícil, e cada vez mais produtos da imprensa se voltaram para as assinaturas digitais. A maioria dos húngaros lê as notícias nos seus telemóveis, e os conteúdos pagos estão a tornar-se cada vez mais populares: atualmente 14% dos húngaros pagam por jornais em linha.

A geração Z quase não consome notícias de fontes tradicionais, mas o papel do TikTok aumentou, afirma o Telex. Nos sites “antiquados” dos meios de comunicação social, como Facebook e Twitter, os jornalistas e as fontes dos meios de comunicação tradicionais tendem a dominar as notícias, embora a maioria dos participantes da pesquisa tenha identificado o Facebook como a fonte número um de notícias falsas.

Éva Bognár diz que as pessoas têm uma opinião relativamente boa sobre os portais em linha: 24.hu e Hvg encabeçam a lista de produtos da imprensa húngara. Curiosamente, o Telex terminou em quarto lugar, apesar de ser um portal de notícias relativamente novo no mercado dos media.

O evento mais importante na cena mediática húngara, segundo Bognár, foi a mudança de propriedade e de redacção do Index. Como resultado dos eventos do ano passado, a fiabilidade do Index aos olhos dos leitores diminuiu 7%.

 

Fonte: DailyNewsHungary

Foto: Pixabay




Terminal 2 do aeroporto de Lisboa reabre na quinta-feira

O terminal 2 do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, com operação suspensa desde 30 de março de 2020 devido à pandemia de covid-19, vai reabrir na próxima quinta-feira, anunciou hoje a ANA – Aeroportos de Portugal.

“Com o aumento de tráfego, ainda que reduzido comparado com valores de 2019, a ANA Aeroportos de Portugal decidiu proceder à reabertura do T2 [terminal 2] no próximo dia 01 de julho”, avançou a empresa que gere o aeroporto em comunicado.

O terminal 2 do Aeroporto Humberto Delgado tem a operação suspensa desde 30 de março de 2020, uma vez que, no início da crise provocada pela pandemia de covid-19, os voos comerciais deste terminal foram realocados no terminal 1, tendo o “espaço sido utilizado, unicamente, para voos especiais de apoio ao SNS e voos humanitários”.

No comunicado hoje divulgado, a ANA informa os passageiros de “que o ‘check-in’ e embarque das viagens marcadas a partir das 04:00 do dia 01 de julho, através das companhias áreas Blue Air, EasyJet, Norwegian, Transavia e Ryanair serão efetuados no T2, pelo que devem deslocar-se para este terminal”.

Já os passageiros com voo marcado com a Wizzair “devem verificar, com a companhia aérea, qual o terminal de embarque”.

A ANA acrescenta que, durante o período em que este terminal esteve sem atividade comercial, devido à situação pandémica, a empresa “teve oportunidade de iniciar intervenções de melhoramento e modernização […], nomeadamente, a expansão da área de embarque Non-Schengen, a reformulação e ampliação de instalações sanitárias e a criação de uma nova área de espera”.

Em parceria com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), estarão disponíveis cinco ‘egates’ de controlo de fronteira, para passageiros maiores de idade, com passaporte eletrónico europeu ou cartão de cidadão português, acrescenta a ANA.

Os aeroportos nacionais receberam 739 mil passageiros em abril, menos 86% do que em igual mês de 2019, mas acima do registado em abril de 2020, quando a pandemia parou o tráfego nos aeroportos, revelou o INE no dia 21 de junho.

CSJ (VP) // JNM

Lusa